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    Último Tango em Paris
    Média
    3,4
    146 notas
    Você assistiu Último Tango em Paris ?

    20 Críticas do usuário

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    Amanda Nunes
    Amanda Nunes

    5 seguidores 6 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 24 de abril de 2013
    Muito bom filme.
    Trata-se de um drama erótico, aliás, pra quem não sabe, ou não viu.
    O nome já é bastante sugestivo: ``Ultimo tango em Paris´´, por ser tango uma dança complexa, bonita e com ar de tragédia e Paris, a cidade dos apaixonados.
    Logo no começo do filme os personagens principais, com um ar de melancolia, vagam na ruas quase como pessoas perdidas, em busca de alguma coisa.
    Fazem sexo, em pouco tempo depois, em um apartamento vazio e sujo, sem se conhecer, sem saber nomes, tendo trocado algumas palavras.
    Aliás tem sexo no filme e cenas de nudez, tendo gerado muita polêmica na época, mas não é sexo por sexo, sem necessidade, como a gente tá se acostumando em ver
    cada vez mais nos filmes, livros e até em novelas ( pra quem gosta e assiste novela ). É sexo fundamental para a construção da estória e dos personagens.
    Uma estória que ao meu ver fala do eterno conflito que os seres humanos enfrentam entre fazer aquilo que gostam e que
    aquilo que a sociedade espera que eles façam.
    Fala de como as pessoas usam umas as outras pra curar suas carências, dores, e frustrações e esperam que os outros atendam as suas expectativas.
    De como carregamos fatalmente para relacionamentos novos os vícios e traumas de relacionamentos anteriores.

    Ela, é uma personagem que busca por liberdade, que procura por coisas novas, isso não é dito mas fica subentendido uma vez que trata-se de uma atriz de 20 anos e os artistas e jovens em geral carregam esse esteriótipo.
    Aliás isso fica claro também no fato de tanto ela Jeannie ( Maria Schneider ), quanto ele ( Marlon Brando ) estarem procurando por um apartamento pra alugar,mesmo já tendo suas casas para morar.
    Enfim ela encontra em Paul, uma nova proposta de vida. Que é a de sexo sem compromisso, sem cobrança, sem obrigação, só por desejo.

    Jeannie pode parecer submissa equivocadamente em algumas partes da trama, mas não o é.
    Ela não é levada a fazer coisas que não deseja, muito pelo contrário, aquilo tudo é exatamente o que ela está buscando.
    Tanto que no final ele se apaixona por ela, e está disposto a manter um relacionamento convencional, que afinal de constas já deveria ser o tipo de relacionamento que ele mantinha com a sua falecida esposa, ao passo que Jeannie sim, se mantêm atraída pela ideia de liberdade.

    Paul tenta infringir sofrimento a Jeannie, apenas como forma de extravasar a dor infringida a ele pela esposa infiel, e isso fica claro na cena em que ele faz sexo anal com ela no chão ( uma das mais polêmicas do filme ) enquanto a força a falar frases sobre família: ``Vou falar-lhe de segredos de família,
    essa sagrada instituição que pretende incutir virtude em selvagens. Repita o que vou dizer: sagrada família, teto de bons cidadãos.
    Diga! As crianças são torturadas até mentirem. A vontade é esmagada pela repressão. A liberdade é assassinada pelo egoísmo. Família, porra de família!"
    Ele quer deixar registrado a sua decepção com o conceito de fam´lia, com a hipocrisia em torno do correto e do incorreto.

    Jeannie se sente visivelmente culpada por ter prazer em uma relação fora dos padrões da sociedade ela diz pra si mesma que não pode levar aquilo adiante,
    que não pode continuar naquele relacionamento sem futuro, transando em uma cama, onde passa ratos com um cara que não quer saber se quer seu nome e ela vive um relacionamento
    paralelo, com um cineasta da sua idade, demonstrando uma questão de dualidade, de conflito.
    Ao passo que Paul propõe um relacionamento sem passado, sem futuro, sem nomes, o outro propõe casamento. Ao passo que Paul é completamente descrente em relação à família e principalmente às mulheres, por já ter sido traído por uma inclusive, Tom ( seu outro par ), é apaixonado pela arte, pela vida. Um outro traço que fica caracterizado da personalidade dele, é que ele é um pouco bitolado, pois o filme que ele está filmando no momento parece ser a única meta dele, ele não tem outro assunto, outra preocupação, mostrando-se um personagem romântico ( estilo ), as vezes chato e deslumbrado.

