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    Shame
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    3,8
    438 notas
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    36 Críticas do usuário

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    Lucas Rodrigues
    Lucas Rodrigues

    5 seguidores 46 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 23 de setembro de 2024
    O filme Shame (2011), dirigido por Steve McQueen, é uma obra provocativa e crua, que explora os impactos devastadores da compulsão sexual na vida de um homem aparentemente bem-sucedido, mas emocionalmente destruído. Interpretado por Michael Fassbender, o protagonista Brandon vive em Nova York e, à primeira vista, leva uma vida equilibrada e profissionalmente satisfatória. No entanto, sua rotina é marcada por um vício que consome não apenas seu tempo, mas sua capacidade de estabelecer conexões humanas profundas: o sexo. Essa obsessão pelo prazer físico, desprovido de qualquer vínculo emocional, revela a apatia e o vazio interior do personagem.

    A narrativa de Shame é construída em torno da solidão de Brandon, que vive isolado, apesar de estar cercado pela agitação da metrópole. A chegada inesperada de sua irmã Sissy (Carey Mulligan) desestabiliza sua rotina controlada e traz à tona feridas do passado. Sissy, ao contrário do irmão, é emocionalmente carente e busca incessantemente proximidade, o que acentua o contraste entre os dois personagens. Enquanto Brandon foge de qualquer tipo de intimidade, Sissy a procura desesperadamente, revelando um pano de fundo familiar disfuncional que sugere traumas não explicitamente abordados, mas que permeiam o comportamento de ambos.

    A partir da convivência forçada com a irmã, Brandon começa a confrontar seu vício. Ele tenta se reconectar com aspectos mais profundos da intimidade ao se aproximar de Marianne (Nicole Beharie), uma colega de trabalho, numa tentativa de iniciar um relacionamento genuíno. No entanto, seu esforço fracassa, pois ele é incapaz de lidar com a complexidade de uma relação que envolve sentimentos e comprometimento. Este fracasso aponta para uma das temáticas centrais do filme: a desconexão entre prazer físico e satisfação emocional. Brandon busca no sexo um alívio temporário, mas esse alívio apenas acentua sua insatisfação e alienação emocional.

    O filme aborda o vício em sexo de maneira brutalmente honesta. Brandon é um homem aprisionado por seus impulsos, o que o impede de construir uma identidade além da busca incessante por gratificação imediata. McQueen utiliza a cidade de Nova York como uma metáfora visual para a fragmentação de Brandon: embora cercado de pessoas, ele é incapaz de se conectar verdadeiramente com alguém, seja com sua irmã, seja com possíveis parceiras sexuais. Essa incapacidade de conexão reflete um tema mais amplo e contemporâneo: a superficialidade das relações humanas em uma sociedade que valoriza o prazer momentâneo e a satisfação instantânea, ao invés de laços duradouros e profundos.

    O roteiro de Shame é sutil em seus diálogos, preferindo a linguagem visual para transmitir as emoções e os conflitos dos personagens. A cinematografia é um dos pontos altos do filme, com cenas longas e contemplativas que destacam o vazio existencial de Brandon. As escolhas de McQueen em termos de direção, como a utilização de planos sequenciais e close-ups angustiantes, colocam o espectador em uma posição desconfortável, forçando-o a testemunhar o sofrimento interno de Brandon sem qualquer tipo de alívio ou redenção.

    A atuação de Michael Fassbender é magistral, pois ele incorpora a dor, o desespero e a apatia de Brandon com uma intensidade visceral. Suas expressões faciais contidas, seu olhar perdido e sua postura retraída revelam mais sobre o personagem do que as poucas falas que ele profere ao longo do filme. Carey Mulligan, por sua vez, interpreta Sissy com uma fragilidade que contrasta com a dureza de Brandon, mas que também aponta para uma complexidade emocional igualmente destrutiva. A relação entre os irmãos é o coração do filme, expondo não apenas o vício de Brandon, mas os efeitos colaterais de uma infância marcada por traumas e abandono.

    Apesar de sua qualidade técnica e narrativa, Shame não foi um filme amplamente aclamado pelo público em geral, talvez por seu teor explícito e pela ausência de soluções fáceis ou moralizantes. O vício em sexo, embora tema central, é tratado com a seriedade que merece, sem cair em estereótipos ou julgamentos morais simplistas. McQueen se recusa a oferecer uma conclusão redentora, o que pode ter contribuído para a recepção mais moderada do filme. No entanto, é exatamente essa escolha que torna Shame uma obra tão poderosa e perturbadora: ele força o espectador a confrontar realidades desconfortáveis sobre a natureza do vício, da solidão e da desconexão emocional.

