Chega a ser covardia comparar Salve Geral com Carandiru.... a diferença está na direção genial de Sérgio Rezende em um e a catastrófica de Hector Babenco.
A história de Carandiru é mais forte, tem mais apelo, mas a direção fez aquela caca, como o balé sangrento (urght) Enquanto que Salve Geral teve que se esforçar para achar uma história dentro de outra que não daria, por si, um filme.
Mesmo assim, mais pela direção do que pelo enredo, Salve Geral é um bom filme.
Mas peca em coisas óbvias, como enaltecer "advogadas" que nunca foram advogadas e, sim, bandidas; ou por preferir tratar dos pobres coitados que foram "obrigados" a fazer o Salve, como se eles fossem a maioria.... (penso até se não somos nós, os otários, a minoria)
Acho que a produção deveria se retratar com a classe advocatícia e, também, se atualizar com o fim da era maniqueísta do cinema nacional, que tentava retratar bandidos do bem ou bandidos do mal - isso já era.... acabou.... o cinema não pode endeusar bandidos, nem tão pouco tratá-los como escória a ser eliminada (como em tropa de elite) - ressalva de que eliminar a criminalidade é bem diferente de eliminar os bandidos.