Capitão Phillips
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148 Críticas do usuário

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Marcelo S.
Marcelo S.

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5,0
Enviada em 10 de novembro de 2013
Em abril de 2009, um caso chamou a atenção do mundo todo: quatro piratas somalis subiram a bordo do navio estadunidense Maersk Alabama. Por cinco tensos dias, Richard Phillips, o capitão da embarcação, foi mantido refém sob a mira dos criminosos. Quatro anos depois, essa história incrível chega às telas do cinema pelas mãos de Paul Greengrass, conhecido por transformar acontecimentos geopolíticos em produções de qualidade, como os ótimos "Voo United 93" e "Zona Verde", isso sem falar na aclamada trilogia "Bourne".

Interpretado pelo prestigiado Tom Hanks, Richard Phillips é mostrado como um homem pacato e responsável logo nas primeiras cenas. No entanto, frente a um desfecho trágico, Phillips vai pouco a pouco sucumbindo ao desespero. Concentrado no drama e na seriedade dos acontecimentos, Hanks literalmente transforma-se no personagem, ficando praticamente impossível não sofrer junto na companhia deste cena após cena. Sem dúvida, um trabalho louvável e digno de Oscar.
Entretanto, seria injusto falar de Hanks e esquecer de Barkhad Abdi. Na pele do pirata Muse, o jovem ator somali compõe um tipo de papel raro no cinema. Seu antagonista é, sem sombra de dúvida, um homem violento e cruel. Porém, com o decorrer da trama suas atitudes são justificadas pela realidade social em que se encontra, ficando difícil desejar sua morte. O que poderia ser uma falha fatídica do filme é transformado em um às na manga do diretor Paul Greengrass e do roteirista Billy Ray. A situação do vilão pouco detestável é explorada linha a linha no roteiro por meio de subtextos políticos, seja nos momentos em que Murse questiona a pesca de nações desenvolvidas em águas somalis ou no trecho em que Phillips indaga o motivo do pirata ainda estar na vida de crime se recentemente lucrara com um sequestro milionário.

Diferente do que muitos cineastas hollywoodianos fariam, Greengrass opta por escalar atores somalis para viver os criminosos, uma maneira de conferir realismo à trama, visto também que a maioria da parte dos diálogos deles são em sua língua nativa.

Utilizando várias tomadas aéreas, o diretor exprime tensão em suas cenas por meio de uma intensa trilha sonora acompanhada de uma ligeira sonoplastia, com destaque para o trecho em que o barco pirata se aproxima do navio Alabama, um verdadeiro momento de desespero para o público.

Se "Capitão Phillips" irá se tornar um clássico só o tempo dirá. Até lá, cabe apreciar suas várias qualidades e esperar ansiosamente por sua presença na premiação mais famosa do cinema mundial, o Oscar.
Roberto H.
Roberto H.

13 seguidores 9 críticas Seguir usuário

4,0
Enviada em 10 de novembro de 2013
Em 2009, o Capitão Richard Philips estava no comando do cargueiro Maersk Alabama quando teve seu navio invadido por piratas da Somália. Sua experiência foi registrada no livro "A Captain´s Duty", que agora é adaptado para o cinema no filme Capitão Philips.
A adaptação cinematográfica foi roteirizada por Billy Ray e dirigida por Paul Greengrass. Para o papel do Capitão, nada menos que Tom Hanks.

O filme começa muito bem, apresentando os dois polos, o do Capitão que se prepara para uma viagem em águas perigosas e o dos Somalianos também preparando-se para a missão de saquear o cargueiro de Philips e render a sua tripulação a procura de uma recompensa milionária.
No começo, é tudo feito com paciência. A direção de Greengrass com a câmera na mão ajuda, cheia de closes e zooms, na captação da tensão iminente, deixando tudo bem próximo (um bom exemplo é logo no início, quando somos guiados por Hanks, que inspeciona - e ao mesmo tempo nos apresenta - o navio). Philips é um capitão sempre preparado e preocupado com o que pode acontecer no mar, o que poderia parecer até um pouco paranoico se não fosse o fato de que no meio de uma simulação de invasão, o barco realmente é invadido, e então a tensão iminente transforma-se em perigo.

