África, um continente cheio de belezas, mistérios e riquezas naturais e tão abandonado pelos demais. Nele, a violência comanda, mata e manda. Até em seu país mais civilizado, a onda de crimes e assassinatos tiram o sono de muita gente, infelizmente. A história está ai para nos mostrar como tal terra foi "sangrada" e seu povo foi judiado, escravizado, largado. Filmes que mostram tais atrocidades no passado ou no presente são sempre bem vindos para mostrar ao restante do mundo que isso precisa mudar. Buscando demostrar a barbárie que foi o apartheid (regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994 pelos sucessivos governos do Partido Nacional na África do Sul, no qual os direitos da maioria dos habitantes foram cerceados pelo governo formado pela minoria branca) e seu legado, o diretor/roteirista Jérôme Salle junto com o roteirista Julien Rappeneau resolveram fazer este enredo policial. Só por ser rodado em outros ares que não seja os estadunidenses, já vale a pena assistir. O elenco conta com uma dupla de peso, os atores Forest Whitaker (ganhador do Oscar de Melhor Ator de 2007 por O ÚLTIMO REI DA ESCÓCIA de 2006, atuou em O MORDOMO DA CASA BRANCA de 2013, PLATOON de 1986 e em mais 47 filmes) e o galã Orlando Bloom (famoso pelos papéis na primeira trilogia de PIRATAS DO CARIBE de 2003 - 2006 - 2007, também na trilogia de O SENHOR DOS ANÉIS de 2001 - 2002 - 2003 e seus derivados e possui em seu currículo 36 filmes). Os dois estão muito bem, mas destaque mais para Bloom, que pela primeira vez que vejo, ele está um total "badass", fugindo dos personagens que costuma interpretar, e ele manda bem para car@%#(). A trama tem um bom começo, mesmo que passe pelo fato histórico meio que superficialmente, ela o apresenta fazendo um link com um dos personagens e já demostra o potencial que tem para ser um ótimo entretenimento policial. Tem de tudo mesmo: investigação, drogas, violência, um vilão psicopata, belas mulheres (à la vonté por sinal.....), tiros, perseguição, corrupção policial e lógico, a dupla clichê do "bom policial, mal policial" que teve uma boa harmonia entre Whitaker e Bloom. Novamente no arco inicial, a narrativa mostra se forte, chocante com as cenas violentas. Só que..... não se sustenta. O roteiro parece que foi "deixado de mão" do seu meio para o final, com falhas nítidas de continuidade e de lógica, deixando certas coisas "a deus dará". Me transpareceu que foi feito por fazer, para se ter um fim, realizado com certa pressa. Que pena. De fodástico para lamentável em minutos. Mesmo assim, vale sentar no sofá e assistir. Eu torceria por um ZULU 2, mas creio que não será possível...