Carrie retrata um grande desastre ocorrido na cidade americana de Chamberlain, Maine, destruída pela jovem Carietta White. Nos anos anteriores à tragédia, a adolescente foi oprimida pela sua mãe, Margaret, uma fanática religiosa. Além dos maus tratos em casa, Carrie também sofria com o abuso dos colegas de escola, que nunca compreenderam sua aparência, nem seu comportamento. Um dia, quando a jovem menstrua pela primeira, ela se desespera e acredita esta morrendo, por nunca ter conversado sobre o tema em casa. Mais uma vez, ela é ridicularizada pelas garotas do colégio. Aos poucos, ela descobre que possui estranhos poderes telecinéticos, que se manifestam durante sua festa de formatura, quando os jovens mais populares da escola humilham Carrie diante de todos.
Você até se sente atraído pela dupla central do filme, a jovem Carrie e Margaret. O notável da Carrie interpretada por Chloe Moretz (“Kick-Ass”, “Deixa ela Entrar” e “Sombras da Noite”) surge na forma como sua postura tímida e oprimida vai modificando na medida em que a garota vai descobrindo seus poderes. Margaret, a assustadora mãe de Carrie, interpretada por Julianne Moore nos causa espanto, suspense e mesmo temor desde sua primeira cena no filme. Impossível não sentir medo ou estranheza.
Entretanto, o curioso deste filme é que foi justamente na tentativa de fugir dos clichês os personagens secundários perderam o sentido. No inicio você até curte saber que a loirinha tem alguma consciência ou que o namorado dela pensa em algo mais que transar, mas logo tudo fica meio forçado. Na boa, impossível imaginar uma garota que emprestaria seu “namorado bonitão” para outra menina motivada apenas por pena, e isso no dia do baile de formatura do ensino médio, um dos mais importantes ritos de passagem da gurizada!!!Serio mesmo, isso parece coisa da novela Malhação.
Sem a credibilidade dramática, sem o suspense aterrorizante, o remake resulta em uma obra sem razão, falha em seus princípios. Ainda que a afirmação caia em uma nostalgia que observa o passado com maior brilhantismo, a produção de De Palma continua tão forte quanto a obra de King, um mestre do gênero até hoje e poucas vezes bem adaptado a outras mídias.