Jack Ryan já é um velho conhecido dos cinema de espionagem. Talvez não lembrem do nome, mas certamente lembram de PERIGO REAL E IMEDIATO e JOGOS PATRIÓTICOS, com Harrisson Ford, ou A SOMA DE TODOS OS MEDOS, com Ben Afleck, entre outros. Todos esses filmes são protagonizados por Jack Ryan, um espião da CIA que, como sempre, luta contra o terrorismo que afeta os americanos.
Desta vez, Kenneth Branagh, diretor e também vilão do filme, quis dar um início para o espião, dando ao seu nome e a sua figura a importância que os outros filmes não davam, já que focavam na política e nos relacionamentos diplomáticos.
O erro foi escolher um tema um tanto quanto cansativo para atuarem: Economia.
Repleto de clichês, sendo o maior deles a Rússia como inimiga maior, com seus Dimitris e Lemkovs e de frases de efeito como "Eles querem causar a segunda grande depressão americana.." o filme não atravessa a linha de filme de ação normal, com cenas legais, perseguições, roteiro feijão com arroz e nenhuma reviravolta.
A história é algo como os terroristas Russos, chefiados por Branagh, por vingança, querem implantar um golpe econõmico que pretende desvalorizar o dólar a uma moeda de quinta, de tal forma que dificilmente os EUA pudessem se recuperar da crise, tendo por estopim um ataque terrorista.
Já os americanos da CIA, na pessoa de Kevin Kostner, traumatizados pelo 11 Set e motivados a impedir que algo do tipo se repita, recrutam Ryan, jovem formado em Economia e ex-fuzileiro herói do Afeganistão (...) para participar da missão especial e desfazer o circo.
Ryan, interpretado por Cris Pine (Star Trek), tem seus dilemas e os carrega como motivação. Viu os ataques do 11/9 na faculdade em Londres e acabou virando fuzileiro. Quase ficou paralítico no Afeganistão, salvando seus colegas após uma queda de helicóptero. Na fisioterapia conhece Keira Knightley, e ficam noivos.
Numa estranha semelhança com Missão Impossível 3, o já agente tenta lidar com o trabalho e o segredo a ser escondido da mulher que desconfia ao ponto de segui-lo até o local da missão. Não só descobre a verdade como passa a fazer parte do serviço.. A partir disso é só encher a linguiça, que aliás já está quase explodindo.
Forma-se uma equipe, com os já típicos especialistas nisso e naquilo e vão enfrentar o vilão, que aliás é um dos mais burros que já se viu. Tentar passar de malvado mas é facilmente enganado, por diversas vezes pelos espiões. Chega a irritar.
O que segura a trama é a interpretação de Pine, muito convincente, como um agente que vai pela primeira vez ao trabalho de campo e salva o dia com muita luta e demonstrações de genialidade que o faz carregar a equipe nas costas, até o experiente mentor que o recrutou.
Keira, coitada, perdida, é um desperdício. Atriz cheia de credenciais, é colocada nesse barco furado com um papel de menina boba, que caberia muito melhor a uma iniciante.
Não é em todo ruim mas só consegue ser mais um filme de ação, pra ver se não tiver muita coisa pra fazer.