Quarentena 2: Críticas

O primeiro filme intitulado apenas "Quarentena" na verdade é uma refilmagem do terror francês Rec (2007), seguindo a mesma linha câmera na mão, mas porém o primeiro filmes foi fraco e um tanto desnecessário pois quarentena (2008) foi lançado apenas um ano depois que Rec foi lançado.
Mas agora falando de Quarentena 2 - Terminal (2011) é um filme que abandona a câmera na mão, e tenta ser superior ao primeiro filme - e na minha opinião - se sai bem. São muitas cenas de tensão, mas poucas cenas assustam. Os personagens são pouco explorados e você mesmo já sabe quais personagens morrem primeiro e quais morrem no final, pois todos os personagens são estereotipados, o roteiro não deixa a desejar, mas também não supera nenhuma outra produção do mesmo gênero. E no fim das contas Quarentena 2 - Terminal é uma boa pedida se você quer um filme que não trias nada de novo para o universo "Terror"; um filmes que não ficará mais que 90 minutos (uma hora e meia), que é o tempo completo do filme na sua cabeça, pois é comum em todos os momentos de sua produção. Em outras palavras Quarentena 2 - Terminal é "Mais do Mesmo".

Quarentena 2 inova pelo fato de não usar mais uma câmera para mostrar toda a trama, isso seria um ponto positivo se ao mesmo tempo que isso ocorre, outros pontos do filme também tivessem sido legais. Diferente do primeiro filme, não vemos um desenvolvimento dos personagens e o drama não foi repassado como deveria ter sido. No primeiro filme, vemos um desenvolvimento de todos que estão no prédio, mas no segundo, tudo é focado apenas em Jenny, e quando um personagem parte desa para melhor, não conseguimos sentir a tensão igual ao primeiro filme.

Quarentena 2 explora um novo ambiente e dessa vez consegue ser ainda mais tenso e horripilante que seu primeiro filme. Não tem como negar que as semelhanças com REC¹ podem ser vista mas, nesse filme podemos ver uma nova história em um ambiente completamente diferente. O filme consegue nos prender e deixar na ansiedade do que pode acontecer e como as escolhas dos personagens irão afetar o decorrer da história. Sem dúvida na minha opinião conseguiu superar o primeiro.

O filme não apresenta nada de novo em termos de filmes apocalipticos de zumbis, as personagens são rasas e previsiveis, os esteriotipos são levados aos extremo, apresentando no primeiro momento do filme todo o desenvolvimento final da trama, desde um valentão, um adolescente chato, até um pretenso mocinho. Não há surpresa, inovação ou diferenciais em relação a filmes B de terror. Poderia ter explorado melhor a questão de um virus zumbi em um avião, porém cai em velhos esteriotipos, não consegue estabelecer o clima de suspense, tão pouco prende a atenção, visto que a previsibilidade gritante causa certo desinteresse em meados do filme. A falta de estudo acerca dos reais protocolos em um voo é absurda, o que eleva a sensação de "irrealidade" do filme, considerando que esse fator poderia ter dado um ar diferente ao filme. Enfim, um filme desinteressante e aleatório, não possuí um climax, nem cria uma atmosfera de supense, não supera velhos esteriotipos, tão pouco cria uma espectativa de assistir uma sequência, cuja intenção fica implicita ao final. Em um gênero tão batido, apresenta-se apenas como "mais um".

Um filme que te prende até o final, mas com um desfecho bem triste.
Se você gosta de gato, tem gato ou já teve gato, jamais veja esse filme.
spoiler: Infelizmente, praticamente todos os passageiros (inclusive uma das mocinhas) são infectados e morrem. Na cena final, só sobram a personagem principal (a comissária Jenny) e um adolescente que deveria ser protegido por ela. Porém, Jenny acaba sendo infectada e morre (e o único sobrevivente entre todos os ocupantes do avião é o adolescente, que escapa para um matagal em Las Vegas).