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Cid V
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3,5
Enviada em 30 de julho de 2020
Reinfeld (Frye) vai aos Carpátos a convite do Conde Drácula (Lugosi), embora advertido pelos aldeões sobre os riscos que sofrerá. Hipnotizado pelo vampiro, Reinfeld se torna um importante elemento de apoio na sinistra travessia empreendida pelo Conde de barco até Londres. Após transformar Lucy Weston (Dade) em vampira, Drácula se torna obcecado por sua amiga, Mina (Chandler), noiva de John Harker (Manners). O pai de Mina, Dr. Seward (Bunston) chama um especialista, Dr. Van Helsing (Van Sloan), que descobre se tratar de um caso de vampirismo.
Mais em: https://magiadoreal.blogspot.com/2020/07/filme-do-dia-dracula-1931-tod-browning.html
A primeira versão norte-americana de um dos personagens mais icônicos do mundo, Conde Drácula, veio não só como uma das mais marcantes adaptações da obra de Bram Stoker, como também uma das mais reconhecíveis. E isso, mesmo após 85 anos, continua sendo justificável inteiramente em cima do talento do húngaro Bela Lugosi, que ao lado de outros mestres do gênero (como Boris Karloff, Christopher Lee, Peter Cushing, entre muitos outros) fez história no legado do personagem e transportou para as telas de cinema uma versão macabra, e ainda assim sensual do Conde, como todos nós hoje em dia estamos acostumados a conhecer. A direção de Tod Browning também deve ser lembrada, levando em conta que o cineasta soube balancear muito bem a narrativa, mostrando o personagem título apenas em momentos oportunos, sem utilizar exageradamente essa figura tão carismática e misteriosa. O ritmo do longa, na verdade, é um dos poucos que se mantêm em uma qualidade considerável por toda a duração, ao contrário dos conseguintes "Monstros da Universal" que virão a dominar as telas de cinema como uma febre nas décadas de 30 e 40.
Há muito tempo atrás em 1931 era feito um grande clássico do cinema com Bela Lugosi que realmente encarnou o personagem do vampiro , por um todo retratou durante uma época em que as pessoas tinham medo desta lenda e hoje , ainda hoje um clássico do terror nem se tem o que dizer sobre esta obra spoiler: é uma pena que hoje em dia a lenda do vampiro tenha sido banalizada , mas o conde drácula é perfeito , sua história é pobre mas o personagem é muito rico em detalhes ÓTIMO !!
O ritmo lento e o comedimento cênico do filme articulam bem o desconforto perante a presença do vampiro. Seus trejeitos são bastante peculiares na contradição de possuírem certa afetação, mas sempre aliada a uma austeridade que não permite todo o desenvolvimento de uma performance física. Sobram expressões faciais amedrontadoras, entonação amaneirada, porém tudo possui um ritmo tão pausado, circunspecto, que emana estranheza. Podemos sentir realmente uma força, desejos macabros nesse personagem e sua luta para controlá-los em certas situações.
A ausência de trilha sonora, também ausente em Frankenstein, aponta para um realismo das cenas, aqui ainda mais ampliado do que no filme de James Whale, por conta dessa mise-en-scène mais lenta. O próprio uso de fusões entre as cenas contribui para um fluxo que mantém seu ritmo comedido.
Se, por um lado, o ritmo do filme favorece na construção da atmosfera em torno de Drácula, torna-se prejudicial quando o horror cênico não atinge a ampliação esperada. Se essa circunspecção funciona nas relações muito próprias de um vilão buscando conter seus desejos primitivos, não consegue articular nada muito significativo nas resoluções das cenas.
Isso fica mais evidente quando todo o núcleo familiar que cerca Mina, a personagem de Helen Chandler, possui uma dinâmica genérica dos primeiros filmes sonoros, em que situações que poderiam muito bem ser resolvidas através da imagem, tornam-se redundantes pela necessidade de verbalização do texto. Além da insipiência dramática dessas cenas em si, o contraste disso com a figura contida do vampiro não imprime dialética relevante.
A sequência final torna-se somente um desfecho protocolar, em que fica clara a dificuldade de Tod Browning em retirar algo a mais dessas dinâmicas entre os personagens. Assim como em Frankenstein, acaba sendo uma resolução muito confortável, que reassegura o espectador em suas poltronas, e torna a presença do monstro um mero inconveniente, episódio breve na vida fútil destes personagens de pouca simpatia.
Em "Drácula", Béla Lugosi encarna a versão mais famosa do já conhecido Conde Drácula, com seu toque charmoso consegue deixar qualquer um hipnotizado pela figura do vampiro.
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