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    Ferrugem e Osso
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    4,2
    204 notas
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    33 Críticas do usuário

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    Kamila A.
    Kamila A.

    7.527 seguidores 803 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 4 de junho de 2013
    “Ferrugem e Osso” é mais do que o título do filme dirigido pelo francês Jacques Audiard. Não vamos saber logo de cara, uma vez que isso será desnudado aos poucos pelo roteiro, mas essas duas características resumem os dois personagens principais da obra: Stéphanie (Marion Cotillard) e Alain Van Versch (Matthias Schoenarts). Eles se conhecem após Stéphanie ser vítima de violência na boate em que Alain trabalha como segurança. O relacionamento que surge entre eles será atípico, porém o que iremos testemunhar no decorrer dos 120 minutos do filme é a transformação dos dois depois da vivência de acontecimentos que poderiam mudar ou, neste caso, mudaram as suas vidas para sempre.

    Stéphanie tem as suas duas pernas amputadas depois de sofrer um acidente em seu ambiente de trabalho (ela treinava baleias em um show tipo o que é apresentado no Sea World, parque temático que fica localizado nos Estados Unidos). Para ela, a readaptação à nova vida será muito difícil e a impressão que temos é a de que ela vive em uma permanente inércia, sem saber direito como reagir a tudo aquilo que lhe aconteceu. Quem irá exercer um papel fundamental para a recuperação de Stéphanie é Alain, com quem ela, aos poucos, vai deixando de ser “enferrujada” (para fazer uma analogia com o título do filme) em relação aos vários aspectos de sua – nova – vida.

    Por outro lado, Alain é um osso duríssimo de roer. Desempregado e pai solteiro de um filho de cinco anos, ele encontra abrigo na casa de sua irmã. Vivendo de bicos e complementando sua renda em lutas disputadas sem qualquer condição, digamos, profissional, Alain é um reflexo da realidade cheia de dor a qual se acostumou. A consequência disso é que ele não consegue dar amor àqueles que estão ao seu redor, sendo duro com seu filho e se relacionando de forma puramente passional com as diversas mulheres que entram na sua vida – incluindo, Stéphanie. Pela forma como ocorre, a transformação de Alain é uma prova concreta de que, às vezes, só mesmo um grande baque da vida para nos fazer acordar de vez.

    “Ferrugem e Osso” é um filme que, esteticamente, difere muito de “O Profeta”, filme anterior dirigido por Jacques Audiard. De uma certa maneira, no entanto, os dois longas possuem o mesmo tema central: as mudanças internas pelas quais passam os personagens centrais – apesar de “Ferrugem e Osso” não ser tão impactante quanto “O Profeta”. Mesmo assim, o filme de Audiard chama a atenção pelo silêncio que permeia as cenas (muito bem pontuado, diga-se de passagem, pela trilha sonora de Alexandre Desplat) e que são decorrentes do fato de que Stéphanie e Alain internalizam muito seus sentimentos. Essa característica facilita muito a performance dos dois atores. Tanto Marion Cotillard, quanto Matthias Schoenarts estão excelentes como os protagonistas de “Ferrugem e Osso”, na medida em que se comunicam perfeitamente com a plateia por meio de gestos e olhares.
    Rafael A.
    Rafael A.

    22 seguidores 40 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 4 de maio de 2013
    Sempre entendi que Cannes é um festival que olha muito mais para o lado artístico do que o Oscar, que por sua vez, é uma das maiores premiações do mundo do cinema, porém só tem olhos para o mercado americano, o que, de uma certa forma o limita. Cannes em 2012 premiou e mostrou para o mundo obras mundiais que valeriam oscars, e muita atenção, este é o caso de “Ferrugem e Osso” (De rouille et d’os ou Rust and Bone).

    O filme competiu pela Palma de Ouro no Festival de Cannes em 2012 assim como também foi indicado ao SAG Awards e recebeu duas indicações ao Globo de Ouro, duas indicações ao BAFTA e nove indicações ao César, vencendo quatro. Ou seja, o filme focou em premiações mais artísticas, e ganhou notoriedade por isso. Talvez, não tenha entrado na seleção de melhor filme estrangeiro, por ser francês, e consequentemente estar concorrendo com Intocáveis e Amor, mas de qualquer forma, é um filme que merece elogios e que não fica atrás destes 2.

    “Ferrugem e Osso” se passa no norte da França, quando um rapaz, Ali, com seu filho pequeno, resolvem se mudar para tentar melhorar de vida. Ali é boxeador e vai morar com a irmã. Ele decide começar a trabalhar como segurança e vigia noturno para juntar uma grana. Em um destes trabalhos ele conhece Stephanie, uma jovem revoltada e até um pouco infeliz que Ali acaba ajudando após uma briga na boate onde ele trabalha. Após ajuda-la, Ali deixa um cartão com a moça e se dispõe a ajuda-la quando precisar, pouco tempo depois, Stephanie, que é treinadora de baleias, sofre um acidente de trabalho e acaba perdendo as 2 pernas. Confusa, perdida, solitária, triste e depressiva, ela resolve ligar para o segurança afim de conversar e tentar melhorar, é aí que surge um relacionamento que muda a vida dos dois.

