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    Amor
    Média
    4,3
    496 notas
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    70 Críticas do usuário

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    Cristina F.
    Cristina F.

    9 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 31 de janeiro de 2013
    Podemos dizer que este filme é a tradução tanto do nosso pior pesadelo quanto do nosso maior sonho.

    Com seus closes numerosos e desconcertantes, a velhice e a decrepitude humana são esfregadas na nossa cara. Ainda assim é uma bela história de amor. Não o amor romântico, mas o amor pé no chão, o amor vida real, que leva duas pessoas a envelhecerem juntas e seguirem em frente sem desgrudarem uma da outra. E não é esse é o nosso maior sonho?

    Sim, é um filme francês. Sim, é lento, lento lento. Sim, termina sem mais nem menos com as letrinhas passando na tela. Mas ainda assim é belo e vale a pena. A menos que sua mente já esteja irremediavelmente avariada pela barulheira espalhafatosa de Hollywood.

    A história se passa quase que exclusivamente dentro da residência dos personagens e 90% do que vemos o tempo todo são os dois idosos. Não espere Oscar de melhor fotografia porque não vai ter. Mas os dois protagonistas merecem Oscar. Simplesmente arrasaram.

    Jean-Louis Trintignant é maravilhoso. Conforme a história avança é possível ver todo o seu cansaço e o quanto aquela situação está corroendo o que lhe sobrou de vigor; é possível perceber seu desgaste progressivo e implacável. A gente intui que ele não vai aguentar por muito tempo, a gente consegue perceber o tamanho do peso que ele carrega, o seu sufoco e o seu amor.

    Emmanuelle Riva também é incrível. Ela consegue alternar decrepitude e força, distância e intensidade, consegue ser velha mas também muito mulher, tudo isso na hora certa. Consegue até com uma risada, um olhar, ressuscitar a esposa apaixonada e sensual que vivia adormecida. Um lampejo, um brilho nos olhos que valeu o filme todo.

    Valeu.
    Lia F.
    Lia F.

    2 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 30 de janeiro de 2013
    Concordo com muitas das criticas feitas, só que para meu gosto, achei monótono e muito longo, não muda o cenário, os personagens ficam naquele apartamento e dali não saem, os atores são ótimos.
    Willian Lopes
    Willian Lopes

    27 seguidores 7 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 30 de janeiro de 2013
    Uma densa historia sincera, sensível e angustiante sobre o amor. Em todas as conotações que ele assume.
    Desde a 'Vida é Bela', é a primeira vez que um filme de língua não inglesa concorre a categorias tão importantes no Oscar.

    ‘Amour’, filme austríaco do diretor Michael Haneke, concorre aos prêmios de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro Original, Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz no Oscar 2013.

    Contando com um enredo aparentemente simples o filme nos leva as profundezas dos sentimentos humanos e nos brinda com um filme coeso, e tristemente belo.

    George e Anne (Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva) são um casal de idosos, aposentados, que vivem tranquilamente num apartamento. Anne que quando mais jovem era professora de piano, vai com George prestigiar um de seus pupilos num concerto musical.
    Alguns dias depois porem, Anne sofre um AVC, o que coloca sua vida e de seu marido num desafio continuo e diário para fortalecer o amor entre eles.

    Logo de inicio, o filme nos mostra uma cena em que espectadores estão numa sala de concerto, voltados de frente para nós que assistimos ao filme, como se o espetáculo fossem nós e não eles. Isso revela bastante sobre a força de Amor sobre seu publico. Aliado a um roteiro bem estrutura onde os diálogos são essenciais para a trama, o filme constrói um arco dramático que em momento algum cai em clichês ou artifícios vazios e apelativos para mostrar o sofrimento do casal diante da atual situação deles. O sentimento de angustia e sensibilidade, surge a partir de experiências pessoais de quem assiste, identificando-se ali e refletindo sobre a vida a dois- seja de que forma for-.

    Com segurança o diretor nos conduz ate uma questão mais seria e delicada de forma natural que é a eutanásia. Ate que ponto, devemos prolongar o sofrimento de alguém quando esse alguém decide partir?
    O titulo apesar de parecer bem bobo, é totalmente condizente ao centro do filme. Pois tudo o que sustenta a película é justamente esse sentimento, demonstrado por silêncios dispersos, desenhos expostos na sala de estar da casa, ou mesmo no olhar de ambos.