    Quando Jeannie percebe que perdeu Paul, pois ela vai ao apartamento onde eles se encontravam habitualmente e o mesmo está completamente vazio, ela liga para
    o seu namorado e diz ter encontrado por acaso um apartamento para eles morarem, mas na realidade o que ela está propondo pra ele é um estilo de vida. Ela quer viver com ele, da forma que vivia com Paul.
    Quando Tom entra no apartamento ele gosta a princípio, eles brincam como crianças, se divertem, mas em seguida ele pára e diz que é preciso que eles ajam como adultos, que eles não podem agir feito crianças e que aquele apartamento não é pra eles, ``é muito grande, que dá pra se perder lá dentro,´´ ou seja, está fora dos padrões,não traz a segurança que o convencional traz.

    Deste modo fica claro que o apartamento em toda trama é algo simbólico, representa fuga para Paul, instabilidade para Tom e liberdade / novidade para Jeannie.
    Tom diz que vai procurar outro apartamento pra eles e se despede de Jeannie informalmente, com um aperto de mãos, o que dá uma conotação de que eles são estranhos. É como se naquela hora ele estivesse a conhecendo de fato.
    Fica claro também ( se antes era só de forma subliminar ) que Tom também não ama Jeannie.

    Enfim, quando Paul se declara a Jeannie que está apaixonado por ela, conta seu nome, idade, história de vida e propõe um relacionamento convencional ela simplesmente fica desapontada e resolve terminar tudo, comprovando que a paixão dela era pela ideia de liberdade, pela proposta diferente e não por Paul.
    É quando ocorre uma tragédia.

    É um filme que aborda temas já conhecidos com uma linguagem nova, tendo servido de inspiração e modelo pra muitos outros.
    A maneira como a trilha, os locais, o sexo contribuem para o enredo é genial.

    Vale a pena assistir.
    Antonio R
    Antonio R

    16 seguidores 51 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 30 de janeiro de 2013
    Este filme ao meu ver recebeu na época de seu lançamento uma supervalorização indevida. Foi proibido pela censura aqui no Brasil. Por conta disto muitos imaginavam tratar-se de um filme ponográfico. Na realidade não há pornografia e nem erotismo no longa, mas sim um drama intimista envolvendo duas pessoas solitárias na cidade de Paris. O curioso é que na época de sua proibição circulavam livremente em nossos cinemas as pornochanchadas nacionais que eram muito mais ousadas do que O Último Tango em Paris.
    Elvira A.
    Elvira A.

    906 seguidores 266 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 4 de outubro de 2013
    Um filme ousado, não só para a época de lançamento, como até hoje, por tratar de uma relação sadomasoquista. Marlon Brando, sempre vigoroso, e Maria Schneider, em atuação sensível, protagonizam essa trama de encontros e desencontros. Fotografia bonita, numa competente direção de Bernardo Bertolucci.
    Sílvia Cristina A.
    Sílvia Cristina A.

    106 seguidores 45 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 9 de janeiro de 2013
    Considerado , ainda hoje , por muitos , como um filme pornográfico, a obra polêmica de Bertolucci joga luz sobre o amour-fou , realizando uma bela metáfora , entre o amor desmedido e as amarras de uma sociedade que nega o que não pode entender. "Último tango em Paris" mostra simbolicamente que quem dança fora do ritmo e propõe passos novos é convidado a se retirar do salão. Por meio da cena , em que os protagonistas dançam desajeitadamente no meio de casais robóticos, que disputam um concurso de tango, vemos nitidamente como o automatismo social quebrado é rapidamente e veementemente punido. Por meio do erotismo e do intimismo, as marcas Bertolucci , o diretor analisa as escassas possibilidades que o mundo oferece. Jeanne e Paul se refugiam do mundo externo num apartamento quase vazio , mais uma bela metáfora de suas próprias vidas. Muito mais que um filme sensual, "Último tango em Paris" é uma feroz crítica à sociedade e aos seus mecanismos e jogos de poder ; é um manifesto em prol da espontaneidade e da liberdade. O contraponto do romance entre Jeanne e Paul é o noivado da co-protagonista com um jovem cineasta afetado, que teatraliza o amor ao invés de vivê-lo. Na famosa "cena da manteiga" , em que é sugerido um ato de sodomia, o personagem de Brando faz um febril discurso , afirmando que as crianças são torturadas até aprenderem a mentir. Esta frase por si só merece muitos momentos de reflexão. Porém, "Último tango em Paris" tem outros méritos. Todos os elementos estéticos conspiram para a aura melancólica e angustiante do filme , incluindo a trilha sonora de Gato Barbieri, a atuação de Brando , o intimismo da fotografia que se expressa por meio de movimentos rodopiantes e uma coloração avermelhada em algumas cenas. Um filme verdadeiramente romântico , pois põe em xeque os clichês amorosos , para depois retomá-los dentro de suas limitações. Paul tenta viver um amor anticonvencional, mas o amor nos conduz inevitavelmente às obviedades. Paul se curva diante do trivial e é aí que temos uma grande surpresa ; a grande bofetada de Bertolucci em nossos rostos politicamente corretos. Um detalhe gigantesco que merece atenção é Jeanne ser filha de um militar. Creio que muitas de suas atitudes têm profunda relação simbólica com este fato. Vale a pena conferir !
    Gabriela G.
    Gabriela G.

