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    Dentro da Casa
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    4,5
    337 notas
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    117 Críticas do usuário

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    Jerome P.
    Jerome P.

    9 seguidores 4 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 15 de abril de 2013
    Ozon cria um ambiente muito particular, as personagens femininas têm muita sensualidade sem nenhuma vulgaridade. A atuação é boa, o roteiro é muito bom. O filme é excelente!
    Destaque para a svastica de penises...

    O que é fogo com Luchini é que você nunca sabe se o papel foi escrito para ele ou se ele transformou o papel para que lhe vá como uma luva... mas é uma delicia ver o show dele como professor de literatura.
    Neto S.
    Neto S.

    28.777 seguidores 773 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 6 de março de 2014
    Um pouco cansado da rotina de professor, Germain (Fabrice Luchini) chega a atormentar sua esposa Jeanne (Kristin Scott Thomas) com suas reclamações, mas ela também tem seus problemas profissionais para resolver e nem sempre dá a atenção desejada. Até o dia em que ele descobre na redação do adolescente Claude (Ernst Umhauer) um estilo diferente de escrever, que dá início a um intrigante jogo de sedução entre pupilo e mestre, que acaba envolvendo a própria esposa e a família de um colega de classe. Otimo , me supreendi com esse filme tem um história muito boa e interessante e com excelentes atuações recomendo nota 9.5
    Sidnei C.
    Sidnei C.

    120 seguidores 101 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 6 de setembro de 2013
    Corrigindo as redações de seus alunos, a quem pediu para escrever sobre o "o que fizeram no último final de semana", o professor Germain descobre um trabalho interessante e bem escrito de seu aluno Claude Garcia. O inusitado é que ele descreve o final de semana que passou na casa de outro colega, em minúcias e comentários irônicos sobre toda a família. Para piorar, Claude termina a redação com um sugestivo "...continua".
    Intrigado e ao mesmo tempo curioso em saber como a história vai terminar - sem estar certo se descreve fatos verídicos ou não - o professor começa a dar conselhos sobre a escrita literária, ao mesmo tempo que incentiva Claude a continuar escrevendo.
    A cada pedaço de história que Claude entrega ao professor, e que acompanhamos em imagens, a sequência da narração do que se passa dentro da casa do colega Rapha vai sendo formada, escrita, reescrita, aperfeiçoada - com intromissões e cumplicidade tanto do professor quanto de sua esposa, Jeanne (Scott Thomas), que também tem acesso às redações. Até chegarmos a um ponto em que não sabemos mais se o que Claude escreve (e vemos se desenrolar na tela) é o que ele realmente viu na casa, se corresponde aos seus desejos, se quer agradar o professor - ou em última instância, se quer agradar a nós, leitores/espectadores "voyeuristas" do filme. Esta cumplicidade do narrador (Claude) com a platéia/leitores - ou seja, nós - fica evidente em cenas em que Claude lança olhares maliciosos, olhando diretamente para a câmera. É neste momento, em que a chamada "quarta parede" é quebrada, é que você, espectador, é convidado a entrar no jogo deste rapaz inteligente e manipulador.
    Dentro da Casa possui uma fina ironia, e lança farpas em várias direções e aspectos da sociedade ocidental moderna. São deliciosas e hilárias as cenas que enfocam a galeria de arte em que trabalha Jeanne (Kristin Scott Thomas) - a esposa de Germain - que aproveitam para debochar escancaradamente do que se convencionou chamar de arte contemporânea, com suas "instalações" bizarras, e obras que ninguém entende, ninguém gosta e ninguém compra.
    O elenco é afiadíssimo, com destaque para o trio central (Fabrice Lucchini, Kristin Scott Thomas e Ernst Umhauer), o que colabora em muito para prender nossa atenção e acompanhar a história, com suas inúmeras reviravoltas. Em um dos conselhos que o professor dá a seu talentoso aluno, ele diz que o leitor sempre aguarda um final sobre o qual possa dizer "ah, não esperava este final" ao mesmo tempo que reflete "é, o final não poderia ser diferente". Desta maneira, o final do filme pode desagradar a muitos, porque ele não parece ter seguido esta, nem nenhuma das outras "regras" literárias do Professor Germain. Mas ai esta a crítica ou auto-crítica que o diretor lança sorrateiramente sobre todos nós: muitas vezes confundimos realidade com ficção, fatos com fantasias, e esquecemos que a vida não tem finais felizes nem apoteóticos. Mas, quando menos esperamos, nos prega peças, nos surpreendendo com desfechos muitas vezes dolorosos e totalmente desprovidos de sentido. Assim é a vida...
    Cinetrix
    Cinetrix

