Apaixonados em Nova York: Crítica AdoroCinema

Estranho. Com uma única palavra é possível definir este filme estrelado por Freddie Prinze Jr. e Chris Klein. Na história, Owen (Prinze Jr.) é uma aspirante a cineasta e Ray (Klein) é baterista de uma pequena banda. Em comum, os dois têm o gosto pela bebida e as festas. Amigos de longa data, suas vidas estão totalmente bagunçadas. Enquanto um passa por uma crise existencial, com problemas no amor e no trabalho, o outro, "existe" numa crise constante, bebe loucamente, e tem dificuldade para se dar conta de que o tempo passou e não é mais um menino.

O que pode incomodar o pessoal da poltrona mais exigente é a ausência de um norte no roteiro, que tem piadinhas fracas e não sabe se é sério, ao discutir as relações, ou se é nonsense, ao colocar os personagens em situações absurdas como uma hospedagem "regada" no famoso hotel Four Seasons. Isso sem contar a liberação de flatulências entre amigos ou o estereotipado motorista do festival, pilotando um carro velho, entulhado de papéis. Numa cena, o cara sai com a papelada na mão sem a menor necessidade, só para ficar confuso e engraçado (?). Duro de rir. Triste de ver. No texto existem várias citações como "O Hobbit", mas a curiosidade mesmo vai para a presença do ator Wallace Shawn (o Rex de Toy Story), como ele mesmo e a citação de A Princesa Prometida (1987).

Escrito e dirigido pelo ator Frank Whaley (o tal motorista citado acima), Apaixonados em Nova York fica o tempo todo no meio do caminho e com as interpretações fracas isso fica ainda mais evidente. O destaque vai para a cena final que "em busca da emoção perdida" quase se transforma numa declaração de amor homossexual, que seria totalmente fora do contexto. Enfim, se a ideia era discutir a famigerada Síndrome de Peter Pan, quem escreveu precisa da Sininho para acordá-lo e mostrar o caminho certo para não se perder em Nova York. Alô diretor/roteirista!? Onde está Whaley?