R.I.P.D é facilmente resumido pela seguinte frase: “impressionante como qualquer filme sem história, também pode dar um show de Efeitos Especiais”. Basicamente o longa tentou, de maneira frustrada, revolucionar o tema “Apocalipse”, onde inicialmente até foi bem recebido pelo público, pelo fato de existir uma força-tarefa, de contra-ataque a mortos, que de alguma maneira, conseguiram escapar do “purgatório”, desta maneira ficando pela Terra mesmo. Quem não iria gostar de uma continuação de “Constantine” ou “Legião”? Céu e Inferno? Anjos e Demônios?
Porém, o filme caiu na mesmice e clichês constantes hollywoodianos. Sua semelhança com MIB, é impressionante, sendo copiado da dupla de protagonistas (Ryan Reynolds e Jeff Bridges) até aos “monstros”, dos quais, mesmo sendo chamados de “mortos”, lembravam mais “alienígenas”. Desta forma, até acho que seria melhor se dissessem que eram “aliens”, pois do modo que foi, denegriram a imagem dos “mortos-vivos” de outros filmes correlacionados.
Ainda nesta linha de raciocínio, o tema principal “Apocalipse”, “Fim dos Tempos”, “Extinção da Humanidade” foi deixado um pouco de lado, quando o assunto envolveu “salvar a linda e amada donzela” e “parcerias traídas”, proporcionando assim mais infinitos clichês no mesmo filme.
Mary- Louise Parker ainda se destaca por um tipo de comicidade distinto (também perceptível em RED e RED 2), propiciando algumas cenas hilárias atípicas. Todavia, Kevin Bacon (Ecos do Além), Jeff Bridges (Coração Louco) e Ryan Reynolds (Protegendo o Inimigo e algumas comédias-românticas) deixam muito a desejar, interpretando papéis sem maiores expressões e encenações sucintas, ou seja, estritamente o previsto para dar o desenrolar da história.
Contudo, mesmo com atuações precárias, enredo confuso, clichês concomitantes e plágios explícitos, R.I.P.D conta com um excelente quesito “tecnologia”, o qual realmente dispensa comentários. Com isso, retornando a mensagem inicial, “impressionante como qualquer filme sem história, também pode dar um show de Efeitos Especiais”, deixando-me na seguinte dúvida “como que dispendem tanto dinheiro e tempo em tais tecnologias de ponta, se o filme em si é uma decepção?”. Podiam juntar essa grana e gastar em algo mais promissor, concordam?
Após tamanho desapontamento, Agentes do Além não ultrapassa a nota 1,0; sendo aconselhável ver em 3D, pois o único atrativo do mesmo são os efeitos especiais.