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    O Mestre
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    3,5
    384 notas
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    61 Críticas do usuário

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    Phelipe V.
    Phelipe V.

    493 seguidores 204 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 3 de março de 2013
    Há grandes obras que geram pequenos momentos que chegam a fazer a vida de cinéfilo valer a pena. Assistir à nova obra-prima de Paul Thomas Anderson é um exemplo absurdo de como o Cinema pode não ser fácil, e mesmo assim, completamente satisfatório. Aliás, muito mais que satisfatório.

    Se em algum momento somos transportados pra fora dessa história, é em seu final. Do início ao fim, a trajetória de Freddie Quell é muito mais que interessante: é hipnotizante. Aliás, pra que esse contágio completo aconteça, não há como não falar sobre a direção de arte genial e a composição de vestimenta de todos os personagens. Tudo absolutamente perfeito. Aliado a isso, existe a fotografia de Mihai Malaimareh Jr., que em diversos momentos situa os personagens dentro de locais, mesmo que fechados ou arejados, dando constantemente uma impressão claustrofóbica. Claro que nada disso seria possível sem o domínio da câmera completo que Anderson tem, como por exemplo, numa das cenas iniciais em que podemos conferir, enquanto Freddie foge de um cliente que havia agredido, uma visão panorâmica de seu, então, local de trabalho. Ou até a cena da prisão, em que o diretor divide a tela pra demonstrar a total diferença entre os dois sujeitos que analisa. E ao longo do filme ele vai usando closes e enquadramentos até, de certa forma, incômodos, como se estivéssemos dentro da história, mas ao mesmo tempo não pudéssemos nos envolver. E nessa abordagem, os personagens são o que são, por si só, atores aos olhos do público.

    Sob as mãos de um cineasta que dirige atores como ninguém faz atualmente, Joaquin Phoenix dá à luz uma performance nada menos que genial. Não tem como deixar de notar os trejeitos construídos por ele enquanto seu Freddie caminha, coloca as mãos nos quadris, fala quase inaudivelmente (demonstrando sua insegurança) ou quando lança um olhar nervoso, ou surta diante de uma situação de descontrole. Importante notar, inclusive, que o personagem, apesar de protagonista do filme, não tem tantas falas, e que, mesmo assim, Phoenix consegue embasbacar a cada cena em que aparece para nos revelar esse individuo tão transtornado.

    Mas Joaquin não brilha sozinho, Philip Seymour Hoffman arrebata a tudo e a todos com a composição da entonação em cada frase proferida por Lancaster Dodd. A construção de personagem não deve nada, e diante disso, está criado um dos maiores duelos performáticos que eu vi nesse milênio entre dois atores em um filme. E ambos estão incríveis, e complementando-se. Não há Dodd sem Quell, e vice-e-versa.

    O que leva, diretamente, à relação entre os dois personagens, e à história que é contada em O Mestre. Embora, no título, a referência nos levar diretamente ao personagem de Seymour Hoffman, somos apresentados inicialmente a Joaquin Phoenix, e só depois a seu tutor. Claro que há uma razão pra isso: criamos um laço com o personagem que é apresentado primeiro, e é evidente que há a necessidade de conhecer Freddie primeiro, uma vez há uma relação quase que de submissão entre ele e Lancaster Dodd.
    Quando confrontado com a personalidade explosiva de Freddie, Dodd vê ali um ser inerentemente animal. Tudo o que ele havia tentado negar até então, com “A Causa”. O que vai gerar um eco numa cena mais próxima do fim do filme, quando Dodd é perguntado sobre uma mudança de foco na religião criada por ele, e fica visivelmente perturbado. A partir do momento em que Dodd enxerga através de Freddie, descobre uma motivação para promover uma transformação em seu, futuramente, pupilo. Sua personalidade naturalmente dominadora, então, quer literalmente “domar a fera”, e leva essa máxima até as últimas consequências.