    Em última análise, Shame é um filme que trata de temas universais como o desejo, a solidão e a busca por significado em um mundo cada vez mais alienante. A jornada de Brandon é, ao mesmo tempo, individual e representativa de um mal-estar contemporâneo mais amplo, em que o prazer efêmero substitui a profundidade emocional, e onde a intimidade verdadeira se torna cada vez mais difícil de alcançar. O filme deixa o público sem respostas claras, mas com muitas reflexões sobre os limites entre o prazer e a dor, a liberdade e a compulsão, o desejo e a alienação.
    luisromanini
    luisromanini

    4 críticas Seguir usuário

    1,0
    Enviada em 7 de julho de 2023
    FILME é depressivo,perturbador, melancólico sem transmitir nada de bom,depois que acaba VOCÊ se sente na pele do ator ,deprimido. Não recomendo.
    Unirio Jelinek
    Unirio Jelinek

    36 críticas Seguir usuário

    2,0
    Enviada em 2 de junho de 2023
    O filme trata de um sujeito fissurado em sexo, e passa o filme inteiro em transas casuais e sem compromisso. Repele sua irmã, que quer morar com ele, d ela tenta o suicídio. E o filme acaba, sem trazer qualquer mensagem ou atrativo. MC Quinn foi um bom ator, mas mostrou-se um mau diretor. Por
    Nelson Jr
    Nelson Jr

    18 seguidores 204 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 6 de setembro de 2019
    o inicio do filme é lento e monótono , mas após a chegada de Sissy , tem uma adrenalina intensa no filme , - mostra a angustia do protagonista de uma forma muito crua! poucos filmes conseguiram passar esse sentimento de forma tão real ! um filme denso! trilha sonora perfeita! feita com muita técnica! fotografia maravilhosa na linda Nova York! o filme trás um tema bem pouco tocado... atores muito bons , destaque para Michael Fassbender! .. um filme muito interessante, que apesar de conter cenas de sexo o filme todo , não é excitante , em razão de ser uma obsessão , um martírio! ..,o roteiro apenas poderia ser mais ágil, e menos repetitivo , mas talvez esse fosse a intenção.
    8/10
    Andreia G
    Andreia G

    1 crítica Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 9 de maio de 2019
    ma ra vi lho so esse filme, brilhante atuação desde o protagonista até os atores secundários, belissima trama que trata do vazio existencial humano que por acaso se esbarra no sexo pelo sexo, porem, roteiro não é nenhum pouco moralista, o roteiro é muito sábio e nos faz refletir nossa fragilidade, medos e pudores...sem dúvida é um filme que fala de relacionamentos , pessoas superficiais e problemáticas, abordando também os transtornos bourdelines, no caso, da irmã Nissy, que se confronta com seu irmão solitário e apático...Fotofrafia e enquadramento perfieto, vale a pena assistir e ver de novo!!!
    Matheus P.
    Matheus P.

    1 seguidor 11 críticas Seguir usuário

    1,0
    Enviada em 17 de setembro de 2017
    horrivel
    tem uns 40 minuto q é imagem aleatória dele correndo a irma dele cantando pra nada
    o fim é muito ruim sem significado nenhum
    os dialogos e o roteiro é horrível
    a fotografia é pessima também parece q o diretor tava com preguiça de fazer cortes dai ele ajunta os personagens tudo na mesma imagem
    filme sem sentido
    dou 1 só pela atuação do persogem principal pela cena q a irmã dele corta os pulsos ele realmente atuo bem passando o nervosismo fora isso é um lixo
    Anderson  G.
    Anderson G.

