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    Central do Brasil
    Média
    4,5
    1079 notas
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    67 Críticas do usuário

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    Diogo Codiceira
    Diogo Codiceira

    2 seguidores 176 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 2 de outubro de 2024
    Dirigido por Walter Salles, Central do Brasil é um filme extremamente emocionante (do início ao fim) e nos faz refletir sobre diversos questões na qual ao menos uma delas todos nós já passamos nessa vida. A própria reflexão sobre a vida, o valor da amizade, valor das relações familiares (país e filhos) e de maneira geral, o valor do ser humano. E todas essas reflexões são sobrepostas diante de uma trilha sonora implacável e comovente. No mais, os roteiristas Marcos Bernstein e João Emanuel Carneiro procura nos contar a incrível saga de uma ex-professora chamada Dora (Fernanda Montenegro) que escreve, na central do Brasil, cartas para pessoas que não sabem nem ler e escrever. O caminho de Dora é cruzado pelo garotinho Josué, e partir de uma séria de eventualidades, Dora se vê na situação de viajar quilômetros até o sertão para entregar o garoto ao seu pai. A partir dai vemos uma incrível saga e um construção com diálogos marcantes entre Dora e Josué: "você promete que jura? Eu juro que prometo". Ao mesmo tempo, o filme vai apresentando desde o seu início a realidade social brasileira, seja na central do Brasil seja durante a viagem, e seja também no sertão. O filme ainda aborda questão da fé, e ai vemos como a cética ex-professora enxerga essa questão em particular. No mais, é uma obra-prima do cinema brasileira e com certeza a Fernanda Montenegro merecia vencer o Oscar. Entretanto sabemos que a mesma é a vencedora desse prêmio de coração.
    Lucas Rodrigues
    Lucas Rodrigues

    42 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 25 de setembro de 2024
    O que fez uma obra simples como Central do Brasil, de Walter Salles, ser uma das obras brasileiras mais aclamadas dos últimos tempos? A resposta reside na combinação de vários fatores que, unidos, proporcionam uma narrativa universalmente tocante, ancorada em um Brasil realista e cheio de contradições. Lançado em 1998, o filme não apenas alcançou sucesso internacional, conquistando prêmios como o Urso de Ouro no Festival de Berlim e uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, mas também consolidou-se como um marco na história do cinema nacional ao retratar de maneira crua e emocional a jornada de seus personagens pelo interior do Brasil.

    A história gira em torno de Dora (Fernanda Montenegro), uma mulher amargurada que trabalha escrevendo cartas para analfabetos na estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Quando uma de suas clientes morre em um acidente, Dora relutantemente assume a responsabilidade de ajudar o filho da falecida, o jovem Josué (Vinícius de Oliveira), a encontrar seu pai no interior do Brasil. O que começa como uma relação de conveniência transforma-se em uma jornada emocional de redenção, amadurecimento e reconexão com a própria humanidade.

    O sucesso de Central do Brasil se deve, em grande parte, ao poder de sua simplicidade. A trama, à primeira vista, é linear e sem grandes surpresas — uma viagem pelo interior do país em busca de um pai ausente. No entanto, é justamente essa simplicidade que dá espaço para a complexidade das emoções e das relações humanas que se desenvolvem ao longo do filme. O relacionamento entre Dora e Josué é o ponto central da narrativa, e sua evolução gradual e verossímil reflete a habilidade de Walter Salles em extrair profundidade de situações cotidianas. A personagem de Dora, em particular, passa por uma transformação que é ao mesmo tempo sutil e poderosa, à medida que ela se abre para o afeto e a responsabilidade, características que inicialmente negava.

    A atuação de Fernanda Montenegro, amplamente aclamada pela crítica e reconhecida com uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz, é outro dos principais pilares do filme. A complexidade de Dora é retratada de maneira magistral por Montenegro, que consegue transmitir as camadas emocionais de sua personagem — seu cinismo inicial, a culpa que carrega e, por fim, a vulnerabilidade que emerge à medida que se envolve com Josué. A performance de Montenegro evita o melodrama e é marcada por uma contenção e sutileza que tornam a jornada de Dora ainda mais impactante. Já Vinícius de Oliveira, que interpreta Josué, traz uma autenticidade comovente ao papel, representando com naturalidade a inocência e a dureza da vida de uma criança em meio à adversidade.

    Outro elemento essencial para o sucesso do filme é o retrato do Brasil profundo, aquele que raramente é mostrado nas telas. Central do Brasil é uma ode ao interior do país, mostrando paisagens áridas e pobres, mas que carregam uma beleza singular e uma cultura rica. A fotografia de Walter Carvalho é notável por capturar a vastidão e a solidão dessas paisagens, usando luz e cores para refletir o estado emocional dos personagens. O cenário não é apenas um pano de fundo; é um personagem em si, representando as dificuldades e as desigualdades sociais enfrentadas pela população mais pobre do Brasil.