Capitão Philips acertou em cheio ao ser dirigido por Greengrass, que adora pega temas baseados em fatos reais e entregar uma nova dimensão. Enquanto outros poderiam cair na armadilha de desenvolver um filme cheio de patriotismo e heroísmo desnecessário, Greengrass não toma partidos, apenas mostra os dois extremos (A "rica" América da qual até o antagonista parece querer fazer parte - seria ironicamente? -, e a "pobre" Somália) por razões de ambientação.

Outro ponto positivo foi o de não retratar o acontecimento com tantos detalhes e reconstituições do fato real, mas aproveitar o mesmo para criar uma ótima ficção dentro da realidade, indo desde a ação da invasão até os ótimos embates entre o Capitão e os piratas, principalmente o líder deles, Muse (Barkhad Abdi), que age também como um Capitão, sempre estratégico e burlando os possíveis truques de Phillips.
Algumas sequências pode parecer um pouco "esticadas", mas isso não atrapalha na apreciação do filme, que traz um drama de primeira, com tensão do início ao fim.

Capitão Phillips vai agradar a maioria que procura por um filme inteligente e estratégico, além da ação e atuação do elenco, principalmente Tom Hanks, que novamente esbanjou talento e faz você sentir aquele cheirinho de indicação ao Oscar.
Sidney  M.
Sidney M.

28.822 seguidores 1.082 críticas Seguir usuário

4,0
Enviada em 9 de novembro de 2013
O trunfo de Capitão Philips ser um bom filme é a sua simplicidade. Tudo no filme é simples, principalmente na escala do elenco. Greengrass poderia muito bem escalar um elenco de nomes, mas não, ele pega atores desconhecidos para realizar essa obra, e acabou dando muito certo. A história é simples também, não ha nada de novo, mas Paul faz dessa simplicidade, virar algo grandioso, pois ele usa da tensão para chamar o publico. Mas o melhor esta para o final, o clímax é ótimo, foi de deixar na ponta da cadeira. Muito bom!
Guilherme M.
Guilherme M.

25 seguidores 11 críticas Seguir usuário

4,0
Enviada em 9 de novembro de 2013
Fazia tempo que uma história baseada em “fatos reais” não demonstrava uma abordagem tão particular e simplista como Capitão Phillips. O novo longa dirigido por Paul Greengrass (O Últimato Bourne, Zona Verde) não só agrega um leve discurso político, mas também usa do seu estilo “câmera na mão” para demonstrar objetividade na hora de despir valores, e principalmente, entregar para Tom Hanks um possível Oscar de Melhor Ator de bandeja.

Baseado no livro A Captain’s Duty, escrito pelo Capitão Richard Phillips, que em 2009 teve seu cargueiro, o Maersk Alabama, sequestrado por piratas somalis, vemos Hanks resgatando o seu melhor de outrora. Coeso e firme na sua atuação, o veterano ator simplesmente carrega a produção no papel de Phillips, indo do metódico e dedicado funcionário americano até o homem despido de esperança sem saber ao certo se irá sobreviver. Seu antagonista, o ator Barkhad Abdi surge como oposto pontual a realidade vivida por Hanks – líder somali que enfrenta uma dura realidade, mas que nem por isso remete ao ódio dos americanos, pelo contrário, ele quer abraçar o capitalismo da Terra do Tio Sam.

O filme percorre inteiramente essa dualidade entre os dois personagens, mas sem cair em diálogos extensos sobre lições de vida ou defesas políticas. Mérito de um roteiro simples e de um Greengrass inspirado naquele talvez, seja o seu filme mais particular. O diretor é praticamente um personagem no longa – com belas cenas, fica nítido o quão importante é a função do homem por trás das câmeras. Ela fala com espectador. Da cena inicial até o termino, nos momentos de ação e suspense e com a câmera tremida na mão, pode observar uma mão compentente em exibir aquilo que deve ser visto. Mesmo com uma trilha pouco original, mas também pontual, o cinema de Greengrass mostra-se mais maduro e caminhando para bons frutos.

