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    Vidas ao Vento
    Média
    4,1
    219 notas
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    18 Críticas do usuário

    5
    6 críticas
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    Skybaggins
    Skybaggins

    10 seguidores 37 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 5 de março de 2014
    Hayao Miyazaki é um dos maiores (senão o maior de todos) animadores da história do cinema. Os próprios fundadores da Pixar - John Lasseter e companhia - consideram-no seu mestre. O animador é responsável por grandes obras da animação como "Princesa Mononoke", "O Castelo Animado", "Ponyo: Uma Amizade que Veio do Mar", além de sua grande obra-prima "A Viagem de Chihiro". Decorrente de tão boa trabalho, Miyazaki conquistou muitos fãs ao redor do mundo (inclusive eu). Então recebemos a triste notícia de que ele iria se aposentar. Ele anunciou que "Vidas ao Vento" seria sua última contribuição para o cinema. É nesse panorama de despedida que o filme estreou. O longa acompanha Jiro Horikoshi, que projetou aviões para o Japão durante a Segunda Guerra Mundial e sua relação amorosa com a donzela Naoko.

    O roteiro é de Hayao Miyazaki. O roteiro desenvolve muito bem os personagens. No início do filme, o sonho de projetar aviões já é apresentado para o espectador. Assim, à medida que a história se desenrola e Jiro vai conquistando seus objetivos, percebemos o crescimento do personagem. O filme é baseado numa história real e isso o difere dos trabalhos anteriores do diretor. Antigamente o diretor gostava de contar histórias fantásticas de princesas, porém dessa vez percebemos um roteiro mais sério e real. Como já disse, o protagonista projetou aviões para o Japão na II Guerra. Porém não foram simples aviões. Jiro projetou o modelo dos aviões que fizeram o famoso ataque à Pearl Harbor, nos EUA. Muitas pessoas podem achar então que Jiro era um homem cruel e sem coração. Porém, o roteiro de Miyazaki é tão sutil que nos mostra como os jovens japoneses estavam assustados com a Guerra e que Jiro não projetou os aviões com a finalidade da destruição, mas com a finalidade de realizar o sonho de sua vida. O roteiro mostra ao espectador que muitas pessoas durante a Guerra não tinham nada a ver com os conflitos. A Guerra foi totalmente feita pelos militares. Uma forma que o roteirista teve para ilustrar essa situação foi desenvolver uma relação amorosa com uma garota com tuberculose. A relação entre eles é muito bem construída e é moldada no amor.

    A direção também de Hayao Miyazaki. Como o diretor trabalha num filme realista, ele perde o artifício dos olhos grandes que tornam os personagens mais "fofos". Porém essa falta de infantilidade não é ruim. A direção dele é muito compacta e os planos usados são belíssimos. Aliás, o visual do filme é incrível. O Studio Ghibli mais uma vez nos traz uma animação com grandes acertos visuais. A animação foca muito nos detalhes no ambiente, com uma leveza de tom de cor que impressiona. É um filme para se ver no cinema. Os efeitos especiais são fantásticos. Mesmo a história sendo real, o diretor não deixa sua marca de lado. Em vez de apresentar situações fantásticas, Miyazaki trabalha o personagem na vida real, mas também trabalha com os sonhos do personagem. Como nos sonhos tudo é possível, Miyazaki usa tomadas surreais para mostrar situações praticamente impossíveis, que se misturam com as características dos personagens na vida real. A trilha sonora usada é tocante e suave.

    Mesmo tratando-se de uma animação, o filme tem um tom mais adulto. As crianças até se divertirão com a história de amor entre Jiro e Naoko, porém o roteiro foca mesmo é na inocência dos jovens japoneses durante a Guerra. Além disso, o roteiro demonstra algumas atitudes que fazem o espectador pensar e refletir. O filme foi indicado ao Globo de Ouro de "Melhor filme estrangeiro" e ao Oscar de "Melhor animação", mas não levou nenhum. A crítica americana não está tão boa, pelo fato dos aviões terem atacado e matado milhares de soldados americanos, por isso o filme não arrecadou nenhum prêmio. Até entendo essa visão americana do filme, mas não concordo, pois Miyazaki deixa explícito a situação do protagonista. "Vidas ao Vento" é um espetáculo visual que conta com uma bela história de amor e demonstra a inocência dos jovens perante à guerra.
    anônimo
    Um visitante
    3,5
    Enviada em 3 de março de 2015
    Pra quem conhece a carreira do diretor Hayao Miyazaki,sabe que ele valoriza muito essa forma de animação.Que contenha,sonhos ou descobertas.Vidas ao Vento,consegue unir as duas coisas.Visualmente bonito,os traços da animação encantam com facilidade quem assiste.Personagens muito bem criados,e uma trilha sonora digna dos desenhos japoneses.Acompanhamos toda a vida do pequeno Jiro.Que diariamente tem sonhos,com aviões,e tenta de qualquer forma em construí-los.Então,sai a realização do grande feito.A aventura de Jiro,é espetacular,e impressiona da forma que é conduzida.Lembra outras produções de Miyazaki,e suas caracterizações.
    Neto S.
    Neto S.

