Cowabungaaaaa !!!!
Nostalgistas de plantão sempre se empolgam quando algum estúdio de hollywood divulga a produção de filmes baseados em desenhos ou séries consagradas. Quando Michael Bay anunciou que produziria um live action das famosas TARTARUGAS NINJAS, houve certo rebuliço por conta das expectativas. Muito disso em função da fama conquistada pelos personagens nos anos 80 e 90, o que gerou uma ansiedade natural.
Como fã confesso do quarteto, só não curti a idéia de Megan Fox como April O'Neil, mas já criei altas expectativas sobre o filme. Principalmente por se tratar de uma produção com orçamento razoável e uma equipe experiente no comando.
O roteiro mostra a evolução das tartarugas até atingir o status de criaturas gigantes e habilidosas na arte do ninjitsu, como o mestre Splinter as acolheu e treinou até a fase adolescente. Claro que o surrealismo dessas circunstancias nunca é questionado, principalmente porque as explicações acabam fluindo de forma crível e cronologicamente aceitáveis. Os personagens são mostrados em várias de suas fases, ainda que rapidamente, e nos deixa ainda mais interessados no que vem a seguir. A personalidade dos membros do grupo é distinta e, mesmo quem não os conhece bem, já identifica nitidamente suas diferenças de comportamento.
A essência da história foca nas ações das indústrias Sacks, supostamente comprometidas em reduzir a criminalidade em Nova York. A história usa esse gancho para promover o vai e vém da repórter O'neil em busca de informações sobre o passado e a recém descoberta de um grupo de justiceiros, fazendo as devidas ligações com esses fatos. Embora Fox seja um fiasco como atriz, o roteiro foca e muito em sua participação, mas felizmente o diretor Jonathan Liebesman não permite que isso ofusque o quarteto de protagonistas que tem muito a oferecer.
Por falar neles... Leonardo, Raphael, Miguelangelo e Donatello formam um dos grupos mais fantásticos, carismáticos e divertidos que a industria do entretenimento conseguiu criar. Em cena, os personagens brilham, fazendo das lutas ou pequenas atuações serem divertidas simplesmente por estarem ali. Os efeitos visuais da IL&M são soberbos, deixando as tartarugas com aspecto bem realista, sem nem mesmo comprometer os movimentos e olhares, fluidos e impressionantes.
As sequências de ação são dignas de nota, pois usam e abusam das habilidades do quarteto, sejam com uso das armas brancas ou mesmo na arte do improviso, muito comum para o grupo. Isso sem falar que eles satirizam as situações de maneira bem divertida, sempre conquistando gargalhadas aos montes.
Apesar do vilão (Destruidor) ser mal apresentado, ainda rende uma boa dose de ação, já que o final apoteótico envolve o dito cujo contra as quatro tartarugas. E que cena...
Embora com grande foco na jornalista April O'Neil, AS TARTARUGAS NINJA é um filme que alcança bem seu propósito de entreter, com boas doses de ação, muito bom humor, pizza e risadas. Exemplar recomendado para quem curte os desenhos ou não, já que, como entretenimento, é destacável pelo bom resultado.
Obs.: Os mais atentos perceberão uma série de citações a filmes, séries e personagens recentes, além do merchandising constante até mesmo de produções de Michael Bay.