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    Laurence Anyways
    Média
    4,0
    32 notas
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    3 Críticas do usuário

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    ymara R.
    ymara R.

    803 seguidores 262 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 30 de março de 2014
    Oh, boy.... vô ali cortar os dois pulsos e volto ... este filme virou de cabeça pra baixo todos os meus paradigmas.. e foi na porrada mesmo.. S.O.S
    João A.
    João A.

    20 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 31 de janeiro de 2015
    Aborda de forma sensata a vida do personagem principal.
    Pedro H.
    Pedro H.

    2 seguidores 11 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 5 de janeiro de 2015
    Trata-se de um filme sobre autenticidade, amor e ódio, coragem e covardia, ousadia e medo. Nada mais verossímil do que uma trama que mostra o lado contraditório e desafiador do ser humano.
    A primeira vista tive a impressão de que dessa vez Dolan iria centralizar as questões da diversidade sexual em sua produção. Vi-me levianamente enganado ao ler que o mesmo não tem pretensões de tratar essas questões em seus filmes. Não obstante, ele inscreve na sua dramaturgia uma estória envolvente e tocante sobre uma transexual envolta em uma densa camada de sentimentos contidos e transbordados apresentados com uma intensidade que só ele consegue simular.
    É incrível a capacidade de Dolan em realizar viradas de mesas em seus roteiros com uma intensidade de conteúdos tão autenticas que deixa pouca margem para o não envolvimento ou para a não-catarse. A notada capacidade dos personagens em agirem completamente ao contrário do que o público possa imaginar evidencia o enorme dom do autor em construir personagens contraditórios e controversos dentro da mesma trama.
    A primeira cena do filme onde Laurence é perseguido(a) por olhares que julgam, admiram, surpreendem-se, amam e odeiam é simbólica pois ao longo do filme é possível perceber a notada ênfase na questão do olhar. O que o olhar diz? O que ele carrega? O que ele é capaz de operar?
    Apesar de afirmar que não tem intenção de centralizar o debate queer, Dolan não o deixa de fazer ao apresentar-nos um personagem que se depara com um "corpo errado". "Não é que eu seja gay! Eu só não nasci para ser um homem. Há 35 anos tenho nojo de mim". Que ao final do filme transforma-se em "eu não me arrependo de levantar de manhã e ver o reflexo no espelho que eu sempre quis ver".
    A instituição do masculino e feminino prescrito sob as normas de gênero apresentam sua notada falência na tangente da percepção do gênero enquanto performatividade (Ver Butler, 1990). O que é ser homem e o que é ser mulher? No caso de Laurence, nascido com a genitália masculina, com a orientação sexual para o sexo oposto, mas com o corpo errado.
    A relevância de uma obra desse tipo está associada ao fato da estética do cineasta realçar o drama ao ponto de êxtase. Como já prenunciaram vários críticos, o diferencial de Dolan é sua incrível perícia em associar a forma e conteúdo. Dessa vez não foi diferente. E o resultado? Um filme extremamente verídico, autêntico e emocionante que fala sobre a transexualização e todo o seu impacto na vida pessoal e social de uma pessoa.
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