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    A Última Casa da Rua
    Críticas AdoroCinema
    1,0
    Muito ruim
    A Última Casa da Rua

    História boa, filme ...

    por Roberto Cunha

    Não é de hoje que histórias sobre casas com algum tipo de problema rendem histórias e muitas delas acabam se tornando verdadeiros sucessos. Poltergeist e Psicose são apenas dois exemplos de épocas diferentes, ligados a um endereço, digamos, maldito. A Última Casa da Rua tenta pegar carona nessa onda, mas o "CEP" parece estar errado e a "entrega" não vai chegar da mesma forma para todos os destinatários, quer dizer, espectadores. Renderá alguma coisa para os menos exigentes, mas jamais para os iniciados que reconhecem um bom suspense.

    A trama conta sobre mãe e filha que se mudam para um casarão em um nova cidade para (como sempre) dar início a uma nova vida. Clichês à parte, o que mamazita não tinha contado pra filhota é que bem próximo ao novo lar doce lar existe uma casa sinistra, que fez o preço do aluguel delas baixar, mas vai fazer aumentar a tensão. O motivo? O local foi palco do assassinato dos pais de um jovem (Max Thieriot) e a irmã assassina nunca mais foi vista. Para aumentar o nível do "sinistrômetro", é claro, a moça vai se interessar pelo tal sobrevivente.

    O roteiro se perdeu geral num emaranhado de situações (algumas até risíveis) e não soube explorar o bom argumento que envolve violência doméstica. Criado por Jonathan Mostow há anos e escrito bem depois por David Loucka, o mesmo cara que fez o sofrível A Casa dos Sonhos (2011), chega a ser um pesadelo ver certas cenas de tão previsíveis. Tudo bem que algumas pessoas aceitem uma garota que saia sozinha de uma festa a noite, num lugar desconhecido, bem longe de casa, aí caia uma chuva providencial e ela pega carona com o tal vizinho misterioso. O problema é que esse "encaixe" forçado se repete e só rola um ou outro susto. E não são dos melhores. A inexperiência do diretor também pode ser uma justificativa, mas nunca a única.

    No elenco, a curiosidade é ter duas atrizes indicadas ao Oscar. A veterana Elisabeth Shue, por Despedida em Las Vegas (1995), interpreta facilmente o papel de mamãe problemática. E sua beleza ainda faz, acredite, frente a da jovem (e super estimada) Jennifer Lawrence, indicada por Inverno da Alma, aqui no papel de uma adolescente rebelde e sem medo. Fora do contexto foi a insistência de colocar o personagem dela para cantar e tocar. Da série "tosco é pouco", o draminha da mãe se abrindo com um policial que conheceu num dia e virou conselheiro no outro.

    Assim, é triste afirmar, mas essa não foi a primeira e nem será a última história forte que acabou virando refém de um filme fraco, por ter sido mal aproveitada. E o final revelador sacramenta essa impressão. O que é uma pena, mas acontece.

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