A primeira vez que o dinamarquês Henning Boilesen chamou a atenção do diretor foi em 1968, durante uma reportagem da TV Tupi onde o presidente da Ultragaz aparecia ao lado de militares num momento político de extrema tensão no Brasil.
Quando Boilesen foi assassinado em 1971, o diretor guardou os obituários com o intuito de escrever algo a respeito no futuro. Na época, já havia comentários sobre uma possível associação entre o empresariado e a ditadura.
Em 1977, Litewski tomou conhecimento do lançamento, na Dinamarca, do livro Likvider Boilesen, de Henrik Kruger, um dos entrevistados em Cidadão Boilesen.
Em 1993,Chaim Litewski decidiu fazer um documentário motivado pelo interesse de entender o mecanismo que ligava empresários aos militares no auge da repressão política no Brasil.
Cidadão Boilesen levou 16 anos para ser finalizado. Sem qualquer vínculo com verbas incentivadas, o filme foi realizado com recursos próprios. Ou seja, na medida em que economizava alguma quantia, o diretor Chaim Litewski investia na produção e realização com mais pesquisas e entrevistas.
Contém depoimentos de Fernando Henrique Cardoso, Jarbas Passarinho, Erasmo Dias, Hélio Bicudo, Dom Paulo Evaristo Arns, Celso Amorim, entre outras personalidades da política e sociedade brasileira.
O documentário foi selecionado para o Festival Internacional Del Nuevo Cine Latinoamericano de Havana, em Cuba.
Foi exibido na mostra Première Brasil - Hors Concours, no Festival do Rio 2009.
FESTIVAL É TUDO VERDADE
2009
Ganhou
Melhor Documentário da Competição Brasileira
CINESUL
2009
Ganhou
Melhor Documentário - Prêmio de Público
RECINE
2009
Ganhou
Melhor Direção - Chaim Litewski