Assim como outros filmes de cujo tema principal é a segregação racial (Histórias Cruzadas e Crash: No Limite), O Mordomo da Casa Branca, com excelente elenco, não fez diferente e manteve o padrão de autenticidade e profissionalismo. Além da recorrência à veracidade dos fatos, este longa nos induz a sentir na pele, sofrer com os protagonistas, aderir a mesma causa, vivenciar fatos hediondos, como se fossem atuais, enfim, sua perfeita direção vem de nos incluir na própria história da humanidade, através de situações vividas de nossos antepassados.
Longas relacionados a área não são atrativos para todo o universo de público, umas vez que envolve história, política e drama, desta forma, tratando de temas não muito atraentes e proporcionando conteúdo a uma específica coletividade. Com isso, sendo considerável não aconselhável a todos os gêneros de telespectadores, haja a vista a recorrente dados importantes históricos, governamentais e bastante tempo transcorrido (132 mins). Todavia, ao fornecer um olhar àqueles que apreciam, não só a arte de “recriar realidades humanitárias”, mas também de uma excelente temática, advinda de exuberantes encenações, “O Mordomo da Casa Branca” propicia todos os elementos necessários a um forte concorrente ao Óscar.
Pode-se observar singelas, porém notáveis atuações de artistas renomados como Robin Williams, John Cusack, Jane Fonda, Terrence Howard, Cuba Gooding Junior, Mariah Carey e Lenny Kravitz. Entretanto, não por menos, Oprah Winfrey (Gloria Gaines) e Forest Whitaker (Cecil Gaines) roubam a cena, reafirmando total competência por todas respectivas carreiras, proporcionando não só com a personificação dos personagens reais vividos, mas também demonstrando suas mudanças carateriais aos longos dos anos, viabilizando um show de interpretação e performance.
Desta maneira, tal longa, apesar de tratar temas recorrentemente utilizados nas telinhas, se destaca pela genuinidade, fidedignidade e eficiência, inteirando assim uma estupenda nota 5,0; onde se visto por um público de gosto apurado e distinto, pode ser considerado como uma obra-prima remodelada da própria história vivenciada por nossos ancestrais, que de uma forma ou de outra, moldaram o “presente” e ainda influencia diretamente em nosso “futuro”.