    O filme também é eficaz em explorar o tema da desconexão social. Dora, que representa o Brasil urbano e moderno, e Josué, que simboliza o Brasil rural e marginalizado, são duas faces de uma mesma moeda. A desconexão entre os dois — tanto no início de sua relação quanto na forma como cada um vê o mundo — espelha as divisões que permeiam a sociedade brasileira. No entanto, à medida que Dora e Josué se aproximam, o filme sugere que há uma possibilidade de reconciliação, de entendimento e de cura, tanto no nível pessoal quanto no social.

    A simplicidade do enredo é compensada pela profundidade dos temas que Central do Brasil aborda. O filme reflete sobre a perda, a solidão e a busca por identidade. Dora, que se desiludiu com a vida e perdeu sua fé na humanidade, e Josué, que perdeu sua mãe e busca um pai ausente, são ambos personagens em busca de algo maior — não apenas a figura paterna de Josué, mas também um sentido mais profundo de pertencimento e conexão. A jornada pelo Brasil interior é tanto física quanto simbólica, representando a viagem emocional que os personagens fazem em direção a uma nova compreensão de si mesmos e do outro.

    Além disso, Central do Brasil se destaca por seu apelo universal. Embora profundamente enraizado na realidade brasileira, os temas que o filme aborda — a busca por redenção, a importância da empatia e o desejo de pertencer — são questões que transcendem fronteiras geográficas e culturais. Essa universalidade, combinada com a especificidade do retrato do Brasil, foi fundamental para o sucesso internacional do filme.

    Por fim, é importante destacar que o filme se diferencia ao evitar soluções fáceis ou idealizadas para os problemas que apresenta. A relação entre Dora e Josué, embora se transforme em um vínculo afetivo, nunca é romantizada ou simplificada. O final, longe de ser plenamente feliz ou resolutivo, mantém uma ambiguidade que reflete a complexidade da vida real. Essa honestidade narrativa, aliada à delicadeza com que os temas são tratados, é uma das grandes forças de Central do Brasil.

    Em conclusão, é uma obra que, por meio de sua simplicidade aparente, consegue tocar em questões profundas e universais, ao mesmo tempo em que oferece um retrato fiel e emocionante do Brasil. A combinação de uma narrativa poderosa, performances excepcionais e uma direção sensível faz com que o filme continue sendo aclamado tanto no Brasil quanto no exterior, consolidando-se como um dos marcos do cinema brasileiro moderno. É uma história de humanidade, empatia e reconciliação, que se destaca pela autenticidade com que lida com seus personagens e suas emoções, tornando-se, assim, um clássico atemporal.
    Gev. A.
    Gev. A.

    1 seguidor 66 críticas Seguir usuário

    1,0
    Enviada em 2 de setembro de 2024
    Este filme se apoia demais em sentimentalismo barato, tentando forçar uma conexão emocional que, na verdade, nunca se concretiza de forma autêntica. A narrativa é lenta e previsível, com personagens que parecem mais arquétipos cansados do que figuras realmente complexas. Apesar de suas pretensões de profundidade, a história se arrasta sem oferecer qualquer insight verdadeiramente impactante, resultando em um drama que se perde em sua própria modéstia.
    Gabi Tirço
    Gabi Tirço

    2 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 5 de agosto de 2024
    O filme é simplesmente sensacional, o melhor filme nacional que já assisti. Meu coração acelerou a cada cena icônica, cada frase, cada fala. Por mais filmes maravilhosos como Central do Brasil! Tenho 15 anos e simplesmente amei assistir a esse filme. É uma obra que a nova geração precisa assistir. Com toda certeza, meus filhos também irão assistir. Não há palavras para descrever essa obra-prima brasileira. Amei de verdade.
    Yuri Lourenço de Lima
    Yuri Lourenço de Lima

    3 seguidores 32 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 1 de agosto de 2024
    Não gosto de filmes brasileiros, mas esse daqui me surpreendeu bastante. Só não dei a nota máxima, porque senti que dava pra extrair mais do enredo. Mesmo assim, fiquei encantado. O melhor filme brasileiro na minha opinião!
    Rê Costa
    Rê Costa

    11 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 1 de maio de 2024
    Um filme envolvente e impressionante. Impossível não se envolver com a história de Dora e Josué. Há anos que vai o filme e resolvi assistir novamente. Senti orgulho do cinema brasileiro!!
    Pammella Rakely
    Pammella Rakely

