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Marcio S.
99 seguidores
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2,5
Enviada em 31 de agosto de 2013
As Sessões aborda um tema interessante. A vida sexual de pessoas com problemas físicos realmente é um tema pouco abordado. Já vimos temas de superação de pessoas que por alguma impossibilidade física, consegue vencer barreiras e vencer na vida. Aqui temos a história de alguém que precisa se superar mentalmente e fisicamente para realizar um desejo de sua vida. O filme é baseado no artigo de nosso protagonista “Se consultando com uma substituta”. Conta a história de Mark O’ Brien (John Hawkes) que sofreu paralisia desde pequeno e por isso não se locomove. Ele praticamente não se mexe. Por causa disso ele necessita de acompanhantes. Devido a essa paralisia ele não consegue ficar muito tempo fora do que ele chama de pulmão de aço (confesso que fiquei curioso para saber como funciona). Esta máquina faz com que ele consiga dormir seguramente e que não sinta falta de ar. Mark já é uma pessoa estabelecida. Ele trabalha como jornalista e cursou uma grande faculdade. Após começar uma matéria sobre a vida sexual de deficientes físicos, surge a vontade de iniciar sua vida sexual. Para isso ele consegue uma terapeuta sexual, (Cheryl interpretada por Helen Hunt) que através de sessões irá ajudá-lo tanto em um descobrimento físico e apesar de não planejado, em um descobrimento sentimental/amoroso. Apesar de ter concorrido ao Oscar 2013 como melhor atriz, não consegui perceber o quanto Helen Hunt foi muito satisfatória em seu personagem. Ela tem coragem de fazer as cenas de nudez e pronto. Em seu rosto não vi nenhuma expressão facial consistente. Seu rosto parece ter sido tão esticado que está semelhante a uma mascara que não muda de fisionomia. Uma coisa que posso considerar que ela passou bem foi à possível confusão mental que está passando em sua vida (não vi nada muito além disso). A dúvida permeia em seu rosto. Enquanto Helen Hunt foi exposta com uma nudez corajosa, o diretor resolveu preservar não Hawkes, mas, acredito o verdadeiro Mark, pois em nenhum momento aparece sua nudez. Tanto John Hawkes e William H. Macy (interpreta o padre Brendan) não nos oferece interpretações memoráveis. A montagem me incomodou. O filme se resume casa/igreja ou casa/sexo/igreja. Pareceu que faltava algo a mais na estrutura do filme, me deu a impressão de uma falta de continuidade. As imagens são interessantes e fazem sentidos. A conversa entre o padre e Mark é filmada de maneira que a posição deles forme uma cruz. Uma abordagem interessante é o lado em que Cheryl deita em sua casa e quando ela deita em relação a Mark. Passa uma idéia de que ela está no meio, um pouco indecisa. Ela tem duas opções de vida opostas. Há outras analogias interessantes. O roteiro tem um tema interessante, mas parece que foram colocadas algumas coisas desnecessárias para compor o filme. A vida pessoal de Cheryl parece que entrará na história, mas apesar de ser um bom tema paralelo, é pouco explorado. A insatisfação dela é demonstrada, mas também não avança na história. As cenas da ajudante com um recepcionista não fazem sentido para a história e poderia, em minha opinião, ficar fora do resultado final do filme. Por fim temos um filme com um tema poderoso, mas que parece uma história ou curta demais para um filme ou que foi pouco desenvolvida.
Hawkes, consegue o equilíbrio necessário para compor com grande precisão um papel delicado e difícil de ser interpretado. Hunt ainda revela jovialidade e charme em sua atuação com certo clímax sexual e para completar Macy como padre - revela uma química interessante com o protagonista. A precisa direção de Lewin, consegue se desviar do quase inevitável limiar do sentimentalismo raso, com grande talento que é compensado pela grande atuação do trio de protagonistas, com destaque já citado para Hawkes; que revela a inocência, a espontaneidade, o sarcasmo sem desviar da verdade e da amargura que não deixa de ser sentido por ele - que com esta ajuda, consegue levar o filme com muita versatilidade até o final. A poesia que é recitado por sua voz é um momento mágico do filme.