    18 seguidores 55 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 4 de novembro de 2013
    "Dentro da casa" é um deleite de intertextualidade no cinema. Com roteiro encaixado, ritmo cativante, direção impecável e boas atuações, esta produção francesa se destaca pela narrativa que está inteligentemente interligada numa eloquência poética sobre um amor platônico e seus conceitos literários.

    A trama fala do interesse de um jovem pela mãe de um colega de escola. Suas idas à casa do companheiro se tornam, além de inspirações para redigir uma redação escolar, um exercício de paixão, de invasão à vida alheia, observação e, sobretudo, na arte de escrever. Toda a ação é auxiliada e motivada por seu professor de literatura que o ajuda a construir a estória perfeita sobre seus anseios.

    "Dentro da casa" é uma aula de redação com pitadinhas de humor que nos faz deliciar com suas inspirações e reviravoltas textuais, principalmente por seu desfecho surpreendente. Genial!
    Luana O.
    Luana O.

    658 seguidores 557 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 6 de dezembro de 2020
    Inteligente, cativante e envolvente. Um bom roteiro, com bons atores e personagens. Da um boom na mente, pois fica uma incógnita se o que houve aconteceu de fato, ou não. São muitas referências e questionamentos. Recomendo!
    Pati Lima
    Pati Lima

    38 seguidores 84 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 6 de outubro de 2013
    Muito bom! Como não assisti este filme antes? Ótimo roteiro e história... vc se envolve com o filme de tal forma que torce para ele não acabar, uma mistura de ficção com realidade. Filme raro abordando a leitura em si/literatura. Indico...
    Nelson Jr
    Nelson Jr

    16 seguidores 203 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 31 de outubro de 2018
    No início a história parece ir para um suspense , mas o roteiro se perde , não é de todo ruim, a narrativa observativa do escritor Claude é muito interessante, mas a mistura ficção \realidade faz a história perder um tanto a credibilidade.
    anônimo
    Um visitante
    4,0
    Enviada em 3 de outubro de 2013
    François Ozon,já mostrou grandes trabalhos ao longo de sua carreira.E mas uma vez,ele chega causando, e uma das melhores surpresas dele,dessa vez,ele trouxe Dentro de Casa.E de dentro da casa,você vai acompanhando uma história intrigante,que vai ganhando força com o passar do tempo.E com o passar do tempo,você se depara com novas e ótimas histórias vividas por Claude,(vivido por Ernst Umhauer,a melhor atuação no filme.)E percebendo,Germain (Fabrice Luchini),e Jeanne (Kristin Scott Thomas),serem cada vez mas reféns das histórias dele.O filme cumpre com,o papel de se parecer interessante,com um elenco desconhecido por aqui,mas nada que possa ter tirado o brilho do após cenas,o filme te reserva boas surpresas.
    Erika
    Erika

