“Indiana Jones e a Relíquia do Destino é uma despedida digna de Harrisson Ford”.
Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida foi lançado em 1981, e em seguida foi lançado mais dois filmes. Com o tempo indiana Jones virou um personagem icônico que todos sabem quem ele é, seja pelo chapéu ou pela música. Desde o primeiro Longa Indiana Jones foi algo épico e incrível e tem uma trilogia que muitos consideram clássica. Já o quarto filme é algo que muitos fãs não gostam. Os quartos longas anteriores foram dirigidos por Steven Spielberg. Em fevereiro de 2020 anunciaram que Spielberg não iria dirigia esse novo projeto, então escolheram James Mangold. Muitos fãs ficaram tristes com essa notícia até porque Spielberg é um dos melhores diretores de Hollywood, e tem muito mais expêriencia que o novo diretor e conhece os personagens muito melhor, até porque trabalhou nisso vários anos de sua vida. Apesar da saída de Spielberg, o filme não decepciona.
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Qual a história de Indiana Jones e a Relíquia do Destino?
Indiana Jones (Harrisson Ford), famoso arqueólogo, professor e aventureiro, embarca em mais uma missão inesperada. Neste retorno do herói lendário, Indiana Jones, na quinta parcela da icônica série de filmes, encontra-se em uma nova era, aproximando-se da aposentadoria. Ele luta para se encaixar em um mundo que parece tê-lo superado. Mas quando as garras de um mal muito familiar retornam na forma de um antigo rival, Indiana Jones deve colocar seu chapéu e pegar seu chicote mais uma vez para garantir que um antigo e poderoso artefato não caia nas mãos erradas. Mas, desta vez, ele tem o sangue de uma nova geração para o ajudar nas suas descobertas e na sua luta contra o vilão Jürgen Voller (Mads Mikkelsen). Acompanhado de sua afilhada, Helena Shaw (Phoebe Waller-Bridge), o arqueólogo corre contra o tempo para recuperar o item que pode mudar o curso da história.
O Roteiro do filme é uma aventura onde o Indiana Jones vai em busca de um artefato para não deixar nas mãos erradas. Nesse longa temos a volta de alguns personagens antigos como o Sallah(John Rhys Davies), e a Marion (Karen Allen). Eles não aparecem muito, mas o que tem maior destaque é o Sallah que aparece no começo e ajuda o Indiana Jones. Já a Marion só aprece no final, em uma cena emocionante que faz referência a um momento de Indy e Marion no primeiro filme da saga. Nessa jornada Indiana Jones tem uma a sua afilhada Helena Shaw como aliada. A personagem dela é um pouco contraditória, no começo eles fazem parecer que ela só se importa com dinheiro, mas ela realmente se importa em achar o artefato que seu pai estudou a vida inteira. Esse traço de se importar com dinheiro ficou meio sem sentido e tira um pouco a questão emocional de seu passado e a relação com seu pai. O vilão Jügem Voller que quer completar a antikythera para mudar o resultado da segunda guerra mundial. Assim como a maioria dos vilões do indiana Jones, ele é um nazista. mesmo estando velho Indiana Jones consegue ser aquele herói icônico que conhecemos. O primeiro e segundo ato do roteiro são muito bons, mas o terceiro ato é sem sentido. Indiana Jones e o vilão Jürgen Voller viajam para a Grécia Antiga, o plano era para ir para Alemanha nazista, ou seja, dá tudo errado para o vilão e ele ainda é derrotado de forma fácil. Apesar do terceiro ato ruim, tem vários momentos emocionantes e tem referências a outros filmes da franquia.
A direção de arte é muito boa, traz vários cenários exóticos e aventureiros como Tânger Athenas, e Sicília. Em Tânger eles trazem um cenário exótico e quente mostrando que é um longa de aventura. Athenas eles não mostram muito a cidade e sim o mar, já que os personagens têm que ir até certo ponto no mar e mergulhar para achar algo que os leve para o artefato que eles procuram. Em Sicília o cenário é a caverna do local que é onde está escondido o que eles procuram.
O figurino do Indiana Jones continua sendo aquele clássico dos filmes anteriores, um chapéu, bolsa, casaco de couro e um chicote. O vilão usa um terno e óculos, isso mostra que ele é um cara rico, e que tem recursos a sua disposição. A personagem Helena Shaw usa roupa leves que são fáceis de se locomover e confortáveis, até porque os lugares por onde ela passa são exóticos, perigosos e sujos.
A direção de fotografia é boa. A iluminação das cenas é boa e os enquadramentos usados fazem sentido com a narrativa. É utilizado Planos abertos e fechados nos momentos certos. Como o cenário é algo bem importante, usam planos mais aberto, para dar um certo destaque. Nas partes mais emocionais utiliza planos mais fechados.
A edição é boa, as cenas fluem bem, e não parecem picotadas. Os flashbacks são colocados nos momentos ideais. O filme já começa com um flashback que é muito bem colocado no começo que já nos mostra sobre o que será a história, ele é meio comprido, mas é importante. A montagem cria um bom ritmo na narrativa, utilizando cortes nos momentos certos.
A trilha sonora é composta por John Wiliams que já compôs a trilha dos longas anteriores, e dessa vez ele compõe uma trilha boa que faz sentido com a narrativa e é colocada nos momentos certos. É claro que toca a música clássica e causa um sentimento de nostalgia toda vez que a ouve no filme.
As atuações são boas principalmente do Harrison Ford, Phoebe Waller Bridge, e Mads Mikkelsen. Harrison Ford se despede do papel do melhor jeito possível, entregando uma grande atuação e mostra que esse é o maior papel da carreira dele e o personagem mais icônico que ele já interpretou. Phoebe Waller Bridge entrega uma boa performance, utilizando seu enorme carisma. Mads Mikkelsen tem uma boa atuação, trazendo um bom vilão para as telas. Esse ator faz muito bem papel de vilões e nunca decepciona.
James Mangold foi muito corajoso em assumir a direção do longa após Spielberg deixar o cargo de diretor. A pressão e responsabilidade em cima de Mangold era enorme, ele tinha que produzir algo bom e que honrasse esse personagem. A direção de James Mangold não foge muito do estilo que Spielberg usou nos outros filmes e consegue nos entregar um filme bom, nostálgico e divertido que tem suas falhas, mas ele honra o legado do Indiana Jones.
Bem se você espera um filme do nível dos três primeiros, você irá se decepcionar, mas se quer assistir uma boa aventura cheia de nostalgia, esse longa definitivamente é para você. Indiana Jones e a Relíquia do Destino vale a pena assistir pelo Harrison Ford e pelo legado que ele deixa interpretando esse personagem icônico.