Não fui à muitas sessões na minha vida, as que fui sorri e chorei. Dentro de mim, em algumas conversar, pensava estar praticando algum ato terapêutico ao ouvir um familiar ou fixar o olhar em algum amigo enquanto falava. Nada muito científico, quanto mais tocante, porém familiar com a natureza de ser humanos. O filme que posto hoje, tem este mesmo tom, o de fazer uma terapia sem pretensão científica ou dramática, no entanto, forte o suficiente para nos fazer rir e chorar. MARAVILHOSO, ASSISTAM. Só mais uma coisa, o poema no final é lindo
Filme raro e interessante nos dias de hoje. Bem original e polêmico devido a temática, mas muito recomendado. As vezes triste e inquietante, mas que faz a gente pensar que tudo na vida é possível. Basta querer. Muito bom.
AS SESSÕES, uma comédia dramática, que nos apresenta a vida de Mark O’Brien, um homem que aos seis anos de idade teve poliomielite e desde então passa a maior parte do seu dia dentro de um pulmão de aço e só pode ficar deitado. Porém Mark é poeta e jornalista e vê a vida mudar quando é convidado para escrever um artigo sobre o sexo e as pessoas com deficiência. Uma questão que ele vai trabalhar com uma terapeuta do sexo.
O filme é baseado nos artigos escritos por Mark, após o termino das sessões. Por ser tratar de uma biografia, o roteirista e diretor Bem Lewin, fez um excelente trabalho ao retratar com fidelidade, nos diálogos a personalidade de Mark, sempre utilizando o senso de humor sarcástico. Pontos também para o figurino e cenário, ambos retratam com fidelidade os anos 80. Do clímax para o desfecho passa-se tão rápido que mal percebemos que o filme está acabando. Ainda estou indecisa se isso é ruim, pois essa rapidez me deixou sem ar. Mas ter os acontecimentos da cena final mais bem desenvolvidos também seria bom.
Enfim, o longa não serve para quem quer sentar-se na frente da telona e não pensar em nada, é um filme inteligente, que nos faz rir, chorar e refletir. Esse filme da uma tapa na cara da sociedade e grita ‘‘ Não me digam o que posso ou não fazer '’. Estréia 13 de fevereiro.
Inspirador, essa é a palavra que define essa película. Consegue-se tocar em um assunto extremamente delicado, sem ser monótomo, polêmico ou previsível, sustentando-o com leveza, humor e ironia. Hunt e Hawkes em atuações difíceis, corajosas e bem sucedidas. O quão o sexo é importante para a felicidade e a realização pessoal das pessoas? E o quanto isso faz diferença na vida de quem nunca fez sexo, ou pior, se encontra parcialmente ou totalmente incapacitado? Essas dentre muitas outras discussões podem ser feitas após assistir essa dádiva que é esse filme. Recomendadíssimo e nota máxima.
John Hawkes encarna Mark O'Brien com perfeição e mostra cada vez mais seu crescimento como ator. Chega a surpreender a forma com que ele escolhe atuar podendo apenas usar a cabeça. Porém, o destaque mesmo é Helen Hunt, sem dúvidas. Com cenas memoráveis, ela se entrega, de alma e, principalmente, corpo a uma personagem muito difícil. Sem pudores, fica nua, fala coisas politicamente incorretas (uma vez que toda a pseudo-malícia do filme encontra-se em sua personagem) e faz coisas que só uma atriz muito corajosa seria capaz de fazer. Tudo isso dando uma carga emocional fortíssima à personagem (o que é a cena em que, conversando com Mark, Cheryl tenta segurar o choro e sorrir ao mesmo tempo para tranquilizar o "paciente"?), com muitas nuances diferentes, e assim, construindo uma persona que é capaz de provocar uma forte identificação com o público, mesmo que tudo contribua para o contrário.
O roteiro também é muito bem sucedido pra contar essa história, um tanto quanto controversa. A única ressalva é que em seu momento inicial ele praticamente força um didatismo, com uma narração bastante desnecessária e até incômoda. O que compensa é que nas outras situações em que ele poderia fazer o mesmo, como quando Cheryl precisa "refletir" sobre Mark, cria uma saída bastante inteligente por meio do gravador.
Robin Weigert também é uma grata surpresa, que aparece pouquíssimo no filme, mas com uma participação imprescindível e competente.
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