O filme é uma adaptação do romance "Bitch", de Jie Liu-Falin.
O autor Jie Liu-Falin escreveu a primeira versão do roteiro.
Adaptando o livro, Lou Ye procurou trabalhar com um ponto de vista feminino, pois o romance é uma espécie de autobiografia da autora. A quintessência de um ser e o amor foram os fatores fundamentais na adaptação do romance para o cinema.
Como de costume, o diretor utilizou a camêra nos ombros, para criar um senso de realidade. Essa técnica faz com que o filme tenha um ar de documentário.
Durante as filmagens, Lou Ye busca manter uma fidelidade ao roteiro. Com o processo de montagem ele utiliza uma outra abordagem: concentra-se nas imagens e suas nuances, até esquecer completamente o roteiro utilizado.
O diretor não queria fazer personagens heróicos, pelo contrario, ele buscou criar caricaturas banais, cotidianas, que fizessem parte do dia-a-dia de todos nós.
Essa é a terceira colaboração entre Lou Ye e o compositor Peyman Yazdanian. A música do filme pulsa como uma respiração.
Na maioria dos seus filmes, Lou Ye evoca a sexualidade atormentada e os corpos apaixonados. O amor intenso e outros temas da existência também estão presentes em suas obras.
Lou Ye foi censurado durante cinco anos na China, por ter realizado um filme que falava da repressão do governo e apresentava um forte aspecto erótico.