    13 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 17 de março de 2024
    COMO Q ESSA OBRA DE ARTE A ATRIZ MAIS FODA Q JÁ PISOU NA TERRA PERDEU O OSCAR PRAQUELA AZEDA MAIS BRANCA QUE FIGURANTE DE CREPÚSCULO Q FEZ UM FILME Q NINGUÉM LEMBRA E USA A ESTATUA DE PESO DE PORTA????????????? FERNANDA MONTENEGRO, ARLETE TORRES,MÃE DA FERNANDA FILHA VC SEMPRE SERÁ A MAIORAL EU VOU DIZER PROS MEUS FILHOS Q VC GANHOU TODAS AS ESTATUETAS E TEVE QUE DEVOLVER PQ VARREU TUDO E NAO SOBROU PARA OS XEXELENTOS Q PISAM LÁ ATÉ HJ.
    Ravi Oliveira
    Ravi Oliveira

    5 seguidores 201 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 14 de fevereiro de 2024
    Centra do Brasil e um filme inexplicável, onde Dora, uma ex-professora, ganha a vida escrevendo cartas para pessoas analfabetas, que ditam o que querem contar às suas famílias. Ela embolsa o dinheiro sem sequer postar as cartas. Fernanda Montenegro e um acontecimento desde o teatro até o cinema produz personagens extremamente incríveis, a Direção de Walter Salles junto com o seu elenco e roteiristas fizeram um filme excelente.
    arthinkabtit
    arthinkabtit

    10 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 23 de julho de 2023
    Resumo / Opinião spoiler:


    ''Jesus, você foi a pior coisa que já me aconteceu"

    Dora faz um serviço de escrever cartas para pessoas que não tiveram o ensino completo e não sabem escrever
    Dora e sua colega de quarto rasgam ou guardam em uma gaveta as cartas que elas acham desnecessárias ou que elas acham que não devem ser enviadas.

    "Jesus, o Josué, teu filho.
    Quer muito lhe conhecer"

    Dora reluta a pôr a carta de uma mãe que quer enviar ao pai de seu filho para conhecê-lo, pela segurança da mãe ao pai não agredir ela novamente, após a escrita da carta, a mãe (Ana) vai embora com Josué

    "Pai, vem aqui no Rio, que minha mãe se machucou"

    Cores frias a tarde, metrô, luzes fortes.
    Esse era o mundo do filho de Ana após a morte da mesma
    Durante o trabalho de Dora, é mostrado as áreas periféricas e dificuldades das pessoas mais pobres no dia a dia na luta para sobreviver ao redor de Dora, sempre com o metrô lotado.

    "Devolve a carta da minha mãe"

    Dora acolhe o menino na sua casa por 1 dia e depois o leva a um orfanato
    O dia a dia de Dora
    A hora do sono ao sons do passar do trem e luzes fortes a janela na noite
    Dora volta ao orfanato e pega Josué de volta, ela entra em briga com a dona do orfanato e foge por medo de uns dos donos do orfanato junto com Josué, ainda revoltado pela morte da mãe e esperançoso no encontro pelo seu pai.

    Desde a morte de Ana até a viagem para o destino ainda não contado, a relação de Josué e Dora vão se tornando como a de mãe e de um filho, ela tenta todo dia de alguma forma ajudar Josué a sobreviver enquanto Josué continua a tentar achar pelo pai.

    Dora ainda no seu papel de mãe temporária, ajuda a Josué roubando alguns salgados e doces pra ele, na tentativa de construir um relacionamento com um caminhoneiro que ajudou eles, aparentemente ele não quis continuar o relacionamento com ela e foge de caminhão.

    Dora chega ao endereço do suposto pai mas acaba sendo um engano, então Maria passeia pela cidade ao redor do endereço para fazer Josué achar seu pai e desmaia dentro de uma "Casa dos milagres"
    Casas com vários artigos bíblicos e fotos de Maria, pra arranjar dinheiro Dora pegou uma mesa e fez seu trabalho de enviar cartas pelas pessoas do sertão que são analfabetas

    "Obrigado bom jesus, por soltar água lá na roça"

    As casas onde o endereço supostamente se encontrava o pai de Josué são semelhantes a do filme spoiler:
    Cidade de Deus, mas novamente, o pai de Josué não estava lá e ninguém nunca mais teve outra informação sobre ele.

    "Você vai me esquecer"

    Após Josué achar seus irmãos, Dora e Josué passam uns tempos na casa onde Jesus, pai deles, deixou para Isaías e seu outro irmão cuidar.
    Enquanto Josué dorme aos braços dos seus irmãos, Dora vê seu objetivo concluído e vai embora de volta para Bom Jesus, devolvendo Josué a sua verdadeira família, mesmo com dor ao ato, ela sabe que fez o certo.

    "Você tem razão, seu pai ainda vai aparecer"

    "Espero que você lembre que fui eu, a primeira pessoa, a fazer você tocar em um volante"

    "Por isso tenho medo, de que um dia, você também me esqueça"

    Dora.
    oVo
    oVo

    3 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 28 de maio de 2023
    Obra prima!

    Texto , roteiro e atuações fantásticos!

    Absurdo Fernanda Montenegro não ter levado o Oscar por esse time!
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