Entre as dezenas de prêmios vencidos por Las Acacias constam os prêmios de melhor filme nos festivais de San Sebastian, Oslo, Lima, Biarritz, Bergen, no British Film Institut e na Associação Argentina de Críticos de Cinema. O drama também recebeu o prestigioso prêmio Caméra d'Or no festival de Cannes, atribuído ao melhor filme de estreia em todas as competições.
Las Acacias foi filmado durante cinco semanas, entre Paraguai e Buenos Aires.
Embora esta seja a primeira experiência de Pablo Giorgelli na direção, ele já tinha trabalhado como montador e roteirista de diversos documentários.
O diretor admite que a ideia de Las Acacias surgiu durante uma crise pessoal: Giorgelli tinha acabado de terminar um longo relacionamento, no momento em que a crise econômica afetava a Argentina com força total: "Este filme fala da minha dor face à perda. Da solidão que eu enfrentei na época. Da necessidade de me sentir protegido por alguém".
O diretor enfrentou grandes desafios para filmar Las Acacias. A primeira delas foi a dificuldade de tornar o filme ágil e dinâmico, apesar de se passar quase inteiramente dentro de um caminhão. Outro problema veio do fato que existia constantemente um bebê em cena. A pequena Nayra Calle Mamani tinha que chorar, sorrir, comer, dormir... Como o controle sobre a criança era limitado, toda a equipe ficava pronta para filmá-la assim que ela manifestasse uma das emoções necessárias para a história.
Giorgelli demorou dois anos para escolher os três únicos atores de Las Acacias. Inicialmente, para o papel de Rubén, o diretor procurava alguém que nunca tivesse atuado, mas como ninguém o agradava, ele recorreu ao talentoso Germán de Silva, ator com longa experiência no teatro. Para o papel de Jacinta, uma das primeiras testadas foi a assistente da diretora de elenco, Hebe Duarte. Muitas outras atrizes fizeram testes, mas Hebe, que nunca tinha atuado na vida, foi escolhida para o papel.