Carros acelerados, gatas de short curto e muita ação. Essa é a fórmula de sucesso da franquia Velozes e Furiosos que, a cada edição, abocanha mais dinheiro. Com roteiros extremamente econômicos, os filmes repetem lugares comuns, apostam em personagens conhecidos e pouco se importam se estão trazendo algo de novo.
Curtir as sequências mais absurdas da temporada, como que injetando altas doses de adrenalina na veia, já está de bom tamanho, deve pensar o público. E não dá para exigir mais do que isso. Afinal, depois de seis filmes nas costas não há muito a se dizer.
Por aqui, a grande novidade é que Letty (Michelle Rodriguez) está viva. A informação veio após os créditos de Velozes 5: Operação Rio. Depois de roubarem uma bolada no Brasil, Don Toretto (Vin Diesel) e sua trupe são convocados pelo agente Hobbs (Dwayne Johnson) para ajudar na captura de mercenários liderados por Shaw (Luke Evans) e a garota linha dura integra os bandidões. Em troca, a polícia faria vista grossa para os milhões roubados no filme anterior.
Se a história é raquítica e apresenta sequências desnecessárias (Paul Walker simulando ir para a cadeia para descobrir o plano de Shaw), o fator "família" de Velozes e Furiosos fica bem evidente. Toretto surge como o paizão da história, se é que podemos chamá-lo assim. Os anti-heróis agora se reúnem, fazem orações e se divertem como um grande núcleo familiar. Valores incorporados que tiram aquele ar urbano/marginal da narrativa.
No final das contas, mais uma vez, a cena após os créditos traz um gancho interessante, com a adição de novos elementos à trama. Uma tentativa de renovar ou, pelo menos, disfarçar que uma "novidade" estaria por vir no sétimo filme. Balela! Velozes e Furiosos conhece bem o caminho do êxito comercial e, para tanto, basta liquidificar o mesmo roteiro e acrescentar cenas com os carrões fazendo as acrobacias mais estapafúrdias do ano. Para quem só visa o lucro, já é o suficiente.