Sem espaços - h t t p s : / / rezenhando . wordpress . com /2017/05/19/rezenha-critica-eu-vi-o-diabo-2010/
Agora é exatamente 1 DA MANHÃ e começo a digitar esta “rezenha” ao fim de uma obra prima coreana que acabo de assistir, ouso até dizer que supera em alguns pontos o tão aclamado e cultuado Old Boy de 2003 (E vai aqui um incentivo o protagonista de Old Boy é o antagonista (vilão) deste #Prontofalei!), dependendo o ponto de vista. Poderia deixar para escrever amanhã, entretanto como o blog está enraizado na minha vida e vice versa, sinto que possuo este comprometimento com meus queridos leitores (e futuros por que não?), e outra, também não não iria conseguir dormir, a pilha está monstra depois desta sessão no conforto de minha casa regado a café extra forte e um bom som. Confira a “rezenha” crítica de Eu Vi o Diabo, e pasmem, ao fim você também vai divagar a mesma coisa que eu sobre o título da obra, todos vão conseguir enxergar o Diabo em sua forma mais cruel.
O filme divaga sobre a história de um casal, onde o noivo é um agente secreto e sua noiva acaba sendo friamente e brutalmente morta por um serial killer. Cego pela fúria, ele começa a investigar os possíveis suspeitos do crime, até finalmente identificar o culpado. Mas, ao invés de matá-lo, resolve pôr em prática uma terrível e lenta vingança.
São exatos 139 minutos de tensão, você se segura de todas as formas no sofá ou onde quer que esteja assistindo. Na verdade o filme possui 141 minutos, mas os 2 primeiros minutos somos apresentados ao casal central e de uma forma serena conseguem transmitir o amor singelo e ingênuo entre os envolvidos, sem muita enrolação. Depois disso…
O filme possui alguns momentos de cagaço onde eu assustei, não é o filme todo querendo lhe causar o susto e nem é a intenção, uma característica dos filmes “made in Korea”, para eles mais vale afetar o pscológico permanentemente do que curtos choques e depois esquecer, mas os poucos susto que o filme tem equivalem a muitos porquê são muito bem criados. Acho que só assustei assim no primeiro REC, no Mártires (Clique aqui) e no primeiro A Invocação do Mal.
Não são apenas os sustos que são bem dirigidos, o filme num todo tem uma iluminação impecável, transições de paisagens espetaculares desde o início, onde uma cena relativamente simples num beco qualquer “mal iluminado” e nevando muito torna-se uma cena incrível nas mãos certas, fora outras que permeiam pelo filme todo. As sequências de ação e pancadaria são um caso à parte e todo o conjunto da obra, interpretações, continuísmo e roteiro que não deixam muitas pontas soltas. Só a polícia sul coreana que é unânime em todo filme do país que assisto, são muito burras ou lentas demais, aliás até demais, só que torna-se imperceptível diante de tantos fatores positivos.
Começando pelo enredo e a motivação dos personagens, VINGANÇA, da mais pura e crua, do jeito que o “diabo gosta”. E existem dois exemplos de filmes de vingança que são sinal de sucesso e qualidade, Tarantino e cinema coreano. Cara como conseguem? Ambos e é o caso da obra, são rodados como a vida é, sem censura e de forma cruel sem sentimentalismo ou “mimimi”, e o cinema coreano ainda não tem o glamour ou alívios cômicos, os caras fazem para chocar mesmo, te deixa pilhado sem perder a consciência que aquilo ali é real, e acontece a qualquer momento no mundo lá fora, do caralho! Conseguiram, estou aqui de madrugada escrevendo para quem for ler nesta infinita Internet.
As sequências com luta são muito bem dosadas e bem voltadas ao realismo com alguns movimentos cinematográficos realizados por quem entende de artes marciais, os asiáticos. Não é nada viajado e não ocupa o filme todo com luta, mas as que o filme mostra paguei um pau do caralho!
A imersão à caçada do caçador e sua presa é intensa. A liberdade é dada e retirada quando os “caçadores” querem, assim como um passarinho que prendemos em um viveiro pequeno, depois no grande, e logo o retornamos ao menor, àquela sensação de falsa liberdade!
Existem torturas no filme que fazem você refletir sobre o título e notar que todo mundo ali está vendo o diabo tamanha as brutalidades, cara teve um momento que me lembrou o primeiro Albergue, aquilo toda vez que vejo me deixa arrepiado e angustiado pedindo pra parar pelo amor de Deus, isso porquê não é nem comigo que aquela porra tá acontecendo. Vale ressaltar que o filme não é exatamente isso, tortura, elas existem e muito bem feitas por sinal, conseguem transmitir a dor que queriam kkkkkkkkk, mas vamos abrir a mente e refletir mais além.
Uma aquarela de emoções e reflexões acerca de conceitos como justiça, amor, dor, vingança, apresentada em pontapés e lágrimas. O temor que eu passei e muita gente também ao assistir é que diferentemente de um vilão que “não existe” como fantasmas, demônios em sua forma que estamos acostumados a ouvir falar ou ler, estes existem e muitos estão a solta por aí ou potencializando-se para se tornar um.
Todo o desdobramento e os questionamentos que nos fazem refletir durante o filme sobre quem perdeu ou ganhou nos deixam boquiaberta chegando ao final.
A vingança pode trazer paz para quem a procura? Para toda ação há uma reação e consequências, lembrem-se disso!
Me segurando para não falar muito mais do que devo, apesar de ser de 2010 muita ente ainda desconhece assim como eu, estas coisas “aparecem” infelizmente anos depois. Mas valeu a espera. Como falei, eu acho que este supera o cultuado Old Boy, e coincidentemente ou não o mesmo ator está envolvido hehehehe…
Minha nota é 5/5 (Ai se eu pudesse dar mais).
E se você não assistiu a trilogia da vingança (começando pelo já citado Old Boy) ou aos dois recentes que assisti: O Lamento (Clique aqui) e Invasão Zumbi. Está esperando o quê?