    A construção de personagens também é muito importante ao logo do filme, que recorre desde montagens sutis e edição lenta para compor com calma cada detalhe da direção de arte do filme que usa de artifícios repletos de metáforas e referencias que fazem um paralelo com os diálogos e lembranças das personagens, ate a trilha sonora quase inexistente, mas que quando atua produz no espectador um aperto na garganta entre a tristeza e a simpatia.

    Um filme agridoce, que ao mesmo tempo que causa ternura pela relação ali exposta, também entristece e choca, pela crueza que é exposto a vitimização causada por um AVC.
    E aqui a atuação brilhante e assustadoramente realista de Emmanuelle Riva (mais velha atriz a ser indicada a categoria de Melhor Atriz no Oscar) vem á tona. Num trabalho vocacional, corporal fantástico. Ela consegue compor a personagem e suas limitações cotidianas e sua melancolia e angustia por se tornar dependente do marido de uma maneira tal, que é impossível não aplaudir de pé seu desempenho ao final da projeção.

    A fotografia apagada e escura- devido ao fato de que o filme se passa completamente em ambientes internos- ajudam a compor a sensação de que estamos visualizando realmente a vida intima de alguém. Muitas vezes nos sentimos intrusos de uma realidade ao qual não fomos convidados. E isso é soberbo.

    Personagens como a Filha do casal ou mesmo o jovem pupilo apenas mencionado no inicio do filme e que faz uma pequena visita ao casal, servem apenas para construir e determinar a vida em que o casal esta inserido. E não é difícil imaginar- ou se identificar para aqueles que já vivem tal realidade- a forma que nossas relações vão adquirindo ao longo dos anos. Distanciamentos mas elos firmes.


    Cenas memoráveis compõe o filme como a cena em que Anne é levada para tomar banho, a cena em que Anne e George conversam na cozinha, em que ele relembra um episódio de sua infância, e a cena em que uma pomba entra pela janela aberta do apartamento.
    Metáforas tais como a da pomba tornam o filme uma pequena joia entre os lançamentos de 2012, que com certeza merece ser visto e sentido, chorado e refletido acerca de inúmeras questões sobre a vida.
    Vide sequencia em que Anne folheia o antigo álbum de fotografias.

    Mas é em seu clímax que esta uma resolução que coloca em xeque todo o enredo de acordo com a opinião pessoal de cada um que o assiste. Um clímax chocante, inesperado, mas estritamente necessário, que é o ponto final que torna o filme um pequeno deleite e obra prima. Ali o julgamento cabe ao espectador, igualmente ao seu entendimento do final da projeção.

    Ao final, uma carta fecha como um signo, um símbolo mais que perfeito a toda a trama, encerrando Amor da maneira qual foi composto: com sinceridade, crueza e beleza.

    Um filme Intrínseco que se justifica pelo silencio de um apartamento vazio, morto mas com rachaduras repleta de vidas.
    Dulcimar A.
    Dulcimar A.

    4 seguidores 8 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 29 de janeiro de 2013
    Retrata a difícil realidade de adoecer e sentir-se frágil, falível. E desta perspectiva, tem o tom francês de ver as coisas: de forma objetiva e às vezes, cruel. Estar junto para compartilhar a vida é tarefa árdua em qualquer idade e em quaisquer circunstâncias e o filme exprime, com valentia, o quanto respeitar o outro é tão importante quanto respeitar o próprio limite. Amar, neste caso, vira sinônimo de cumplicidade e aí mora a beleza do filme. Porém, seu ritmo é lento e falha ao tentar convencer o telespectador a respeitar a opção dos personagens e, principalmente ao expor a deficiência como responsável pela incapacidade de ser feliz. Quando, na verdade, a construção do nosso estar no mundo ao longo da vida é sim, muito mais determinante.
    Marco Aurélio F.
    Marco Aurélio F.

    5 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 23 de janeiro de 2013
    Chocante! "Amor" nos faz refletir muito sobre a fragilidade, física e psicológica, em que o ser humano pode chegar. Apesar do ritmo lento, o filme faz o coração bater numa alta velocidade.
    Matheus A.
    Matheus A.

