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    Gigantes de Aço
    Críticas AdoroCinema
    3,5
    Bom
    Gigantes de Aço

    FÓRMULA DA REDENÇÃO

    por Roberto Cunha

    Imagine jogar num caldeirão elementos dos clássicos O Campeão (1979) e Rocky, Um Lutador (1976). Adicione também a linguagem dos jogos eletrônicos e o hip hop nascido nas ruas americanas. Se você achou a mistura um tanto quando confusa, saiba que ela dá "liga" e de campeões.

    Estrelado por Hugh Jackman, este filme produzido pela DreamWorks de Steven Spielberg não dá ponto sem nó, explorando estas vertentes (e outras) para entregar ao espectador uma aventura familiar capaz de emocionar os corações mais fragéis e ainda entreter quem procura ação limpa de sangue e suja de óleo.

    A história se passa em um futuro próximo onde as lutas de boxe não são travadas entre seres humanos e sim através de robôs enormes. Neste cenário, Charlie (Jackman) é um ex-boxeador falido, tem uma relação delicada com Bailey (Evangeline Lilly) e se vira para sobreviver, usando máquinas ultrapassadas. Para completar a bagunça, foi chamado pela Justiça para assumir a guarda de um filho que náo tinha contato. Só que Max (Dakota Goyo) é uma fera nos video games e pode ajudar o pai na tarefa de treinar Atom, um antigo robô de olhos azuis meio tristonhos. Ou seja, o que inicialmente foi visto como problema vai, aos poucos, se transformando em solução.

    Dentro deste contexto, não espere ouvir diálogos reflexivos ou imagens memoráveis. O que se ouve e vê são sequências bem montadas, vilões exagerados (beirando o infantil) e também duelos épicos entre robôs cheios de truques. Os momentos de dança são fracos, assim como o conflito entre os personagens principais, mas funcionam. "Você merece coisa melhor", diz o pai numa frase pra lá de clichê.

    Entre as curiosidades, vale destacar a citação do Brasil, com direito a imagem da bandeira nacional, além da conexão estabelecida entre a falência do Boxe tradicional com o crescimento do M.M.A. (antigo Vale-tudo), quando o personagem principal cita o Jiu-Jitsu brasileiro, a família Gracie, etc. Já se fala isso mesmo no mundo real. Dirigido por Shawn Levy (Uma Noite no Museu), o longa tem música do competente Danny Elfman (Gênio Indomável) e ainda Limp Bizkit, Eminem, 50 Cent e Crystal Method na trilha sonora, entre outros.

    Assim, usando e abusando de pequenos golpes "baixos", o roteiro vai plantando situações para que a torcida (na poltrona e na própria trama) não pare de crescer. Estão lá as lembranças, as derrotas, conquistas, dentro e fora dos ringues, um menino (como diriam elas) fofo e ainda um homem frio, sem sentimentos e o seu devido momento de redenção. Não tem erro. É puro entretenimento em fórmula testada e aprovada no melhor laboratório do ramo: as bilheterias.

    Assista o trailer, veja imagens e curiosidades em Gigantes de Aço.

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    Comentários

    • Gilmario S.
      Pense em um cara chato e teimoso, agora multiplique 10. Bem, esse é Charlie. Filme, despretensioso e irritante, Charlie e culpado pelo próprio fracasso e por mais que teve um mero final feliz ele continua um grande fracassado. Não valeu meu tempo.
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