Como Não Notar!
A possibilidade de um cuidado técnico por trás da cinematografia deste filme O Protetor,as sequências inteiras que partem de detalhes (como os objeto na parede, por exemplo), à preocupação com o foco como recurso dramatúrgico, incluindo enquadramentos nada óbvios. Talvez o mérito seja do diretor, Antoine, que já havia trabalhado com Denzel Washington no papel que rendeu o Oscar ao ator, por Dia de Treinamento.
O Protetor - Foca no ponto de vista da trama, no entanto, não é nada que difira muito a história de justiceiros – o que traz uma sensação de mais o mesmo. Denzel Washington é o tipo que deixa os bandidos amarrados na cena em uma bandeja para a polícia recolher.
Denzel Washington é experiente,e estimulado pela retomada da parceria de sucesso entre ator e diretor, não se justifica no novo filme que, embora o traga em um registro sutil como o discreto ex-agente que troca o trabalho oficial de combate ao crime por uma vida pacata mas não deixa de fazer justiça com as próprias mãos, o fato e à interpretação do galã de outrora.
O Protetor é baseado na série de televisão The Equalize (título original do filme), sucesso da década 80 nos Estados Unidos. McCall o homem misterioso que, na calada da noite, não deixa barato quando algum mal é cometido.
O Protetor - a produção da TV foi adaptada para o cinema,e alguns aspectos soam um tanto quanto datados no novo formato da história. No sentido em que resolve qualquer parada, por mais difícil que pareça. No início do filme ele põe, sozinho, uma turma de bandidos para beijar o chão, sem nem amarrotar a camisa - e ele planeja a duração da ação e a cronometra, para comparar os tempos, cena que, por ser uma das poucas em que o filme não se leva à sério, é até divertida. Os bandidos são russos e o vilão-mor, que faz cara de vilão (com a boca arqueada para baixo), ainda por cima é todo tatuado, rabiscado com imagens de demônios e caveiras. Que ano é hoje?
O Protetor - ao contrário do agente Angus MacGyver, no entanto, que não usava nenhuma arma (mas era capaz de escapar de Alcatraz com um clipe de papel e um elástico de cabelo), Robert McCall não hesita em fazer seu adversário sangrar . Pois o filme é muito violento.
No fim, a origem de O Protetor parece um caprichado piloto de série. E talvez seja. Os estúdios já deram sinal verde para a primeira sequência do filme. A produção deixa gancho. Mas é preciso ir além dos clichês.