    25 seguidores 13 críticas Seguir usuário

    1,5
    Enviada em 29 de janeiro de 2013
    Filmes com a temática abordada de forma mais realista costumam me agradar, porém em "Amor" falta algo que faça com que o espectador se conecte com o sofrimento e a dor de seus protagonistas, pessoas ordinárias que tiveram uma excepcional e feliz vida juntos, repleta de conquistas no passado, e que agora passam por uma difícil fase da vida. O fato é que "Amor" é mais do que um filme: é realidade pura, não existem personagens interessantes, história, nem nada que prenda o interesse do espectador. Talvez "Amor" funcionasse como um curta ou até mesmo um longa de curta duração, mas as duas horas que possui são demasiadamente longas e torturantes e contam com um desfecho cruel, feliz, óbvio e inevitável que todo ser viverá um dia.
    Máris Caroline G.
    Máris Caroline G.

    12 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 20 de janeiro de 2013
    Sobre a condição humana e como é difícil entender a condição alheia nas diferentes fasas da vida. Lindo, emocionante e cruel.
    Paula Biasi
    Paula Biasi

    4 seguidores 8 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 15 de janeiro de 2013
    Intensidade que causa desconforto

    Filmes que envolvem casais ou um determinado grupo de amigos da terceira idade são cada vez mais recorrentes na sétima arte. O mais recente deles, Amour, nos mostra a rotina de um casal e suas conversas corriqueiras após retornarem de um concerto musical. Tudo ganha mais dramaticidade à medida que uma adversidade toma conta da vida do casal. A mulher sofre dois derrames e começa uma longa jornada de dependência com relação ao marido. Gestos que anteriormente eram práticos, agora são demasiadamente desgastantes para Georges e Anne.

    Michael Haneke nos mostra tudo de forma simples e objetiva mais com uma intensidade que choca o espectador. Em determinado momento o marido indaga a esposa se ela faria o mesmo por ele. Ela simplesmente responde: “Você não está nesta situação”. A maioria dos diálogos são cortantes e precisos, assim o espectador não consegue digerir facilmente o que está acontecendo. São sucessivos os momentos intercalados de amor e sofrimento dos protagonistas.

    Por causa de uma promessa feita para a esposa, o marido não pode interná-la e uma casa de repouso está fora de cogitação, a melhor solução seria um revezamento de enfermeiras, mas o marido percebe que uma das profissionais não realiza o trabalho de forma satisfatória e francamente diz: “Eu realmente espero que você encontre alguém que lhe trate da mesma maneira que você trata os pacientes”. Fica nítida a brutalidade com que ela "cuida " da personagem.

    Momentos em que o espectador por diversas vezes pensa: Eu já teria desistido há algum tempo. Como ele consegue presenciar e sentir tanto sofrimento? O Amour do título é refletido em diversas atitudes do marido, como em um ato de desespero, ele começa a contar histórias da juventude para acalmar a pessoa um simples toque em suas mãos, e assim, o espectador sente o mesmo alívio raro vivido pela protagonista.

    O inevitável acontece, mas como em todos os filme de Michael Haneke o espectador é brutalmente imerso nos conflitos dos personagens! Amour merece ser intensamente contemplado!!!
    Juarez Vilaca
    Juarez Vilaca

    2.835 seguidores 393 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 24 de janeiro de 2013
    Um filme muito bem feito em tudo, direção, atuações, locações, enredo, perfeito, embora muito triste, é um drama. Como é um filme com pouca ação, o expectador deve prestar muita atenção nos diálogos e expressões dos rostos, tudo tem um motivo para estar ali. O tema, muito recorrente no cinema francês, e assunto que hoje preocupa toda a Europa, o envelhecimento da população e como lhe dar com a questão. Qual a melhor solução? Cuidar dos idosos em casa? Colocá-los em abrigos e casas de repouso? Viver em comunidades? Ou apressar sua partida para o outro lado, recorrendo a eutanásia? O tema está aberto para debates e soluções. No caso em questão um casal de idosos optam por continuar em casa um cuidando do outro, até a chegada da hora da partida. É um filme muito comovente, por ser bem feito e mostrar uma realidade quase de documentário. Quem está nessa faixa de idade, ou tem alguém na família não pode deixar de assisti-lo.
    AllBs
    AllBs

    4 seguidores 15 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 2 de maio de 2013
    Requere paciência, principalmente porque já começa espantando qualquer esperança de que vá ser um filme feliz. Mas é maravilhoso, principalmente pelas atuações. E...foi só eu ou fiquei, apesar de tudo, surpreendido com o final?
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