    Já Freddie vê Dodd como um ser superior e sábio. Talvez por não ter perspectiva na vida. Nisso, a primeira cena de interrogatório entre os dois é muito reveladora. Nela, apesar de Freddie relutar muito pra contar as coisas que lhe são perguntadas, o poder de persuasão do “mestre” e suas técnicas fazem com que as verdades logo venham à tona. E ali, se havia alguma desconfiança, logo se dissipa para temos o início de uma relação quase doentia entre a cria e seu mestre. Um cachorro e seu adestrador. Um animal, e seu criador. A metáfora vai ficando mais forte enquanto o filme avança, alcançando níveis máximos nas sequências da “parede e janela”.

    O que traz, diretamente, a potente e imprescindível personagem de Amy Adams, Peggy Dodd na trama. Interpretada com uma forte e sensacional carga dramática, está aqui a personificação do ditado “por trás de todo homem há uma grande mulher”. Peggy é a alma de Lancaster e a única personagem que oferece alguma influência real sobre o chefão d’A Causa. Ela é a força que o mantém preso às raízes de seu pensamento. As ideias provém dele, as ações partem dela. (“This is something you do for a billion years or not at all”). E mais do que necessário, para criar o mito em cima de seu marido, é que ela apareça pouco na história. Porém, é aí que mora o contraponto: todas as vezes em que surge, é soberana, exercendo controle e colocando Lancaster de volta ao chão (como na cena do banheiro em que o “ajuda”, de formas nada convencionais, a voltar aos eixos). Mesmo que indagando, ou aceitando a vontade do marido, a força motriz da implantação da dúvida é parte integrante de sua função na história.

    O que é explicitado numa cena absurdamente genial, após a discussão em NY quando um homem questiona as coisas em que A Causa se centrava, onde Peggy, fria e calculadamente, diz:
    spoiler: “We will never dominate our evironment the way we should unless we attack.”

    Assim, Peggy, Lancaster e Freddie são, por si só, praticamente uma família. Ele, ao final, cria uma relação praticamente paternal pelo objeto de domínio (e estudo); ela, vê em Freddie um coitado, em busca de sentido na vida, e se coloca totalmente disposta a ajudá-lo; já Freddie, apesar de se rebelar por causa de sua natureza primitiva, cria uma relação quase que amorosa com Lancaster, capaz de levá-lo a fazer atrocidades com pessoas que apenas falem mal de sua obra. Por isso a cena final entre os três elementos da história é maravilhosa. A mise-en-scene, inclusive, cuida de colocar cada um em seu respectivo lugar de forma perfeita. E então, quando Peggy desacredita em Freddie, Lancastar lhe dá um ultimato.

    spoiler: “If you figure out a way to live without a master, any master, be sure to let the rest of us know, for you would be the first in the history of the world.”


    São tantas coisas contidas em “O Mestre” que talvez seja difícil de assimilar em uma primeira assistida.
    É, sem dúvidas, o filme mais truncado de Paul Thomas Anderson, mas o roteiro é tão genial quanto eu poderia esperar. Gosto também das lacunas que são criadas ali, pra que se interprete da forma que achar conveniente. É bom também que seja imparcial com a crença, não só de A Causa, mas como qualquer religião. Afinal, qualquer uma poderia ser tratada ali, não é mesmo? Talvez, por isso, o final tenha sido completamente diferente do que eu esperava. Mais otimista do que eu esperava, mais redentor. Talvez seja até muito atípico na filmografia de Anderson. Ainda assim, provocativo. E não me preocupa a má aceitação do filme. O tempo há de reconhecê-lo.

    Só mais uma coisa a dizer: Paul Thomas FUCKING Anderson, you did it again!

    Obra-Prima!
    Barboza Wagner
    Barboza Wagner

    42 seguidores 58 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 2 de abril de 2013
    O filme é realmente muito bom. Joaquin Phoenix está indiscutível em sua atuação, alias, o elenco esta ótimo em seus papéis. Um filme grandioso, com um belo roteiro, bela fotografia, e diálogos primorosos. Um clássico para nova era. Esse filme é espetacular !!!!!
    Gabriel Pelegrini
    Gabriel Pelegrini

    8 seguidores 85 críticas Seguir usuário

    1,0
    Enviada em 30 de maio de 2020
    Tudo o que esse filme tem é mais uma atuação genial do Joaquin Phoenix. Nada mais. Filme fraquíssimo em todos aspectos. História desinteressante, diálogos sem conteúdo e entediantes, e raros momentos importantes.
    Luciano M.
    Luciano M.

