Média
3,8
71 notas
Você assistiu O Homem do Ano ?
2,5
Enviada em 13 de março de 2013
O filme até tem uma história interessante e prende sua atenção mas, o final é muito vago.
2,0
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
Apesar de ter vários fatores no filme que indicam que teve algumas idéias chupadas do classico Taxi Driver, foi um bom filme com boas atuações. Isso prova que o Brasil, agora com investimentos estrangeiros, ainda vai dar muito o que falar no cenário mundial."
2,0
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
Os filmes produzidos pela Conspiração sempre tiveram por característica a exuberância técnica, sem deixar nada a dever aos melhores filmes estrangeiros em relação a fotografia, direção de arte e outras características técnicas de um longa-metragem. Em "O Homem do Ano" esta tradição foi mantida e pode-se perceber nitidamente o "padrão Conspiração de qualidade". Porém o que há de mais interessante é justamente a premissa do filme: a morte de um bandido devido a uma briga de bar, que faz com que seu assassino se transforme num verdadeiro ídolo local. Trata-se de uma premissa tipicamente brasileira, que retrata um fenômeno social cada vez mais presente no país. Já que o Estado é incapaz de solucionar os problemas da violência, a própria população saúda quem resolva este problema, mesmo que seja sem querer. Só este foco já é motivo para muito debate e é justamente a partir daí que a trama de "O Homem do Ano" se desenvolve. Sem entender muito bem o que está acontecendo, Máiquel instantaneamente se transforma de homem comum a ídolo local, sendo paparicado por todos e procurado até mesmo por pessoas influentes. A normalidade do meio com relação ao assassinato de início causa estranheza, até que o próprio público também se acostuma com o fato. E é a partir deste momento que o filme começa a perder seu ritmo. Enquanto esta situação causa surpresa "O Homem do Ano" é um grande filme. Diverte, impressiona e surpreende na medida certa. Mas a partir do momento em que toda aquela situação se torna corriqueira, quando Máiquel abraça de vez a profissão de matador, o filme perde interesse aos poucos. Fica ainda o modo como se desenvolve o relacionamento de Máiquel e a elite da sociedade, representada pelos personagens de Jorge Dória, José Wilker e Agildo Ribeiro, que também é motivo de debate após a sessão. Mas é pouco pelo que o filme apresenta em sua primeira metade. No geral "O Homem do Ano" é um bom filme, que conta com um elenco competente e um roteiro bastante interessante. Um filme para ser visto e, após a sessão, debatido sobre os temas levantados.
2,0
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
O filho do escritor Ruben Fonseca (que assina o roteiro adapatado do livro "O matador", de Patrícia Mello) debuta atrás das câmeras com este filme perturbador, no bom sentido, é claro. Um dos fatores mais assustadores é como ações fortuitas podem forjar assassinos e violência. Máiquel (o sempre limitado Murilo Benício, que não consegue mudar aquele rosto que procura a Jade pelos desertos marroquinos) é um típico perdedor que mora na Baixada Fluminense. Sua vida dá uma guinada quando ele perde uma aposta para o primo e tem de pintar os cabelos de loiro. Ao ser chamado de "bichinha" loira por um delinqüente no bar que a sua turma frequentava, Máiquel compra uma arma e, no dia seguinte, mata o seu detrator. Como o assassinado era um bandido que prejudicava os comerciantes da região, Máiquel tornou-se um herói na sua região. Ganhou o que jamais imaginara: notoriedade. O passo seguinte na vida do nosso anti-herói foi se deparar com o dentista Carvalho (Jorge Dória), que propôs cuidar dos dentes cariados de Máiquel desde que este eliminasse o estuprador de sua filha. Se a princípio Máiquel ainda desejava ser um homem normal, casar, ter família, etc, quando ele passou a ser utilizado pela classe média e pelos comerciantes da Baixada Fluminense como "o matador", não havia mais retorno. Ele chega a matar inclusive a sua ciumenta esposa Cledir (Claudia Abreu). Com os seus amigos, incluindo o excelente Lázaro Ramos, forma uma empresa de prestação de segurança para os comerciantes locais. Recebe as honras de ser considerado o homem do ano pela sua comunidade. O maior mérito do diretor José Henrique Fonseca foi colocar o dedo na ferida do câncer que afeta a sociedade brasileira, da mesma forma como Fernando Meirelles fez em "Cidade de Deus". A trilha sonora de Dados Villa-Lobos acentua o clima sombrio que marca o filme. É claro que tem muitas situações cômicas, principalmente os pensamentos do dono do "pet-shop" onde Máiquel trabalha durante alguns dias. O objetivo de José Henrique, no entanto, não era arrancar risos escancarados das platéias, mas sim, cutucar, provocar. Sem dúvidas, seu êxito foi total.
Quer ver mais críticas?