O diretor de Magnolia, Boogie Nights e Sangue Negro, mais uma vez, não decepciona em sua produção. Paul Thomas Anderson em todas suas obras, desafia o espectador a cada cena, desafia o poder de compreensão de cada um e joga a vontade com nossa mente, e, em Vício Inerente, o jogo se repete. Baseado no livro de mesmo nome de Thomas Pynchon, o roteiro é absurdamente bem trabalhado, com diálogos profundos e desenvolvidos. O filme é cheio de figuras de linguagem, estilo que Anderson já nos acostumou a ve-lo produzir. Muitos podem achar o filme confuso, mas de maneira alguma ele é. Vício Inerente exige do espectador, e não só sua total atenção, mas sua inserção na atmosfera neblinosa e alucinógena desenvolvido por Anderson. É um daqueles filmes que precisamos assistir duas vezes para compreender minuciosamente cada passo dado pelos personagens, como seus objetivos e suas vidas se cruzam durante o longa, de forma bastante casual. É Joaquim Phoenix o responsável por transmitir toda essa essência. Ele vive Doc, um investigador particular hippie que parece ser o elo de todas as histórias. Phoenix passa bondade, calma e inteligência que chega a contagiar. Ótima atuação. Se destaca também fotografia estimulante e convidativa, trilha sonora pacífica e acolhedora. É frustrante ter de me conter com apenas uma "mini critica" para esse filme, pois poderia apontar ainda as atuações de Owen Wilson e Josh Brolin, o design de produção de David Crank, o figurino de Mark Brigdes, entre vários outros elementos, mas fica a mercê da curiosidade do leitor assistir. (Nota pessoal: um dos melhores filmes de 2014).
Para mais críticas, procure por Minicrit no Facebook.