    2 críticas Seguir usuário

    1,0
    Enviada em 1 de março de 2013
    Só uma coisa de boa ficou depois de assistir esse filme, é aquela mensagem de que devemos ser mais humildes e ter uma mente mais aberta em relação a nossa visão de mundo e nas coisas que acreditamos ou abraçamos e de que não existe um manual nem mestres sobre como devemos viver a vida. Mas no geral esse filme foi uma das maiores decepções desse ano, esperava muito mais, mas o filme é um verdadeiro exercicio de paciência e luta contra o sono!!! Cenas longas e desnecessárias!! Tive que parar no meio e depois continuar outro dia!!! Aos que gostaram, ou gostarem... parabéns... são verdadeiros hérois.
    Racine T.
    Racine T.

    1 seguidor 2 críticas Seguir usuário

    1,5
    Enviada em 9 de fevereiro de 2013
    Não se trata de um filme para entreterimento... não gostei nem um pouco.
    Almir S.
    Almir S.

    289 seguidores 214 críticas Seguir usuário

    2,0
    Enviada em 1 de maio de 2013
    FRACO. Fiquei muito interessado no filme que a sinopse dizia se tratar sobre a polêmica da Cientologia, um assunto muito comentado, mas pouco explicado.
    Mas deparei com um filme que mais complica do que explica a cientologia.
    Só não foi ruim, porque teve a excelente atuações de Joaquim Phoenix e de Phillip Seymour Hoffman.
    Enio
    Enio

    8 seguidores 45 críticas Seguir usuário

    1,0
    Enviada em 1 de janeiro de 2014
    Gosto realmente não se discute...Será?!. Tem gente que acha “sublime” algo que só achei extremamente chato e sonolento, embora tenha me esforçado para entrar no “Clima” do filme. Se isso é a tal da Cientologia então Tom Cruise é um idiota mesmo.

    E.G.O
    Carina F.
    Carina F.

    10 seguidores 4 críticas Seguir usuário

    2,0
    Enviada em 23 de fevereiro de 2013
    Idéia boa, boa fotografia, bom figurino e impecáveis atuações. Porém roteiro fraco . O filme se perde e o final é medíocre demais.
    Ulisses A.
    Ulisses A.

    1 crítica Seguir usuário

    1,0
    Enviada em 20 de fevereiro de 2013
    O filme, em seu começo, até o ponto onde Joaquin Phoenix encontra o tal mestre, que no fim não tem nada de mestre, tem um significado um tanto irritante, que todos respondem à alguém, até que é bom. Depois o diretor se perdeu, deixando lacunas, perguntas sem respostas, cenas sem ligação, personagens sem ligação com qualquer coisa, e a loucura de uma pessoa passa a ser o ponto principal. Sem fundamento.

    Temos um elenco de primeiro, num filme que parece ter sido escrito enquanto foi rodado, não deve ser chamado de obra-prima, pois é uma ofensa aos grandes já feitos.

    Essa não é uma crítica à atuação, que a meu ver, ultrapassou o que deveria ser, foi um exagero, uma pessoa daquele jeito, naquela época, jamais estaria nas ruas, sejamos francos, por mais que seja uma obra de ficção (claro).

    O retrato de uma seita, também foi deixado de lado, e a tal cura nunca foi mostrada e tentada em qualquer outro estágio do filme. Por que então somente na criatura que a nada responde?

    Até Amy Adams, isto é, seu personagem, fala, com todas as letras, que o cara não tem jeito, parece um sinal sutil de que produção deveria ir para outros caminhos.

    Enfim, é um texto vazio, com lacunas e sem um final ou algo parecido. Se não for um filme com continuação, que tenha um final.
    Daniel W.
    Daniel W.

    48 seguidores 111 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 3 de julho de 2015
    a atuação de do triou joaquin phoenix, phillip seymour hoffman e amy adams segura o filme interio mais a historia do filme fazer o filme ficar muito na explicação e menos num foco para um diretor que já fez filmes muito melhores como sangue negro um roteiro sem foco ,um fotografia simples um filme bastande simples não tem nada tem novo.
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