Se tem uma coisa que nós, fãs de cinema temos que admitir, é que o cinema ultimamente anda apenas fazendo adaptações e continuações de livros, quadrinhos e falta hoje filmes originais, e são poucos eles que são bons de verdade e é exatamente por trazer algo diferente e também por outras razões que eu acho essa nova aposta da Disney, uma boa surpresa. Não é tudo nesse filme que é original óbvio, mais ele tem algo que os outros deste ano não tem, que é uma visão diferente sobre nosso futuro. A personagem principal Casey (Britt Robertson), ela é uma sonhadora com um futuro melhor, e daí de repente ela acaba recebendo uma espécie de broche que logo ao toca-lo, ela consegue ir pra um lugar lindo e futurista onde tudo é possível chamado Tomorrowland. Daí ela fica obcecada com esse lugar, quer ir pra lá de qualquer jeito, onde ela acha o personagem Frank (George Clooney) que já esteve lá e é sua única chance para isso. O tal lugar Tomorrowland aparece pouco, e a trama opta por se revelar aos poucos, o que torna a jornada até lá mais interessante e divertida de se acompanhar, e o bom é que o filme tá sempre seguindo, está sempre em movimento. Outro ponto forte é o elenco, A Britt Robertson me surpreendeu bastante, nunca tinha ouvido falar dela e agora depois daqui posso dizer que vale a pena ficar de olho nela. O George Clooney tá muito bem também, ele é muito carismático como na maioria de seus filmes e também ele está num papel diferente do que ele está acostumado, aqui ele não é o galã do filme não. Há também uma menina chamada Raffey Cassidy que também é uma surpresa,, a personagem dela é mediana mais ela eleva o material que ela tem devido a sua interpretação, e o Hugh Laurie pouco aparece e se você espera ver ele espelhando Doctor House aqui, pode esquecer. O filme flui muito bem nos primeiros dois atos do filme, porém é no terceiro, em que o filme cai o ritmo, ele começa a exagerar na mensagem em que ele quer passar e acaba prejudicando o ato final fazendo ele ficar meio cansativo. O diretor do filme é o Brad Bird, dos ótimos “Os Incríveis (2004)” e de “Missão Impossível : Protocolo Fantasma (2011)”, aqui ele conduz o filme com a qualidade que ele costuma trabalhar, ele exagera em alguns momentos mais ele é um bom diretor pra filmes de ação e isso é visível aqui. Tecnicamente esse filme é lindo, tanto nas sequências de ação, que são bem dirigidas, quanto nas cenas de vislumbra mento em Tomorrowland. É tudo colorido, um estilo de filme retrô, que combina com o filme, afinal a visão do futuro dele, é aquela visão que tínhamos antigamente, antes de começarmos a só ver tragédias pra ele. É uma pena que esse filme não tenha feito tanto sucesso, afinal não é todo mundo que gosta de curtir coisas novas, mais não se pode dizer que Tomorrowland - Um Lugar Onde Nada É Impossível é um filme ruim, ele é bem dirigido, tem um bom elenco, e é totalmente diferente dos futuros pós-apocalípticos que todo filme tem hoje em dia, e pra mim merecia mais do que ele ganhou, porque não dá pra dizer que pelo menos, ele tentou ser algo diferente, e é visível essa tentativa.