Olha, eu não consegui ver o Harry Potter. E isso é ótimo. Vamos a minha visão:
Horns superou minhas expectativas, confesso. E o Daniel também (está mais bonito e espontâneo do que nunca). É um filme fácil de assistir, você não fica pensando consigo mesmo "quando é que vai ficar legal?".
Nós já entramos na trama com um assassinato, do qual Ig Perrish (Daniel Radcliffe) é o principal suspeito. Mais que isso, todos têm certeza de que ele foi o autor do crime. Não entrarei em detalhes, pois isso pode arruinar a graça da investigação. Nosso protagonista é levado a descobrir quem foi o verdadeiro estuprador/assassino de sua amada, Merrin Williams, através de poderes sobrenaturais que lhe são concedidos. E se foi ele? Tudo de que podemos ter certeza numa cidade aparentemente pequena, é que no mínimo foi alguém ligado a ele.
Okay. Trilha sonora: eu simplesmente adorei. Juntamente com as belas paisagens de cordilheiras, grandes lagos, céu nublado e enevoado, uma floresta espetacular... Enfim. Ao mesmo tempo que todo o visual do filme seja docemente melancólico, poeticamente mágico, é também per-tur-ba-dor. Há todo tipo de sujeira, de coisa nojenta e macabra. Eu achei essa junção entre o sublime e o hediondo perfeita.
Mas... Sim, temos um porém. Os diálogos são bastante interessantes, alguns me deixaram embasbacada (outros pareceram mais afetados do que os meus no teatro da escola). A história, bom, eu me peguei de boca aberta, ansiosa pra desvendar os mistérios (porém eles viajaram muito na maionese em algumas coisas). O que eu não gostei tanto foi: os efeitos especiais... Eu não entendo muito disso, mas achei que poderiam parecer um pouquinho mais reais; a novela mexicana ao redor do assassino porque pelo menos pra mim ficou óbvio desde o início quem era (sério, gente, muito óbvio); alguns atores não me convenceram a acreditar no papel deles; e a cena do desfecho do destino do assassino. É um dos primeiros filmes que eu não consigo explicar muito bem, porque possui um misto de emoções e reviravoltas nas escolhas e ações dos personagens. Resumindo: eu gostei, muito bom, mas se eu fosse o roteirista ou o diretor, dava uma maneirada na viagem.