Bem, vou começar destacando e elogiando a empolgante trilha sonora do filme (tem a musical também do Eminem em parceria com a Sia que é bacana), que acabou LEMBRANDO muito a vista na trilogia do Cavaleiro das Trevas do ótimo Chris Nolan, claro, elaborada pelo peculiar compositor Hans Zimmer. Os efeitos especiais aqui são de primeira, a fotografia é também interessante, enfim, dá pra perceber um cuidado todo especial na parte técnica do filme, nas explosões (mostrando o impacto e os danos proporcionados), nos slow motions, aliás, pelo menos até onde eu me lembre, é a primeira vez que o bom Antoine Fuqua utiliza a técnica em seus filmes. A premissa de O Protetor não foge muito das já vistas de um ex-agente voltando a ativa. Concordo também que a história não tem muitas surpresas, ou seja, reviravoltas, e devido a esta perspectiva muitos consideram a obra clichê. Agora, convenhamos, os diálogos do filme são muito bons, bem elaborados em especial uma, onde em um restaurante os inimigos Robert McCall (Denzel) e Teddy (Marton Csokas) tem um conversa de "gente grande", cobra engolindo cobra, sentido figurado claro, mas com viés literal. Denzel mais uma vez dá show em cena, carisma e brutalidade se alinham a um personagem de arquétipo forte, intimidante, porém prestativo. Excelente atuação! Marton Csokas com seu vilão Teddy é ótimo também. Já a talentosíssima Chloë Grace Moretz só faz uma ponta no filme, até mesmo pelo pouco espaço em cena, sua personagem não exige muito dela em termos de atuação, mesmo assim, seu carisma em cena é um absurdo de bom. E a ação? Bom, aqui não é um Operação Invasão da vida, quem for assistir esperando muito pancadaria vai se decepcionar. O filme tem um estilo próprio, as coisas se desenvolvem à sua maneira, sem pressa, Fuqua instiga o público até o grande clímax e, quando chega, é de cair o queixo. As sequências são bem coreografadas, versáteis e brutais...é um prato cheio para quem curte um bom thriller de ação! Fuqua resgata a essência de filmes oitentistas, aliás, este foi uma adaptação ao cinema da série de TV oitentista The Equalizer. Portanto, como já frisado, o diretor resgata algumas características como, por exemplo, o mocinho vindo de encontro à câmera e atrás dele ocorrendo uma explosão, e ele não olha para trás. Cafona? Acho que não! precisou vir Antoine Fuqua, o "mestre" contemporâneo de filmes de ação, nos lembrar dessa importante lição - Isso é ser badass.
Por Lautner Angelov