Eu sinceramente gostei do filme. Compreendi algumas das narrativas. Retratam a pedofilia, disputa do poder do masculino sobre o feminino, isto é, a meninnha deveria estar sendo cuidada pela avó e não frequentando um ambiente de prostituição. violência e drogas lícitas e ilícitas, a menininha deveria estar na escola, ensino integral e etc. O preconceito com o deficiente, neste caso, o personagem central, o mudo tem muita ênfase nesse filme.
No momento em que ela vê nele um suporte e um lugar seguro, bem diferente daquele submundo de Berlim, ela encontra um homem que a ama e que a faça se sentir bem. Ele é o seu protetor e mais adiante o Leo se tornara protetor da sua filha. Tem muito romantismo nisso e considerei que faltaram mais cenas explícitas de amor entre os dois, Leo e Naadirah. Eu particularmente gosto de ver, mas super entendo quem não gosta, por ser apenas encenação e etc.
É um final reconfortante, já que se a menininha, ficasse com o pedófilo, já sabemos o que iria acontecer com ela. E além disso, a Naadirah gostaria que ele seu protetor ficasse com a sua filha.
O filme tem seu lado negativo: muitos palavrões, a psicopatia do Cactus é algo que incomoda bastante, ele é um indivíduo asqueroso! O pedófilo também é, mas de um jeito diferente. Pensei que no momento em que o Cactus teve a oportunidade de
matar
o seu
amigo pedófilo ou entregar as suas gravações a polícia,
ele simplesmente não fez nada!!! Ele não tinha moral alguma para fazer tal coisa e claro, ele não queria problemas com a polícia e nem com a sua gangue criminosa. Ele deixou de lado os crimes do pedófilo que continuava agindo sem que ninguém o impedisse. Essa questão foi inquietante pra mim.
O cenário futurista é coerente com a rapidez em que as narrativas e a trama toda ocorrem. Ou seja, as pessoas se acostumam com o mal. E ninguém mais tem empatia, só sobrou o desprezo alheio.