    O filme não tem muitos rostos conhecidos do grande público, mas podemos ressaltar a bela Marion Cotillard, que trabalhou recentemente em “Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge” e também em “Contágio”. Ou seja, atriz francesa que já mostrou bem seu talento em Hollywood. Porém em “Ferrugem e Osso”, Marion mostra seu talento, sua arte. Se em alguns filmes americanos, vemos atores muito bons serem pouco aproveitados por serem estrangeiros (caso do Rodrigo Santoro), em uma produção “nacional” o ator recebe linhas do roteiro que privilegiam seu talento, e sem dúvida, este é o caso de Marion aqui. A atriz que encarnou Stephanie, tem que levar as telas essa mulher, bela e sedutora, que perde as duas pernas e tem sua vida completamente alterada, ou seja, elementos como desespero, angústia, felicidade, pequenas conquistas, precisam estar inseridos lá, e Marion nos leva a isso sem ter a menor dificuldade.

    Além dessa agradável surpresa, o filme se destaca por ter uma fotografia lidíssima! Você poderia se perguntar, o que é Fotografia dentro do cinema? Bom, de uma maneira bem resumida, imagine uma cena de algum filme pausada, e coloque essa cena em um porta-retrato, pois é, essa seria a Fotografia do filme. As vezes o filme tem cenas tão marcantes e belas, que da vontade de fazer um poster com ele, e “Ferrugem e Osso” tem essa peculiaridade, acho que chama muito a atenção simplesmente por ser um filme simples, sem grandes orçamentos ou efeitos especiais, e ele ganha muito com a fotografia. Cenas como Stephanie sendo carregada depois de nadar no mar, ou logo no início do filme quando Ali vai para a casa de sua irmã, nos dão uma sensação de encanto e beleza. Simplesmente é belo demais.

    “Ferrugem e Osso” tem um roteiro muito bem escrito e uma narrativa muito boa. Nos leva de tensão e tristeza, a paixão e encanto, é um filme que encanta pela sua beleza visual, mas que tem uma história muito simples e real, o que nos aproxima da história e nos envolve nela. Sem dúvida, é um ótimo filme que me motiva a buscar mais conteúdo que é indicado a Cannes e outros prêmios mais “alternativos”. “Ferrugem e Osso” é um filme que merece ser visto, e diga-se de passagem, o cinema francês realmente cresceu e se desenvolveu muito nos útlimos anos, merece nossa atenção.
    Ric Brandes
    Ric Brandes

    116 seguidores 102 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 20 de junho de 2013
    Ferrugem e Osso traz uma história forte e marcante de um romance lapidado pela vida. Um pai desempregado que luta para criar seu filho e, em meio a uma confusão inesperada, encontra uma bela treinadora de orcas. Em pouco tempo, um acidente mudará para sempre suas vidas e guiará seus destinos.

    Com ótimos efeitos especiais, realizados no corpo da atriz Marion Cotillard, e momentos de grande emoção, o filme alterna entre tristezas e alegrias, sucessos e decepções.

    Destaque especial para a cena do reencontro da treinadora com a baleia, um dos momentos mais profundos do filme. Ferrugem e Osso também faz parte do Festival Varilux de Cinema Frances 2013 e merece elogios pela ousadia criativa do conjunto roteiro/direção/elenco.

    Por Ricardo Brandes / Escritor
    Barboza Wagner
    Barboza Wagner

    42 seguidores 58 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 2 de abril de 2013
    Esse filme é esplêndido. Uma historia muito bem contada, um filme muito bem produzido, dirigido e atuações primorosas. Isso tudo faz com que esse filme seja um dos melhores dos ultimos dez anos. É incrível a forma que abordam o tema e como desenvolve até o final.
    Um filme para se ver e rever !!!!
    Eduardo B.
    Eduardo B.

    14 seguidores 67 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 26 de março de 2013
    Acabei de assistir e achei um filme bom, tenso e emocionante em várias cenas, tem outras muito desnecessárias, e que não precisavam estar no filme, mas na hora marcante, você se surpreende e se identifica com o personagem...
    Patricia H.
    Patricia H.

    6 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 10 de março de 2013
    Minhas expectativas para ''Ferrugem e Osso'' eram as maiores possíveis. O próprio título cria um certo vínculo emocional com o público,a história mais ainda. Mas infelizmente o filme deixou a desejar em diversos momentos,como exemplo as constantes cenas de sexo explícito (que no caso não censuram parte alguma do corpo),e principalmente a falta de conexão entre os personagens... O filme se salva graças a atuação brilhante de Marion Cotillard,que esbanjou talento nesse filme,especialmente nas cenas em que mostravam suas pernas amputadas,os momentos de dor e depressão que teve de passar devido ao acidente,até os momentos de força e superação da personagem. Ferrugem e Osso tem uma temática forte e atrativa,mas se não fosse pela Marion...
    Phelipe V.
    Phelipe V.

