Se Eu Fosse Você: Críticas

Uma comédia muito tosca,não tive coragem de assistir o segundo.NÃO ASSISTA.

Os críticos contumazes do cinema nacional que afirmam que só produzimos obras calcadas na miséria e na desesperança do nosso povo, tranquilizem-se. "SE EU FOSSE VOCÊ" mostra os problemas de um casal de classe média alta. O único personagem que pode presumivelmente ser considerado pobre é a empregada (apesar que eu não duvidaria se ela pertencesse à classe média-baixa). Para discutir as diferenças entre o universo masculino e feminino, o diretor Daniel Filho, coloca a dupla principal, Claudio (Tony Ramos) e Helena (Glória Pires), um no corpo do outro. Nada melhor para os homens saberem o que é menstruar; nada melhor para as mulheres saberem da dificuldade em ter relações sexuais em determinadas circunstâncias. Claudio, sócio de uma empresa de publicidade, está em vias de perder o emprego que tanto ama, pois seu sócio (Thiago Lacerda, horrível como sempre) ameaça vendê-la para um grupo de São Paulo. Helena, na sua vida atribulada que vai desde compras em shopping center a sessões psicanalíticas - e com um analista argentino! - é a responsável pelo coral da escola na qual a filha estuda. E tem de fazer bonito, é claro. Filha que, aliás, dorme com os fones de seu i-pod ligados no seu ouvido, e acorda com a mãe retirando os mesmos da orelha. Gente rica e suas esquisitices. Quem se sobressai é Gloria Pires quando encarna o papel masculino. Tony Ramos exagera na demonstração do "seu lado mulher". Comédia romântica, com final feliz (até a sogre passa a gostar do genro), com atores globais, que tem tudo para se dar bem nas bilheterias. E o que é melhor para aqueles detratores do cinema nacional: sem pobreza alguma na telona, só luxo.