Não há nada mais gratificante do que sair satisfeita, ou, nesse caso, imensamente satisfeita do cinema, após assistir a adaptação de um livro tão maravilhoso. “Divergente” é um filme fiel ao livro, com atuações impressionantes e cenários de tirar o fôlego.
Em um futuro onde as pessoas são dividas em facções que determinam suas formas de pensar e agir, Tris não é uma menina comum. Ela não se encaixa em nenhuma categoria, portanto, ela não pode ser controlada. Isso pode fazer com que sua vida corra muitos riscos, ou a faça ser capaz de lutar contra aqueles que acreditam que novas pessoas devam assumir o poder e que pessoas como ela devem ser eliminadas.
Foi uma surpresa muito agradável ver Shailene Woodley e Theo James interpretando Tris e Quatro. Eles nasceram para interpretar os protagonistas de “Divergente”. Devo confessar que nunca tinha visto nenhum filme com eles, portanto, Theo James interpretou Tobias sem nenhuma diferença de como o personagem é descrito no livro. Era impossível não se encantar cada vez que o homem com apenas quatro medos surgia na tela. Sua voz é de tirar o fôlego. Ele conseguiu encontrar o equilíbrio perfeito entre a seriedade, os medos e o cuidado que formam o personagem.
Shailene não é apenas perfeita como Tris, ela é uma atriz fantástica. Conseguiu me emocionar em cenas que eu não tinha tido vontade de chorar nem lendo o livro. Às vezes, quando você vê atores jovens trabalhando com atores já consagrados como Kate Winslet, a diferença na atuação é impactante, porém, ela consegue acompanhar perfeitamente, demonstrando toda a sua emoção e conseguindo fazer com que cada cena tenha uma qualidade impressionante.
Eu sempre imaginei o espaço em si, onde se ficavam as facções, como algo bem menor, porém, se tratando de Chicago, não poderia ser menos expressivo do que apresentado no filme. Toda perspectiva de espaço do filme tomaram proporções muito maiores do que eu imaginei quando li o livro, e o resultado foi muito mais fabuloso e real do que eu jamais poderia ter criado em minha mente.
O complexo da audácia é tão diferente do resto da Cidade, representando cada peculiaridade daquela facção perfeitamente, fazendo jus ao que a facção prega para seus habitantes.
Todas as cenas importantes e necessárias do livro estão presentes, além de algumas coisas novas. Eu não me lembro de algum dia ter visto uma modificação de uma cena de um livro para o filme e ter gostado mais de seu desfecho no filme, mas isso aconteceu em “Divergente”. Vocês verão uma cena com um desfecho diferente, mas muito mais emocionante e perfeita do que no livro, mas sem perder em nada, apenas evoluindo algo que já era muito bom para outro patamar.
Mal posso esperar para assistir novamente o filme no lançamento no dia 17. Além, é claro, de já ter ficado imensamente ansiosa para assistir “Insurgente”. Quando o filme acabou e “Beating Heart” começou a tocar, senti um arrepio de ansiedade pelo próximo filme que, se for tão bom quanto o primeiro, irá superar novamente todas as minhas expectativas.