O que seria uma mente brilhante? O gênio com sua loucura ou o louco e sua genialidade? Hoje, se comentam sobre alguma coisa a ser inventada, por mais absurda que seja, é só questão de tempo até ser colocado um preço nela. Já antigamente, era uma maluquice pensar que tal coisa poderia ser criada. Imagina dar vida à um corpo já falecido? Doideira até para os tempo atuais (mas não impossível em um mundo pós-apocalíptico de zumbis)..... E é sobre isso o famoso clássico literário Frankenstein, obra publicada em 1818 pela escritora Mary Shelley. Quem não conhece a história sobre o Homem e o Monstro? Eis que o diretor Paul McGuigan (dirigiu filmes como HERÓIS de 2009 e o ótimo XEQUE-MATE de 2006) e o roteirista Max Landis (escreveu o competente PODER SEM LIMITES de 2012) resolvem fazer mais uma adaptação do romance, mas eu diria que é mais uma nova versão, na narrativa de um personagem introduzido que não existe no material original. Interessante, pois tal protagonista, o outrora corcunda Igor (bem interpretado pelo ator Daniel Radcliffe, nosso eterno Harry Porter dos cinemas) serve como um contrapeso na "balança" entre a insanidade e a lucidez do jovem cientista Victor Frankenstein (magistralmente interpretado pelo ótimo ator James McAvoy, o nosso mais novo Professor X, Charles Xavier da saga X-MEN dos cinemas), servindo como novo amigo e servo. O arco inicial é impecável, com a apresentação de Igor (estaria ele perdido de Notre-Dame?), a construção da amizade entre eles e com bons e curiosos Efeitos Visuais referente ao modo dos protagonistas "enxergarem" a medicina. Depois segue normal em seu enredo, nada de mais, mas seu arco final é bem fraquinho para não dizer ruim..... Outra coisa, em tempos que já não existe o príncipe encantado, porque insistir em romances desnecessários e que só atrapalham? A amizade entre os dois já não estaria boa o suficiente ou temiam comentários maldosos? E não é só isso que está "perdido" no roteiro, que começou tão bem e vai se estragando até o seu fim. A trama não sustenta certos momentos apresentados, então, o porquê estão ali? Devido ao seu início e a espetacular atuação de James McAvoy, o entretenimento é razoavelmente bom, possuindo uma boa fotografia da época, com um tom sombrio pela história que transmite que, para se ter vida, é preciso se ter um alma, só assim você realmente estará vivo! Estará Vivooooo!!!!!...