Grandes Esperanças: Recentes críticas

Esta é uma das maiores obras de Charles Dickens e já foi incansavelmente adaptada para a TV e cinema, sempre por diretores renomados como David Lean e Alfonso Cuarón. Esta versão de Newell (Quatro Casamentos e Um Funeral e O Amor em Tempos de Cólera) apesar de alguns deslizes é a que mais se aproxima da essência original da obra, pois não limita-se apenas à narrativa romântica. Aqui os personagens são desenvolvidos lentamente e a trama da vingança toma mais espaço do que nas outras versões. Por se tratar de uma produção inglesa de época, o destaque fica com a parte técnica, principalmente figurino, fotografia e cenografia, que são imbatíveis. Apesar de contar com nomes de peso no elenco (Fiennes e Bonham Carter) o filme foi um desmerecido e tremendo fracasso nas bilheterias e poucos tiveram a oportunidade de assistir, mesmo em casa. Diferente das adaptações citadas acima, que modernizaram a trama, aqui toda a história clássica e já conhecida da grande maioria se desenrola em Londres no final do século XIX.
Pip (Irvine, na fase adulta) é um garoto órfão que foi criado por sua irmã e cunhado. Certo dia ele acaba ajudando um estranho ferido (Fiennes, em outra grande atuação) que em troca lhe oferece uma vida melhor, desde que nunca revele este segredo para ninguém. Pip acaba aceitando a oferta e é enviado para Londres com todas as honras, onde ele conhece a excêntrica Srta. Havisham (Bonham Carter, como sempre roubando a cena e parecendo que saiu direto de um filme de Tim Burton), uma mulher amargurada e vingativa que outrora foi abandonada no altar pelo namorado. Ela é responsável pela criação da pequena sobrinha Estella (Grainger) a quem ensina ser uma garota fria e insensível com todos os homens. Pip se apaixona imediatamente por ela. O tempo passa e anos mais tarde quando retorna a Londres já um jovem bonito e estudado, os dois se reencontram e tentam uma reaproximação. É quando uma envolvente e sinistra história do passado vem à tona e suas vidas tomam um rumo inesperado. Newell apesar do tom de folhetim tratou com classicismo esta história de amor que atravessa décadas e incluiu elementos de suspense na trama dando um tom mais realista ao retratar a época. Com isso entregou um trabalho que só não foi melhor devido a primeira parte que demora a desenrolar e acabou prejudicando um pouco a narrativa. Na minha opinião, o cinema ainda deve uma adaptação à altura da obra. Esta versão ficou como as demais, apenas boa. Para quem aprecia um bom drama de época não deve perder.

Realmente bom! É um filme surpreendente, o enredo é muito bem elaborado. Os atores estavam ótimos!Cenário e figurino adequados a cada situaçã algumas partes que ficaram confusas, no entanto ao final da trama tudo faz sentido. Adorei! Recomendo!