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1 crítica
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5,0
Enviada em 24 de setembro de 2017
Eu amei esse filme , nem sei porque. A fotografia e linda. Um filme iluminado pela luz solar. A historia e simples como a maioria dos filmes franceses.
O filme não dá espaço para criticas. O texto é pertinente ao momento atual no que se refere à questão social.Cada cena dá um debate, sobre valores (perdão,misericórdia,desapego)... Obs. - Inspirado num poema de Victor Hugo.
Cheio de delicadeza, o filme conta a história de um sindicalista comum, cercado pela bela família e amigos. Um evento inesperado traz , com pinceladas profundas , as contradições humanas, a diferença entre o discurso e a prática , mesmo dos que estão envolvidos, com maior intensidade, nas causas sociais. O filme desmonta a ideia de que as transformações só podem acontecer com grandes mudanças. O que fica é uma aula de coerência e solidariedade.
“As neves do Kilimanjaro” é um filme com enredo simples, mas notavelmente relevante para nos lembrar que existe uma grande diferença entre as ideias e as ações. O filme narra a história de um velho militante sindical o qual, estando prestes a se aposentar, ganha para ele e a esposa que comemoravam simultaneamente o aniversário de casamento, uma viagem à África. Ao mesmo tempo, em função da crise econômica que serve de pano de fundo para o enredo, segundo o critério do sindicato é sorteado juntamente com outro jovem colega para ser demitido. A partir daí o filme envereda pelo enfoque da falta de oportunidades de trabalho para os jovens, a crise da sociedade de consumo e o colapso dos sistemas de seguridade social europeus, sobre o quê se comenta constantemente nos telejornais. Essa crise empurra o protagonista para a resignação e o questionamento e o jovem para a marginalidade, colocando os dois em confronto, com questionamentos contundentes para o primeiro com relação ao legado de sua vida. O conflito se espraia para todos os que convivem no núcleo dos protagonistas, revelando de um lado o egocentrismo e a falta de sensibilidade para os problemas humanos decorrentes da desigualdade econômica e de oportunidades e de outro uma profunda revisão de conceitos. Filme imperdível para maior reflexão sobre os tais ”direitos humanos” e o sentido de ser Humano. Vale lembrar, no entanto, que o roteiro para tornar mais palatável assunto tão indigesto, optou pela solidariedade fácil que pode ser destinada a crianças, quando poderia ter encarado um desafio mais abrangente, ou seja, a todos os seres humanos, por isso mesmo mais difícil.
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