Contudo, Capitão Phillips veio para fincar uma espécie de renascimento do próprio Hanks, deixando a sensação que o filme caiu como uma luva para ele. Se Anne Hathaway ganhou um Oscar por um tempo pequeno em Os Miseráveis, o eterno amigo do Wilson (Náufrago) é candidato forte a levar o grande prêmio (no ápice da experiência na cena final) e nem precisaria ir até o Zoltar (Quero Ser Grande) para fazer o pedido.
ogaiht51lva
ogaiht51lva

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4,0
Enviada em 8 de novembro de 2013
Um dos pontos altos do filme é a riqueza de detalhes da trama. Grande parte da história se passa com os protagonistas numa baleeira em alto mar – com a tensão entre o capitão e os piratas em níveis críticos – no entanto é mostrado no início da história, o estilo de vida confortável do capitão com sua família, contrastando com a dura realidade e falta de oportunidades que leva jovens somalis, a tornarem-se piratas, ou seja, o outro lado da moeda. Além da fantástica operação de resgate realizada pela Marinha americana.
Tom Hanks, ganhador de dois Oscar´s como melhor ator, carimba seu passaporte para mais uma possível indicação, fazendo o que sabe melhor, transformando o papel de um homem comum, com roteiro baseado em história verídica, numa grande atuação.
Thalita Uba
Thalita Uba

65 seguidores 52 críticas Seguir usuário

4,0
Enviada em 7 de novembro de 2013
Se alguém duvidava que Tom Hanks ainda conseguisse nos surpreender depois da atuação brilhante em "O Náufrago", chegou a hora de morder a língua. O cara definitivamente não cansa de nos deixar boquiabertos com suas interpretações pra lá de inspiradas e, dessa vez, não poderia ser diferente.

O filme começa morno, mas dá uma idéia ótima da personalidade de Phillips. Um cara calmo, centrado, prudente. E que consegue se manter assim mesmo quando seu navio começa a ser atacado pelos piratas. É com essa destreza e sensatez que ele consegue desenrolar a situação, brindando-nos com uma verdadeira aula de conduta, abrilhantada ainda mais pela atuação excepcional de Hanks.

Do outro lado, Muse, o “capitão” somali, um cara franzino, inexperiente, mas pra lá de determinado. Seu jeito completamente oposto ao de Phillips confere à trama um equilíbrio formidável, que mantém o expectador tenso, mas ao mesmo tempo esperançoso durante todo o filme. Além disso, a escolha do elenco africano foi simplesmente perfeita. Cada membro da “gangue” de Muse (inclusive o próprio) parece ter sido escolhido a dedo. Tudo bem que, em uma megaprodução como essa, o mínimo que os caras devem fazer é escolher bem o elenco, mas o trabalho foi realmente muito bem feito.

O grande trunfo do filme, contudo, é a humanização que Greengrass consegue conferir aos somalis. Ora, seria muito fácil retratá-los como os mocinhos maus que atacaram um navio indefeso da “coitada da América”, que só quer ajudar o mundo. Todos sabemos que é assim mesmo que muitos americanos pensam e não faltam filmes por aí que registram esse pensamento, cá entre nós, estúpido. Os piratas de Capitão Phillips, contudo, apesar de realmente violentos e incisivos, são absolutamente humanos. Pessoas que sofrem – e muito – com a situação que seu país enfrenta e fazem de tudo para (sobre)viver, mas que não agem assim por pura e mera maldade, como é o caso dos vilões “reais”. Agem por conta das circunstâncias, cumprindo ordens e se esforçando para proteger os próprios companheiros. “São apenas negócios, tudo vai ficar bem”, é o que Muse sempre repete, durante todo o filme.

De qualquer forma, se você acha que vai se livrar do patriotismo desmedido americano, se enganou. No final (e nem preciso contar que tudo acabou bem, afinal, se tivesse acabado mal, Capitão Phillips não estaria vivo para contar a história), a coisa degringola pra esse lado mesmo e tudo são flores na fabulosa América. Mas dos males o menor, né? Já que não tinha muito como fugir disso (visto que o troço, afinal, deu certo pro lado deles mesmo), o que importa é que Greengrass conseguiu produzir um filme digno, que consegue agradar o expectador e cativar sua atenção durante os 134 minutos da produção. Vale a pena.
marlene G.
marlene G.

1 seguidor 3 críticas Seguir usuário

5,0
Enviada em 30 de outubro de 2013
otimo filme assisti a pre estreia ontem ,muito bem feito por se tratar de uma estoria real vale muito a pena
anônimo
Um visitante
5,0
Enviada em 26 de outubro de 2013
Ação e suspense, numa ótima produção. “Sem truques”.
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