    54 seguidores 107 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 22 de março de 2016
    Gostei, quem senti afinidade pela literatura e sobre desejos e expectativas do ser humano que se confundem entre realidade e fantasia com certeza irá gostar. Na verdade esse filme termina sem sabermos de fato o que foi real, o que foi ficção, e o diretor deixou isso claro em uma frase no final em que os dois conversam. Se você for observador vai perceber que na frase em que Claude pergunta para Germain se as irmãs precisam ser gêmeas e ele sorri respondendo que “não, necessariamente”, isso nos remete que as irmãs gêmeas que eram as patroas de sua esposa era apenas uma invenção de sua cabeça, tudo foi um conto entre duas pessoas sentadas no banco, da qual começaram a se encontrarem todos os dias. Ou não? A resposta é quem sabe...a verdade nunca saberemos porque a intenção do diretor foi essa mesma, instigar quem assistisse e ver até onde sua imaginação pode ir e concluir.
    Marcio S.
    Marcio S.

    99 seguidores 126 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 15 de fevereiro de 2014
    Sempre admirei a filmografia de François Ozon, pois apesar de não ter filmes tão comentados é dono de uma filmografia extremamente regular. Neste filme mostra a maneira como o cinema nos seduz ao defrontarmos, com qualquer gênero, pois a verdade é que a psicologia e nosso voyeurismo conseguem fazer com que passamos a entender o nosso desejo de assistirmos a algo em uma tela.
    Germain (Fabrice Luchini) é um professor cansado de assistir uma mediocridade coletiva nas salas de aula. Está começando a lecionar em um colégio Francês. É casado com Janne (Kristin Scott Thomas) que está tentando fazer com que uma galeria de arte não seja fechada por suas proprietárias. Ao sugerir que os alunos escrevam sobre seu fim de semana fica impressionado que a maioria não desenvolveu nada, mas fica empolgado com o que um aluno escreveu. Claude (Ernst Umhauer) intitulou seu trabalho de “Dentro da Casa” e contou como entrou na casa de um colega fingindo ser seu amigo. Conta detalhes da casa e ao fim apenas diz: “Continua”.
    Na composição dos personagens destaco Kristin Scott Thomas. No elenco também está Emmanuelle Seigner como a mãe de seu amigo. A direção de arte compõe as casas de cada personagem de maneira elaborada, pois destaca claramente o que eles representam. Por exemplo, a casa do amigo de Claude é bem caracterizada como de uma classe médica. Enquanto a de Germain tem um ar intelectual, o que condiz com a personalidade dos personagens. O roteiro é uma preciosidade.
    O espectador de cinema sempre foi estudado. O que faz com que fiquemos presos durante duas horas de nosso precioso tempo? Há vários estudos em que a psicologia sempre foi à base. Assim chegaram a conclusões sobre identificações. Chegaram a várias conclusões e há vários tipos de identificação. A identificação que Germain tem por Claude é uma identificação parcial que ele tem por um traço de Claude. Dessa maneira Claude tem uma aptidão para escrever e se tornar o escritor que Germain não conseguiu ser. Essa identificação acontece mesmo se no nível da personalidade, do caráter, da ideologia ele não tenha qualquer simpatia. O que Claude faz não tem nada que qualquer pessoa deva incentivar, mesmo assim Germain só pensa em torná-lo um escritor.
    O nosso lado voyeur é outro dado importante em que nos impulsiona a adentrar naquela sala escura e desfrutar de duas horas de uma vida alheia. No fundo somos, no mínimo, voyeurs. Assim nos interessamos em assistir a história de outra pessoa ou por exemplo reality shows. Germain é muito semelhante a nós, o público do cinema, pois possui a mesma coisa que brota em nós, mesmo sem nos darmos conta.
    Por fim destaco como o personagem de Germain cita pontos de como realizar um roteiro. É nítido que as dicas que ele dá para Claude servem claramente para compor um roteiro de um filme. Ao final me senti como em Janela Indiscreta (quase um Split Screen) e em uma inversão, pois é interessante o que Claude diz sobre entrar na casa dos outros. Tem sempre uma maneira. E por ser um filme tão bom, Ozon encontrou uma maneira de entrar em muitas casas.
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