    28.905 seguidores 773 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 29 de janeiro de 2016
    Jiro Horikoshi, vive em uma cidade do interior do Japão. Um dia, ele tem o sonho de estar voando em um avião com formato de pássaro. A partir desse sonho, ele decide que construir um avião e colocá-lo no ar é a meta da sua vida. Durante a busca pelo seu sonho ele conhece Naoko, uma jovem encantadora por quem se apaixona. No entanto, Naoko fica profundamente doente, sem saber se sobreviverá. Muito Bom, Animaçao do excelente diretor Hayao Miyazaki o mesmo que fez o otimo viagem de chihiro, recomendo, otimos personagens, excelente historia,Muito Bom. Nota 9.0
    Birovisky
    Birovisky

    217 seguidores 196 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 3 de abril de 2017
    Romance baseado em uma história real e desenvolvido no formato de animação pelo famoso estúdio Ghibli, criador de um clássico, “A viagem de Chihiro”. Vidas ao Vento não poderia deixar de ser também um clássico, infelizmente por não ter ganho o Oscar em 2013 como melhor animação não tenha tido os holofotes devidos, mas ainda sim torna-se inesquecível para quem tem a oportunidade de degustar e apreciar esta obra. Confiram a rezenha crítica de Vidas ao Vento.
    Alvaro S.
    Alvaro S.

    2.190 seguidores 349 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 7 de junho de 2016
    É inegável o talento e a arte das animações do Studio Ghibli, Japão e seu criador Hayao Miyazaki. E compreensivo as lamentações de todos os apaixonados pelas obras criadas nele, pelo seu fim.
    Neste filme não é diferente. Os desenhos não são mais que impressionantes na riqueza dos detalhes. O roteiro sempre é elaborado, humano, dando aos personagens vidas próprias, palpáveis, profundas. E o olhar do Miyazaki, onírico, sempre nos traz a emoção sem nunca ser piegas. Tudo faz sentido em cena, nada está fora do lugar.
    O jovem protagonista, Jiro, sonha desde pequeno ser um projetista de aviões. Ele se torna um dos maiores nomes no designer de aeronaves e sofre em saber que elas são usadas na guerra e também no amor, onde sua esposa sofre de uma doença sem cura.
    Não se assuste ao se ver em lágrimas. Este filme causa esta comoção que acalenta a alma.
    Curiosidade. Nomeado ao Oscar de Melhor Animação.
    Nota do público: 7.8 (IMDB)
    Nota dos críticos: 89%(Rotten Tomatoes)
    Bilheterias
    EUA - $5 milhões
    Mundo - $117 milhões
    Acesse o blog 365filmesem365dias.com.br para ler sobre outros filmes.
    Israel C.
    Israel C.

    18 seguidores 3 críticas Seguir usuário

    0,5
    Enviada em 14 de janeiro de 2015
    "Hayao Miyazaki é um diretor japonês que ganhou notoriedade internacional a partir do filme A Viagem de Chihiro(2001), filme hiper premiado. Desde então, assisti além deste, O Castelo Animado (2004) e Ponyo(2008), animaçoes muito bem feitas, em que a magia, o capricho na arte final e a poesia eram fundamentos de todas as suas obras. Quando soube do seu novo filme, Vidas ao Vento, fiquei curioso, pois seria uma biografia adaptada sobre um engenheiro no contexto pré-II Guerra Mundial. Me perguntei: como Miyazaki vai fazer uma animação sobre um engenheiro de aeronaves na pré-II Guerra Mundial ser um filme poético e interessante? A resposta alcançada foi que ele simplesmente não consegue.
    O filme começa de forma intrigante, com uma criança que sonha literalmente em ser construtor de aviões. A criança cresce e se torna um jovem introspectivo e muito hábio na arte de construir aviões. Os traços belos e sensíveis de Miyazaki permanecem no mesmo nível nessa obra, a questão é que esses traços são utilizados para inúmeras demonstrações técnicas sobre as construções de aviões, o que me afastou em muito da história, já que não me interesso pelos aspectos técnicos desse ramo profissional. Miyazaki falha também ao não torna o protagonista carismático, mas sim extramente distante e desinteressante, até quando ele se apaixona.
    Vidas ao Vento soa, por fim, como uma aventura de Miyazaki pelos ares biográficos. Uma pena que ele preferiu os moldes biográficos mais realistas ao invés de utilizar as asas da imaginação. Vidas ao Vento é um filme forçado e chato, um deslize de gênio."
    Alan Cristhian
    Alan Cristhian

    25 seguidores 2 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 31 de julho de 2015
    Filme de animação excelente. Não me apegarei a outras produções do criador, mas esta obra.
    Biografia de Jiro Horikoshi muito bem conduzida, romantizada e historicizada na medida certa. Os sonhos, o amor, os encontros e desencontros são partes de um todo, maior nessa história: o desenvolvimento de aviões pelo Japão entre guerras. Aos olhos distraídos, pode ser uma visão fria, sinceramente, vejo como uma didática aula de história e uma mostra interessante sobre como os aviões de guerra foram se modernizando e quais os interesses japoneses em desenvolver tal indústria.
    Uma animação voltada para jovens e adultos e de compreensão para este público.
    spoiler: A menina que Jiro ajuda no começo da animação viria a encontra-lo anos depois, o vento, seja para os aviões, seja para a vida, é a ligação entre essas vidas.

