Esse filme, de alguma forma, me tocou profundamente. Fiquei emocionada com o final. Tudo o que David almejou – a mulher que sempre sonhou, a cumplicidade com Max – foi destruído no fim, não restando nada. Esse desfecho me tocou de uma forma sem igual.
É um filme perfeito, daqueles que palavras não conseguem descrever adequadamente.
Raramente começamos a assistir a um filme com a sensação de que será o melhor que já vimos ou com a certeza de que será bom. Mas confesso que, nos primeiros segundos, tive a certeza de que este não seria um filme qualquer. Sentir isso em menos de 4 minutos de projeção é raro.
Acho que o mais interessante em ver um filme é descobrir por si mesmo o que ele quer mostrar. Todos os filmes têm um contexto, mas é legal tirar suas próprias conclusões, escrever o que você entendeu, sem julgar certo ou errado. O começo do filme nos apresenta algo que ainda não sabemos, ligando presente e futuro e criando um ar de mistério.
As primeiras horas do filme focam na infância de David, e foi essencial ver isso. As atuações das crianças foram impressionantes, tornando a experiência prazerosa, mas ao mesmo tempo triste, por vermos o rumo que aquelas vidas estavam tomando. Quando vi Joe Pesci, fiquei totalmente eufórica. É maravilhoso vê-lo em cena com Robert De Niro, trazendo uma sensação de familiaridade tão boa, apesar da curta duração da cena. Nesse momento, eu já sabia o quão bom esse filme se tornaria, o quão simples e fluido ele era, resultando em uma verdadeira obra-prima.