Paixão Inocente: Críticas

Filminho pouquíssimo conhecido, Breathe In é um singelo drama independente que passou batido quando estreou, mas que foi ficando mais conhecido nos últimos anos, principalmente por conta dos serviços de streaming. Tem um bom elenco em performances convincentes, com destaque óbvio para Felicity Jones, que consegue ser encantadora em qualquer papel. Não é o tipo de filme que eu assistiria múltiplas vezes, mas é um drama bem dirigido e atuado, vale conferir.

O evento principal para a trama de “Paixão Inocente”, filme dirigido e co-escrito por Drake Doremus, é a chegada de Sophie (Felicity Jones), uma estudante intercambista, na casa da família composta pelo casal Keith (Guy Pearce) e Megan (Amy Ryan) e pela filha deles, Lauren (Mackenzie Davis).

A partir da chegada de Sophie, veremos como a dinâmica familiar deles se modifica por completo, na medida em que a estudante intercambista vai deixando as suas marcas no relacionamento interpessoal entre eles.

As mudanças mais significativas acontecem com Keith. O espírito liberto de Sophie, que acredita no poder do livre arbítrio, o afeta profundamente, pois ela toca nos pontos mais delicados de sua personalidade: Keith largou a vida como músico e a efervescência de uma cidade como Nova York, após a gravidez de Megan. O ressentimento por aquilo que ele deixou de viver vem à tona de uma forma mais forte com a presença de Sophie na rotina da família.

Apesar da premissa interessante, falta a “Paixão Inocente” um melhor desenvolvimento das personagens - Sophie, que tem um papel tão importante pra trama, é um mistério para a gente; e a personagem mais bem construída é Keith. Além disso, como é típico nos filmes independentes, o roteiro termina de forma abrupta, sem que a gente tenha um final esmiuçado. A única certeza que teremos é de que os relacionamentos ali nunca mais serão os mesmos.

Um elenco bom para um filme apenas bom! Roteiro simples que se arrasta em alguns momentos e deixar a mercê do telespectador a paciência! Filme pouco lembrado!