    Me impressionou positivamente esta animação e recomendo que vejam.
    Juliano O.
    Juliano O.

    17 seguidores 3 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 3 de março de 2014
    Hayao Miyazaki sempre impressiona e "Vidas ao vento" não foge a regra! Sonho e realidade se misturam numa belíssima concretização artística onde apresenta a dualidade entre criação (a vida) e destruição (a morte). Forças antagônicas que se manifestam e nos conduzem na jornada de Jiro Horikoshi. A cada escolha, uma renúncia e assim segue a aventura da vida. Adorei.
    Priscila A.
    Priscila A.

    13 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 21 de abril de 2014
    Embora tenha assistido somente uma vez, vou arriscar alguns comentários.
    "Vidas ao Vento" fala do esforço humano diante dos elementos e situações com que se depara. Diante das intempéries naturais spoiler: (o terremoto)
    , de seus próprios limites físicos spoiler: (a miopia, que o impede de tornar-se piloto)
    , do fracasso de seus primeiros trabalhos - tão suados - Jiro segue o imperativo: "il faut tenter de vivre".

    Apresenta um tom determinista típico da cultura oriental: o vento é metáfora de um destino que brinca com os seres humanos, ora trazendo felicidades, ora tragédias. Tem em comum com as outras obras do cineasta a forma como ele dá vida às coisas inanimadas spoiler: - por exemplo o terremoto de Kanto, que uiva como um animal feroz -
    e o fato de seus personagens serem pessoas comuns - nenhum deles tem nada de extraordinário. Entretanto, tem menos fantásticos, e a evolução da história é mais lenta - realmente, não é indicado para crianças.

    A despeito da foto de divulgação, o romance é apenas um dos vários elementos (talvez o menos relevante) deste filme, junto com a solidariedade, a conquista pelo esforço, o questionamento ante as posições dos Estados nacionais spoiler: (excessos militares na Alemanha; perseguição de Jiro e do viajante alemão em solo japonês)
    e com relação à guerra - embora não apresente uma crítica direta, o protagonista se debate a todo tempo entre realizar seu sonho spoiler: - sabendo que será usado para causar imenso morticínio -
    e... que outra escolha teria? É obcecado demais pela construção de aviões; não parece haver alternativa.

    Em suma: acho que os fãs do gênero vão amar; pode ser interessante para quem gosta de drama e/ou de animês mais "cabeça". O restante da população provavelmente vai achar entediante.
    Nick R.
    Nick R.

    4 seguidores 5 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 28 de agosto de 2014
    Simples, tocante e sincero, Vidas ao Vento revolucionou o gênero de animações produzido por Miyazaki.
    O diretor japonês, consagrado por dirigir obras de fantasia distintas, resolveu arriscar outro tipo de produção, algo voltado para o realismo e de cunho biográfico. E ouso dizer que se saiu muito bem. Jiro Horikoshi, a figura principal da trama, é um rapaz que desde jovem sonhava - no sentido literal e figurado - em voar. Decidiu um dia investir em seu sonho, e dedicou-se à engenharia aeronáutica. Em plena Segunda Guerra Mundial, numa época de miséria, fome e morte, o jovem encontra a sua fuga na projeção de aviões, que posteriormente serão usados pela marinha japonesa. A dor e o sofrimento causados pela guerra não são simplesmente ignorados durante o desenrolar dos fatos, e a ideia de projetar aviões que serão usados para bombardeios coloca Jiro e os engenheiros num dilema moral, que felizmente ou infelizmente é ignorado pelos próprios, para que possam continuar fazendo aquilo que lhes dá prazer: projetar, e simplesmente projetar, evitando pensar nos fins em que suas projeções serão empregados.

    Para os fãs do diretor, o filme pôde ter causado uma pequena decepção, uma vez que rompe de forma quase definitiva com a fantasia para investir no realismo biográfico. Diferente das produções anteriores, Vidas ao Vento é voltada para um público um pouco mais maduro. Outro ponto bastante criticado no filme é o excessivo linguajar técnico empregado do começo ao fim do mesmo. Mas é preciso ter em mente que para transmitir a ideia desejada pelo diretor, tudo isso era necessário. Nem mesmo a linguagem técnica ou o realismo cru que encontra sua fuga nos sonhos do jovem engenheiro e em seu romance com a jovem Naoko são o suficiente para desmerecer essa produção. Sendo ou não a última produção de Miyazaki, pode não ter sido exatamente um grand finale, mas certamente foi a cereja do bolo. Vale apena assistir mais de uma vez.
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