    493 seguidores 204 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 4 de março de 2013
    Quando um filme com um tema tão forte é lançado, sempre se espera demais. Com Ferrugem e Osso, espera-se mais ainda quando se vê todos os nomes envolvidos pra levar aquela história às telas. Jacques Audiard já provou o quão cineasta competente é, e esse novo filme, talvez seja a comprovação disso. Sem dúvida alguma, Ferrugem e Osso é seu filme mais sóbrio e maduro.

    Engana-se quem vá para o filme esperando ver um daqueles dramalhões que nos fazem chorar a cada frame. O longa de Audiard vai muito além: nos convida a refletir sobre os dois protagonistas, por meio de diversas cenas poéticas, sutis e cheias de metáforas - a exemplo da cena em que Stephanie, mesmo não concordando com aquilo tudo, sai do carro para que Alain, ao vê-la, tome um novo fôlego e consiga atingir seu objetivo naquela luta, que lhe parecia tão impossível de ser vencida.

    Os protagonistas, aliás, são de aplaudir de pé. Matthias Schoenaerts é um cara absolutamente promissor, que já havia chamado atenção em Bullhead, e aqui, só faz afirmar o seu talento. Ele consegue dar vida a esse homem forte, bruto e com uma sensibilidade sempre interna, e jamais aflorada, com perfeição. Tanto nos momentos em que ele solta sua ira, quanto nos momentos em que ele está sofrendo por algum motivo, a performance em tela é primorosa.

    Dito isso, não há como não comentar o grande destaque desse filme. Marion Cotillard é uma das atrizes mais versáteis do Cinema atual, e aqui, talvez entregue uma das melhores atuações de sua carreira. A personagem é forte, e é possível, realmente, ver uma atriz entregue, de tal forma, que mesmo conhecendo suas faces cênicas de todas as formas possíveis, compre, torça e sofra junto com Stephanie. Sem poder fazer uso de suas pernas, ela usa e abusa de todas as nuances que poderia usar e experimentar aqui. E em certos momentos, Marion atua apenas com o OLHAR!!!! E não são expressões simples, são expressões em que podemos ver, perfeitamente, o conflito interno pelo qual a personagem está passando naquele momento, e assim, entendermos toda a situação abismal a que ela é obrigada a atravessar. Mais um trabalho genial de uma atriz que só se supera.

    Os efeitos que nos fazem comprar toda a ideia do filme também são irretocáveis. Aliados à atuação de Cotillard, em certos momentos até esquecemos que aquela atriz tem os membros inferiores na vida real, tamanha fidelidade de detalhes. Ao passo que a trilha-sonora de Alexandre Desplat embala momentos maravilhosos do filme de forma magistral, por mais que o estilo de direção de Audiard chegue a tentar incomodar com o excesso do uso de câmeras lentas, sem necessidade aparente.

    Ao final, é perfeitamente possível perdoar se o filme fica, por vezes, indeciso acerca de algumas abordagens dramáticas sobre os rumos de seus personagens, quando notamos que há construção de uma história de superação muito bela ao longo da obra. Stephanie teve que superar a falta das pernas, e teve que reaprender a viver, e reencontrar a beleza na vida, por quê não? Alain teve que evoluir como pai, como homem, como ser-humano ao ser obrigado a compreender o drama de sua, aos poucos, companheira, e principalmente, ao ser colocado frente a frente com a possibilidade que o fez perder o controle e ter grande crescimento pessoal: perder a principal pessoa que o fazia colocar os "pés no chão" e não pensar só em si mesmo. E é muito recompensante quando um filme faz surgir tantas reflexões em meio a uma ideia tão bonita e genuína: a vida continua.
    Amanda G.
    Amanda G.

    12 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 12 de fevereiro de 2013
    Ótimo filme. Adorei o filme, a história se encaixa, flui com naturalidade. Como expectadora fui levada para dentro do filme. Me senti a própria Stéphanie.
    Mas ainda assim, me deixou com a sensação de que as atuações podiam ser mais intensas (e olha que foram muito boas) para me passar uma sensação de mais realidade ainda.
    Tô querendo muito?
    Eduardo P.
    Eduardo P.

    80 seguidores 98 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 12 de março de 2013
    Esse filme é muito bonito. Mesmo contendo momentos dificeis e pessados, a direção e o elenco, especialmente, Marrion (que deveria ter sido indicada ao Oscar) sabem como executa-las sem forçar a barra e ainda transmitir beleza, sem exageros. O roteiro, horas cru, horas poético também é uma beleza à parte.
    Alexandre M.
    Alexandre M.

    4 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 10 de janeiro de 2013
    História emocionante de amor/amizade que não esbarra na pieguice. Marion Cotillard e Matthias Schoenaerts têm atuações viscerais. O roteiro dinâmico e bem amarrado fazem o filme, mesmo longo, passar de forma agradavel e prazerosa de assistir. Filmaço.
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