    1 seguidor 4 críticas Seguir usuário

    1,5
    Enviada em 4 de julho de 2013
    O filme prometeu tudo: drama, romance e erotismo. Não encontrei nenhum dos três bem representados. O protagonista, interpretado pelo aclamado Marlon Brando, se perde em seus fantasmas interiores e se torna um homem frio e arrogante. Não quer confiar em nenhuma mulher depois do suicídio de sua esposa e a aparição de um amante. A trama dramática porém se perde aí. Idas e vindas na história desnorteiam o espectador que fica sem entender o sentido da relação instantânea entre o casal no apartamento velho em Paris. Durante o filme inteiro busquei razões para os acontecimentos e o que encontrei foram explicações pouco diretas e delírios de um homem atormentado. O diretor afirmou que a ideia surgiu a partir de um sonho. Talvez por isso faça sentido apenas em sua irrealidade.
    Anne S
    Anne S

    11 seguidores 65 críticas Seguir usuário

    0,5
    Enviada em 12 de outubro de 2017
    Sinto-me aborrecida por ter visto esse filme que é considerado um clássico. Não é erótico,
    não é drama, muito menos romance. "a vida como ela é "?Pode até ser, mas tudo jogado na tela de maneira gratuita. Brando como um homem amargurado, machista, manipulador, egoísta. Maria Schneider numa personagem que é mulher objeto. Algo como uma jovem que se vê numa aventura nunca antes experimentada e que insiste nela, por não ter maturidade para ver que ela é que está bancando esse relacipnamento. Filme de profundo mau gosto, cheio de problemas na realização , supervalorizado sem motivo. Até "9 e meia Semanas de Amor " e Infidelidade" têm mais etotismo drama e romance, com conteúdo, sem gratuidade, e esse filme gratuito, cheio de recortes, é endeusado.
    Ricardo L.
    Ricardo L.

    59.922 seguidores 2.818 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 27 de março de 2017
    Um clássico e marco do cinema mundial, roteiro perfeito e uma atuação impressionante de Marlon Brando com um louco e amante, já a atriz maria não está a altura de Brando, com pouca pegada, mas esse um filme que teve cenas que gerou intrigas entre cineastas e diretores da época!
    Tartufo
    Tartufo

    5 seguidores 32 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 17 de agosto de 2014
    Mais um filme do tempo em que cinema valia a pena.

    A trilha sonora do filme é envolvente.

    Imperdível.
    William Castilho W.
    William Castilho W.

    5 seguidores 27 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 11 de junho de 2014
    Filmes de exploração tinha sido fornecimento mecanizada sexo como estimulante físico, mas sem paixão ou violência emocional. Então, neste filme, Bernardo Bertolucci usou o sexo para expressar unidades dos personagens. Marlon Brando, como o envelhecimento americano, Paul, está trabalhando para fora sua agressividade na menina jovem burguesa francesa, Jeanne (Maria Schneider), e a ameaça física da sexualidade que é emocionalmente carregado é como uma partida de tudo o que o público tinha vindo a esperar no cinema que o filme causou sensação. É uma obra grande obra arrojada e imaginativa. Quando Brando improvisa dentro da estrutura da Bertolucci, sua arte completo é realizado; seu desempenho é intuitivo, extasiada, principesco.
    anônimo
    Um visitante
    3,5
    Enviada em 14 de outubro de 2013
    Quando assisti pela primeira vez esperava bem mais... Mas vale pelas atuações, sobretudo pelo Marlon Brando.
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