No verão de 1961 para 1962, cinco jovens universitários de classe média (Cacá Diegues, Leon Hirszman, Miguel Borges, Joaquim Pedro de Andrade e Marcos Farias) subiram os morros cariocas para realizar um longa-metragem em episódios, produzido pela União Nacional dos Estudantes (UNE). O resultado, Cinco Vezes Favela, tornou-se um marco do Cinema Novo brasileiro.
O projeto retoma uma ideia original do cineasta Leon Hirszman (1938-1987), a quem o filme é dedicado.
No início de 2009, 603 jovens moradores de favelas se inscreveram para participar das oficinas técnicas promovidas pelos produtores. Deles, 229 participaram de oficinas.
Para que eles pudessem participar das oficinas foi gasto cerca de R$ 45 mil em vales transporte e outros R$ 50 mil em vales refeições, além de ajudas de custo.
Um profissional, reconhecidamente competente em cada uma das áreas técnicas necessárias para a realização de um filme, foi contratado como coordenador de cada oficina, de forma a acompanhar o trabalho dos alunos e seu desenvolvimento.
Ruy Guerra, Walter Lima Junior, Nélson Pereira dos Santos, dentre outros grandes nomes do cinema nacional, ministraram algumas das oficinas.
Dos alunos que cursaram as oficinas, 84 foram escolhidos para integrar a equipe técnica do filme. A seleção ocorreu tendo por base o aproveitamento e currículo.
Os episódios foram realizados com o apoio da CUFA, na Cidade de Deus; do Nós do Morro, no Vidigal; do Observatório de Favelas, no Complexo da Maré; do AfroReggae, em Parada de Lucas; e o Cidadela/Cinemaneiro, em várias comunidades ao longo da Linha Amarela; Luciano Vidigal dirigiu o episódio Concerto para Violino.
Os temas de cada episódio foram escolhidos pelos próprios alunos de cada oficina de roteiro, sendo desenvolvidos coletivamente por eles.
Este é o primeiro longa-metragem brasileiro totalmente concebido, escrito e realizado por jovens moradores de favelas.
O filme foi exibido em caráter hors concours no Festival de Cannes 2010.
GRANDE PRÊMIO DO CINEMA BRASILEIRO
2011
Indicações
Melhor Filme
Melhor Ator Coadjuvante - Hugo Carvana
Melhor Atriz Coadjuvante - Roberta Rodrigues
Melhor Roteiro Original
Melhor Trilha Sonora
Melhor Edição
FESTIVAL DE PAULÍNIA
2010
Ganhou
Melhor Filme
Melhor Ator Coadjuvante - Marcio Vitto
Melhor Atriz Coadjuvante - Dila Guerra
Melhor Roteiro
Melhor Edição
Melhor Trilha Sonora