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Elvira A.
898 seguidores
266 críticas
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5,0
Enviada em 14 de fevereiro de 2015
Arthur, um homem aparentemente amargurado, casado com Marion, uma mulher cheia de alegria de viver, não se dá bem com o filho, nem com a neta. Marion participa de um coral de idosos, regido pela jovem Elizabeth, e mesmo com uma doença terminal, insiste em cantar e viver seus últimos momentos de felicidade. Numa competição, ela dedica uma canção de amor ao marido, que finalmente parece se emocionar. Após sua morte, Arthur rompe relações com o filho James, com o qual nunca se deu bem, mas, graças ao apoio de Elizabeth, ele repensa sua vida e, em homenagem à esposa, assume um posto no coral, que acaba participando de uma competição nacional. Ao mesmo tempo, ele se reconcilia com o filho. Um filme emocionante, com uma linda trilha sonora e brilhantes desempenhos de Vanessa Redgrave, Terence Stamp, Gemma Arterton e Christopher Eccleston.
Rabugento e de personalidade difícil. Essas são as características principais de Arthur (Terence Stamp), personagem principal de “Canção para Marion”, filme escrito e dirigido por Paul Andrew Williams. Durante boa parte do longa fica difícil criar uma empatia por esse personagem, por causa justamente dessas suas características, porém, na medida em que a trama de “Canção para Marion” vai avançando, a gente vai percebendo que esse é o jeito dele, que quem o ama gosta dele do jeito que ele é e, apesar disso e das coisas difíceis que ele enfrenta no decorrer da obra, Arthur não irá se entregar à Síndrome de Gabriela – explico: “eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim”.
É justamente esse o mote principal por trás de “Canção de Marion”. O objetivo do filme dirigido e escrito por Paul Andrew Williams é nos retratar a jornada de transformação de Arthur. Acompanhamos as mudanças pelas quais a personagem irá passar na medida em que ele vai vivenciando algumas situações bastante complicadas, como a doença terminal da esposa Marion (Vanessa Redgrave) e o relacionamento difícil com o filho James (Christopher Eccleston).
A forma como Paul Andrew Williams decide mostrar a transformação de Arthur é muito interessante. O diretor utiliza a música como forma de retratar a sua personagem derrubando, aos poucos, todas as barreiras que ele impôs em seus relacionamentos com os outros. Na medida em que deixa a música e o sentimento envolvido nessa forma de arte invadir a sua alma, Arthur começa a não ter medo de revelar tudo aquilo que sente, os seus medos e anseios e a importância que sua família tem para ele.
De muitas maneiras, “Canção para Marion” lembra outro filme inglês: “O Quarteto”, dirigido por Dustin Hoffman. Os dois filmes usam a arte – mais precisamente a música – como pano de fundo para abordar a dificuldade em relacionamentos humanos e as arestas que deixamos abertas em relação ao nosso passado, com influências diretas em nosso tempo presente. Além disso, os dois longas possuem finos atores ingleses em seu elenco. Se “O Quarteto” tinha Maggie Smith, Tom Courtenay, Billy Connolly e Pauline Collins na sua linha de frente; “Canção para Marion” tem Vanessa Redgrave e Terence Stamp arrasando com nossas emoções em duas lindas atuações.
Filme sensível..com atuaçoes -como de se esperar- otimás...Ma infelizmente cai na previsibilidade,o que nao atrapalha em ser um bom filme e nem a mensagem que quer nos passar..-Recomendo-
Filme maravilhoso com atuações maravilhosas não só de Terence e Vanessa mas de Gemma Arterton. doce , suave, lindíssima e de talento incontestável. Gemma é um colírio sempre.
Filme tocante. De uma sensibilidade sem igual. Nos mostra o que verdadeiramente importa na vida e a não desprezar cada segundo dela, principalmente ao lado de quem amamos. Altamente recomendado!!
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