Todos (ou quase todos) gostaram. Todos, menos um. Este um sou eu. Na verdade (e à primeira vista) achei o filme uma grande bobagem, do inicio ao fim, com exceção da atuação de Pablo Sandoval (o ator Guilhermo Francella). Vencedor de varios premios, incluindo o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2010, "O Segredo de (ou dos) Seus Olhos", foi baseado no romance "A Pergunta de Seus Olhos", de Eduardo Sacheri, que escreve o roteiro com Juan José Campanella, o diretor. O filme foi lançado em 2009.
Fico me perguntando se todos gostaram (todos, menos um), porque gostaram mesmo ou porque o filme levou o Oscar e também porque um monte de outros gostaram antes. Sempre me pergunto a esse respeito e lembro de uma das minhas fhrases, que diz assim: "Todo mundo gostou é argumento que, no meu caso, não se aplica, não me convence e muito menos me intimida!".
Já no título empaquei, pois não entendi a relação do título com o filme. Sim, vou assistir mais uma vez, porque devo estar com alguma dificuldade.
Além do título, um romance tolo, entre a chefona e o subalterno que tenta manter os românticos ligados. Bobagem completa que culmina, no final, com a cena cata-lágrimas, na partida do trem, exatamente igual ao que eu já tinha visto (na cena do bonde), em "Dr. Jivago", esta dirigida por David Lean.
Há outra tentativa de segurar o filme: a morte de uma mulher e a dor do marido, o que sensibiliza o mocinho do filme. Este promete ajudar o enlutado a encontrar o assassino, mesmo inguém sabendo onde ele está nem mesmo a policia. Ninguém sabe, mas o mocinho e o amigo dele, sim, e o encontram num estadio de futebol. Vou repetir: o suposto assassino é encontrado, não pela policia, mas por dois sujeitos, num estadio de futebol lotado. E é um estadio argentino! Imaginem o número de torcedores que lá havia. Mas, mesmo assim, os dois o encontram. Quase vomitei , também nessa parte, embora um monte de gente tenha achado o filme uma maravilha.
A chefona, que mantém um romance secreto (e tolo, repito) com o mocinho do filme, é uma mulher bonita, determinada, segura, com postura invejável. Ela controla todos os homens do escritorio, mas... Quando está cara a cara com o suposto assassino, num interrogatorio, a mulher dá um verdadeiro show de baixo nível, ofendendo e desafiando o suposto assassino, que chega a sacudir a genitalia para ela. Que conversa mole, caramba!
O amigo do mocinho (excelente ator) é assassinado, por engano, mostra o filme. O alvo seria o mocinho do filme. Mas os assassinos nunca voltaram para assassinar o homem certo. Como pode uma coisa dessas? O papel e os roteiros de cinema aceitam qualquer coisa, já notaram?
O suposto assassino é solto porque passa a integrar o sistema ditatorial que havia no país na época. Vira capanga dos ditadores, delator e coisas do gênero. Tudo isso ajuda no enredo, pois eles têm a ditadura argentina como base para mais essa bobagem. Ou seja, tolice o tempo todo. E tem mais... Anos depois, esse suposto assassino é morto por alguém. Até minha avó, surdinha e quase cega, já sabia quem foi o assassino do suposto assassino. Que coisa! E o filme foi considerado "o melhor da vida" de alguns.
Sim, vou rever o filme, como sempre faço, e volto, para editar este texto, se for o caso. Eu só comento filmes que vi, por inteiro.