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    Jogos Mortais: Jigsaw
    Críticas AdoroCinema
    3,0
    Legal
    Jogos Mortais: Jigsaw

    Ele voltou (ou não)

    por Lucas Salgado

    Treze anos após o lançamento de Jogos Mortais e sete após o de Jogos Mortais - O Final, a franquia do assassino John Kramer ganha seu oitavo episódio. A série sempre foi bem sucedida nas bilheterias, principalmente pelo fato de suas obras contarem com um orçamento relativamente baixo, mas ao longo dos filmes, o público foi perdendo o interesse e o lucro foi diminuindo. Após os resultados decepcionantes dos números 6 e 7, a franquia foi engavetada e parecia morta.

    Parecia... Pois ela está de volta. E remodelada. Saw (título original dos sete primeiros filmes) agora virou Jigsaw, referência ao clássico vilão da franquia. O título, por si só, já despertou a curiosidade de muita gente, afinal o assassino John Kramer está morto desde o terceiro filme. Obviamente, não vamos falar aqui como se dá a presença do personagem na história.

    Jogos Mortais: Jigsaw é um título que sugere uma história de origem ou mesmo um foco maior no vilão, mas este não é bem o caso. Aqui, estamos diante de um filme de investigação policial, recheado com as clássicas cenas dos jogos de tortura que fizeram a franquia. Uma coisa que segue funcionando é o fato das armadilhas serem mirabolantes, mas ao mesmo tempo bem mecânicas.

    Além da participação de Tobin Bell, sempre chamando atenção com sua voz assustadora,Callum Keith Rennie, Matt PassmoreClé BennettLaura Vandervoort formam o elenco principal. Ainda que não cheguem a comprometer, nenhum desses consegue de fato uma grande atuação. Estão todos no piloto automático, com pouquíssima inspiração.

    Diretores de 2019 - O Ano da Extinção, os irmãos Michael Spierig e Peter Spierig fazem um trabalho interessante na construção de clima. Sem abrir mão do lado gore da franquia, a dupla optou por uma ação mais clara e menos sombria. Boa parte das sequências acontecem em ambientes claros, mas isso não faz as cenas serem menos impactantes.

    Se a direção é boa, o mesmo não se pode dizer do roteiro escrito por Pete Goldfinger e Josh Stolberg. A dupla responsável por Piranha 3D criou uma história superficialmente interessante, mas nada desenvolvida. Além de oferecer reviravoltas exageradas e de pouco impacto, o texto é bem irregular no trato dos personagens, principalmente como ignora vários deles na solução final, deixando inúmeras pontas soltas. E não se tratam de deixas para uma possível sequências, mas apenas situações completamente ignoradas para que chegássemos ao ato final.

    Os fãs de Jogos Mortais irão se divertir com o novo filme, apesar dos problemas. Mas a obra está bem longe de oferecer algo de novo ou relevante à franquia. Mais do mesmo.

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