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Sidnei C.
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4,0
Enviada em 20 de setembro de 2014
Há exatos 35 anos a disputa entre um casal pela guarda de uma criança após uma conturbada separação causou polêmica ao levar para os cinemas um tema até então considerado tabu para a época, a desagregação familiar. Kramer vs Kramer fez barulho e lançou ao estrelato ninguém menos que Meryl Streep que triunfava ao lado de Dustin Hoffman. O filme arrebatou os 4 principais prêmios no Oscar naquele ano. 35 anos depois, Pelos Olhos de Maisie não fez o mesmo barulho. Afinal, vivemos novos tempos, as relações familiares mudaram, a sociedade caminha para a compreensão em achar natural a escolha de vários casais em abrir mão da paternidade em nome da carreira profissional, vaidade, ou quem sabe seria mesmo o medo do mundo? Não importam as razões, o que diferencia o longa de 1979 para este da dupla McGehee & Siegel (do polêmico Até o Fim) é o ponto de vista. Enquanto em Kramer vs Kramer o garotinho era apenas um coadjuvante na crise do casal, Maisie é a personagem principal. Com apenas sete anos ela assiste, ouve, observa e tenta compreender a amargura da vida adulta. Quem são seus pais, porque berram, gritam um com o outro, quem é o garçom namorado de sua mãe que lhe estende as mãos e torna-se seu fiel companheiro, quem é a garota mais jovem que namora seu pai, afinal porque quatro adultos são incapazes de criar uma criança apesar de amá-la. Aos olhos de Maisie todos parecem gostar dela mas odeiam uns aos outros e estão ocupados demais com suas vidas profissionais. Maisie não chora, não grita, não pede por companhia, tamanho desafeto poderia causar traumas na criança, mas ela está ali, tentando apenas compreender tudo ao redor. A garotinha Aprile dá um show de interpretação, com tamanha naturalidade que rouba a cena apesar de nomes de peso no elenco como a sempre eficiente Moore. Um filme para ver, refletir e reavaliar nossos relacionamentos. Afinal, ninguém tem que pagar por nossas escolhas.
Quão forte pode ser a personalidade de uma criança? O quanto é possível suportar o descaso e abandono dos pais? Pelos Olhos de Maise nos mostra que esses limites estão muito além do que a gente possa imaginar. Baseado na obra de Henry James, esse filme entrou para a minha lista das boas adaptações literárias feitas para o cinema.
É um bom filme, mas não é o tipo de filme que agrada a multidões. A história é a mais pura realidade vivida por muitas crianças que sofrem com uma separação conturbada dos pais, onde os mesmos brigam pela guarda da filha. Um detalhe que fica claro no filme é a falta de responsabilidade dos pais biológicos de Maisie deixando-a nas mãos de pessoas que acabaram de conhecer, mas são essas pessoas que dão amor e carinho para Maisie, exercendo de forma brilhante os papéis de pai e mãe da menina. A mensagem que fica é de que só Amor verdadeiro vence.
A atriz mirim Onata Aprille nos sensibiliza com sua interpretação intimista. Dá vontade de levá-la pra casa! Uma história que mostra que o amor e dedicação independem de laços sanguíneos. Julianne Moore sempre dando show mesmo quando não é o maior destaque.
Passei metade do filme sentindo pena da pobre Maisie pelo pais que ela tem, a outra metade torcendo pra ela se livrar deles, e o filme inteiro revoltada com tamanha negligência! Rsrsrs... Julianne Moore sempre arrasa e a atriz mirim, que garota de olhar mais expressivo... Pelo trailer, confesso que esperava um pouquinho mais do enredo!
É um filme tocante, pois como o próprio título diz, todo enredo se passa através da visão da doce Maisie; em nada é retratado o conflito da vida adulta mediante tanta primazia, mas sim o olhar de uma criança que a todo instante é deixada em segundo plano. Uma garotinha inteligente, perceptiva, porém introspectiva. Dócil, de nada se queixa, mas sabe traduzir muito bem cada desleixo e abandono demonstrados pelos pais. O filme é o retrato de muitas famílias da atualidade. Filhos órfãos de afeto, de tempo, de carinho.
Absolutamente apaixonada pelo filme, mostra como a sensibilidade de uma criança pode mudar a vida das pessoas. Incrível como tantas pessoas podem se identificar com o filme. Fiquei deslumbrada.
Envolvente para quem de alguma forma esteve participando de uma situa'çāo semelhante. A menina atua bem. O filme emociona sem exagero. Faz pensar em tentar ver o mundo por outra lente q nāo a sua.
O que pode acontecer em uma separação de casais,quando se envolve uma criança?O adulto de hoje foi construído pelo passado de uma criança. O amor é o que importa,se pais biológicos ou adotivo,o filme me fez fortalecer uma antiga ideia que tenho,todos nos deveríamos adotar uma criança,não no sentido de passar a morar,mas dar mais atenção aquele pequeno que vimos em qualquer lugar,cujo precisa de bons exemplo da sociedade pra sonhar no que sera quando adulto,sorrir pra elas mesmo quando não temos "tempo",porque precisamos ficar o tempo todo on line. O filme lhe conduz para uma história que poderia ser a menos otimista possível,mas como já disseram o amor supera tudo. A família toda se beneficia em assistir essa belíssima e contagiante experiencia,parabéns a todos do filme.
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