    1.301 seguidores 370 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 27 de agosto de 2017
    O segundo filme do virtuoso diretor Steve McQueen que explora a obsessão e decadência do ser humano entregue a um vicio, seja bebidas, drogas, jogos...o objeto escolhido aqui é sexo, e não poderia ser melhor, pois nem todos jogam, nem todos bebem e nem todos se drogam, mas todos fazem sexo, e é muito fácil se colocar na pele de Brandon (Michael Fassbender) e sentir sua tristeza, um cara que tem tudo e ao mesmo tempo não tem nada. O linear roteiro que tem tons de subjetividade conta a historia de Brandon (Michael Fassbender), um homem bem sucedido que é viciado em sexo, mas seu vicio acaba por sendo suprimido quando sua irmã Sissy (Carey Mulligan) acaba por vindo morar com ele, a garota depressiva e com problemas causa impacto, duvidas e desespero na vida de Brandon. “Shame” não chega a ter nem a metade da densidade e profundidade do “Ninfomaniaca” de Lars Von Trier, mas mesmo assim, o filme tem algo a dizer, ele fala sobre o sofrimento e a felicidade incansável, pois mesmo quando nosso protagonista se apega a alguem e aspira alguma felicidade, ele falha naquilo que é a sua obsessão, o sexo é mais que uma válvula de escape, o sexo é a maneira de sair da tristeza ao mesmo tempo que é a porta de entrada, tudo ao redor de Brandon precisa de um tempo para acontecer o já esperado, seu chefe transar com alguém, a estação chegar, sua irmã cai na depressão e até o seu computador voltar, e Brandon esperasse que a sua felicidade seria a mesma coisa, mas não é, e quando ele percebe isso, ele se desespera, Brandon é a gente ao perceber que nem sempre conseguiremos nossos objetivos. Outro ponto interessante é modo como é retratado o desespero de Brandon para se livrar de seu vicio, e quando ele está transando e prestes a ter o orgasmo a câmera foca em sua cara de terror e completo desespero, e puramente, arrependimento por não conseguir se livrar daquilo e seguir a sua vida, o orgasmo para Brandon é a sua pior dor. O filme tem uma fotografia cinzenta e com tons de azul, temos uma câmera que em horas está focada no quadro e em outras, principalmente no sexo a onde Brandon está entregue ao seu vicio, a câmera se descontrola, o filme tem repetições de ideia e um ritmo lento, mesmo com menos de duas horas, o telespectador sente o seu tempo, mas mesmo assim, tecnicamente, a obra é bem acabada, além de contar com uma boa trilha sonora. Carey Mulligan está maravilhosa, encarando e passando por todos os conflitos que a sua personagem enfrenta, alternando picos de felicidade, depressão e tristeza, sua personagem é uma montanha russa muito bem atuada por Carey, e claro, a grande estela aqui, Michael Fassbender está completamente maravilhoso, sem frescuras ele se perde dentro de seu personagem e deixa a sua angustia transparecer e coloca o telespectador na pele de seu personagem. “Shame” é um filme condensado e ao mesmo tempo denso, o roteirista é extremamente sutil nos caminhos da historia, e isso é lindo, o filme ganha uma realidade e naturalidade linda, além do mais, a falta de pudor e as boas atuações somado ao filme que trata do terror do sexo, cheio de nus não ser atraente ou excitante, pelo contrario, é um martilho, tudo esses aspectos contribuem para o ótimo “Shame”.
    Luiz Antônio N.
    Luiz Antônio N.

    29.235 seguidores 1.298 críticas Seguir usuário

    2,0
    Enviada em 13 de janeiro de 2017
    Shame - o filme conta a história de um homem que é compulsivo por sexo e a vida dele muda quando a irmã dele vai morar com ele, Achei uma história muito lenta com ritmo meio arrastado em muitos momentos sem sentido e com final que não me agradou nenhum pouco
    Alvaro S.
    Alvaro S.

    2.192 seguidores 349 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 1 de março de 2016
    Shame não é um filme para fracos.

    Solidão, relacionamento conturbado com irmãos, sucesso profissional, NYC fria, pornografia de todos os tipos, nu frontal, sexo, sexo e mais sexo! Compulsivo, individual, frustrante, a três, homossexual, doentio. É um filme corajoso.

    Corajosos também são os atores Michael Fassbender e Carey Mulligan que toparam fazer um filme fora do usual. A entrega deles aos seus personagens é total e evolvente. A construção dessas pessoas através de uma câmera que respeita os silêncios de cada um, cria cenas de sutilezas perturbadoras e sofridas.

    Impossível, ao terminar de ver o filme, não refletir sobre o que foi visto. O desespero dele em não conseguir fugir desse vício… Ela ao cantar New York New York é de engolir a saliva a seco… Ele mediante a mais uma tentativa de suicídio dela.

    Há espaço para humor também, a cena do jantar é muito divertida, uma válvula de escape para respirar mediante a tanta tensão.

    Uau! Ufa! Tenso! Maravilhoso!

    Curiosidade. Reza a lenda que o ator Michael Fassbender não foi indicado ao Oscar por causa do seu nu frontal. Pena que a academia não tenha a mesma coragem do filme para reconhecer duas grandes interpretações, a dele e a Carey.

    Nota do público: 7.3 (IMDB)
    Nota dos críticos: 79% (Rotten Tomatoes

    Bilheterias
    USA – $3.9 milhões
    Mundo – $17 milhões
    Acesse o blog 365filmesem365dias.com.br para ler sobre outros filmes.
    Lucas C.
    Lucas C.

    12 seguidores 18 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 19 de março de 2016
    O melhor filme da década de 2010 até agora.
    Esse filme é O ESNOBADO do Oscar 2011,deveria ter ganhado Melhor Filme,Melhor Ator e Melhor Atriz.Esse filme trata de um cara que é viciado em sexo,até que chega a sua irmã,que tudo fica mais difícil para ele.Um filme quase sem diálogos,pois apenas o olhar basta para saber,e quando tem diálogos,você fica vidrado,se sente interessado,realmente um filme para ser visto,apreciado e ainda mais elogiado.
    Nota:1000/10
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