Um filme que defende a tese que William Shakespeare é uma fraude.
Eu adoro Shakespeare, por isso relutei muito em assistir esse filme. Aliás, ontem relutei também. Sem falar que o diretor é o Roland Emmerich o mesmo dos blockbusters “Independence Day”, “2012”, “O Dia Depois de Amanhã”... gosto de todos, mas pra tratar de um assunto polêmico assim, humm... dúvida.
Conciliando três narrativas diferentes, entre passado, presente e futuro, o filme parece meio confuso, mas com paciência é possível acompanhar a jornada do Edward De Vere, aqui o verdadeiro escritor das famosas peças teatrais.
A reconstituição de época é linda, assim como a fotografia e os figurinos. O elenco principal e os secundários estão ótimos, dando verossimilhança para os personagens, tornando-os críveis. As atrizes que interpretam a Rainha Elizabeth, adulta e senhora, são mães e filhas na vida real e ambas estão hipnotizantes.
No final valeu a sessão.
Curiosidade. O orçamento do filme, de 30 milhões de dólares, foi todo bancado pelo diretor. Louvável! Mas tenho a impressão que se ele tivesse tido a interferência de um grande estúdio o resultado poderia ser outro, talvez para o melhor e resultando em um público maior.
Nota do público: 6.9 (IMDB)
Nota dos críticos: 46% (Rotten Tomatoes)