E hoje minha atenção vai... para Jordan Vogt-Roberts e um dos filmes em que eu estava mais empolgado para assistir em 2017, confesso eu não me arrependi, esse filme esbanja beleza, excelência e extravagancia nas cenas de ação, que por sua vez foram MUITO bem realizados. Foi apresentado um elenco com muitos nomes conhecidos, o que despertou ainda mais a curiosidade para ver o desenvolvimento do roteiro. Confesso que fui com grandes expectativas ao cinema visto que atualmente os estúdios estão participando de uma corrida tecnológica e aprimorando cada vez mais os efeitos especiais, que unidos com grandes confrontos, explosões e salas 3D causam uma imersão absurda.
Logo no pôster do filme podemos observar uma referência do diretor, que fica cada vez mais nítida no desenvolvimento do filme: Apocalypse Now (um grande filme de guerra 1979).O filme se inicia muito bem, com uma introdução digna de um mantra de Hollywood, apresentando uma proposta diferente do tão referenciado King Kong (2005) de Peter Jackson, deixando de lado a história clássica, partindo para um prelúdio .O filme se instala em 1973, assim que os EUA deixa a guerra do Vietnã, No início da linha principal da história comecei a duvidar um pouco do roteiro, foram introduzidos junto aos personagens principais, um monte de coadjuvante que lá na frente veremos que são descartáveis, tudo isso para visitar a misteriosa Ilha da Caveira.
O suspense criado, os helicópteros de guerra usados para entrar na ilha e uma beleza natural de tirar o fôlego enquanto sobrevoavam o arquipélago, foi uma cena marcante, mérito de um orçamento de 180 milhões de dólares, provocando a imersão do espectador, então veio a aparição de Kong, digna de assistir com pipoca e guaraná, surpreendendo a todos os protagonistas enquanto jogavam bombas em seu território. Foi a melhor cena do filme, impressionando com o seu poder, tamanho e uma força absurda capaz de arremessar um helicóptero como se fosse feito de papel.
Após a melhor cena do filme, realmente se iniciou a trama na Ilha da Caveira, confesso que estou me perguntando até agora, como um filme que tinha tudo para estar em um dos melhores do ano, com um elenco talentoso e um cenário de tirar o chapéu, conseguiu a façanha de ter o desenvolvimento do roteiro que beira ao ridículo! O roteirista o senhor Max Borenstein, conseguiu destruir toda a expectativa de excelente filme que apresentou no primeiro ato, e digo mais, se o filme dependesse apenas desse roteiro decadente ele seria com toda certeza um completo fracasso.
O roteiro foi de "excelente para bom de bom para ruim de ruim para mal e de mal para pior” nenhum personagem fechou qualquer tipo de laço com o público, metade do elenco morre e o pior, algumas mortes foram criadas em cenas sem qualquer tipo de explicação, a não ser para colocar mais "ação" no filme. Mais da metade do elenco poderia ser tranquilamente descartada sem afetar em absolutamente nada, e mesmo atores principais como:James Conrade (Tom Hiddleston) e Mason Weaver(Brie Larson) com um talento fora do normal, não serviram para salvar em nada o filme, Preston Packard(Samuel L. Jackson) serviu sim..., se me perguntar pra que ? eu respondo..., para tomar as decisões mais absurdas, loucas, incoerentes que beiram ao constrangimento, resultando em mais e mais mortes.
O fim do filme volta com uma boa luta, clara e óbvia, mas que diverte, é quando a excelência dos efeitos especiais fica mais uma vez nítida, No geral o filme foi fraco me fazendo pensar no próximo passo do cinema, que serão estúdios com tecnologia ponta de linha sendo possível fazer qualquer coisa. O que irá realmente fazer a diferença nesse mercado serão roteiristas, coerentes, talentosos e principalmente ousados, com a junção disso poderão fazer os melhores e mais modernos sucessos.